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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

sábado, 20 de fevereiro de 2010

DILMA NA ESQUERDA E SERRA NO CENTRO?


Lula perdeu três eleições consecutivas porque o PT radicalizava à esquerda e não aceitava alianças ao centro e à direita. Ao mudar, abrandando com uma guinada ao centro-esquerda, venceu Serra e, depois, bateu Geraldo Alckmim. Na primeira gestão, Luiz Inácio surpreendeu e, em determinado momento, disse que "nunca foi de esquerda". Seu governo obtém êxito contemplando compreensões ausentes de dogmas e ideologias, embora mantendo excelentes relações como ditadores esquerdóides e amalucados como Chávez. No Congresso do PT, foi aprovado para Dilma Rousseff, que nunca se submeteu a voto mas participou de movimentos vinculados à esquerda radical na época da ditadura, numa reação libertária dente por dente, olho por olho, da luta armada. Fato sabido e digerido. Antes do Congresso do PT, que ora se realiza, já se sabia que, se eleita, Rousseff fará um governo à esquerda, escapando da posição de Lula, e também estatizante. Os delegados, no entanto, aprovaram um programa radical, retornando às teses do partido, no qual o texto, a ser negociado com os partidos aliados, contempla taxação gradativa das grandes fortunas, combate ao monopólio das comunicações (a rede Globo vai gemer e gritar, assim como as demais redes de comunicação) e a redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução do salário. Neste caso, o grito será dos empresários em geral, embora a diminuição da jornada de trabalho seja uma tendência mundial. Acaba-se com a criminalização dos movimentos sociais, para o bem do MST e assemelhados, e o incondicional apoio à revisão dos crimes cometidos durante a ditadura pelos militares, que ao longo do tempo reagem a qualquer medida nessa direção. São temas polêmicos. Radicalizar à esquerda com uma espécie de volta do PT às origens será bom para a pré-candidata? O tempo dirá. A Oposição (Serra, por exempo, que governa São Paulo, estado mais capitalista do País) tenderá a contemporizar, fugindo e se afastando de um programa que não é dele, nem do PSDB ou DEM, embora talvez não combata a redução da jornada do trabalho, para não se chocar com os trabalhadores, remetendo a questão para o futuro Congresso. A postura dos delegados no encontro nacional do PT marca um divisor de águas, foge do lulismo e impõe um retorno à origem do PT, ou quase. Se prevalecer, é possível que tenhamos uma disputa da esquerda com Dilma na esquerda completa e Serra na centro-esquerda. Será interessante testar os brasileiros que sempre estiveram mais ao centro, por tradição e pela própria formação do povo.

www.samuelcelestino.com.br