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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

RS: vigilante que manteve mulher refém diz que queria reconciliação

O vigilante Rodrigo Luciano Luz, que manteve a ex-mulher, Josiane Pontes, em cárcere privado por quase 70 horas, na cidade de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre (RS), disse em depoimento à polícia que queria se reconciliar com a mulher e que em nenhum momento teve a intenção de feri-la.

Por volta das 20h40 dessa segunda-feira, Josiane, que era mantida como refém pelo ex-marido, desde a noite da última sexta-feira, saiu da casa. Após conversar com psicólogos e negociadores, o vigilante também deixou a residência e foi levado para o carro da polícia.

Segundo o delegado do 23ª DPRM de Canoas Luiz Francisco Pires, Luz será indiciado pelos crimes de tentativa de homicídio, cárcere privado - qualificado pelo fato de ele ser companheiro da vítima - e porte de arma de uso restrito com numeração raspada. Luz estava armado com um arma de marca Rossi, calibre 32.

Em depoimento à polícia, Luz afirmou que por três vezes quase se entregou, mas mudou de ideia pois, além de temer por sua integridade física, também teria sido aconselhado por Josiane para não se entregar. "Ela teria dito nas outras vezes para ele não se entregar, pois ela tinha medo que ele se machucasse", afirmou o delegado.

Segundo Pires, o vigilante afirmou que não tomou nenhum tipo de medicação ou droga para ficar acordado e que também não teve a intençao de ferir a cunhada na madrugada de sábado. No seu depoimento, o vigilante afirmou que o disparo ocorreu de forma acidenta. "Ele estava desesperado e muito apaixonado por ela", disse.

O carro que era usado pelo vigilante era roubado e a placa tinha sido clonada, segundo informações da polícia. Os resultados de exames de corpo de delito vão confirmar a hipótese de estupro, segundo disse o delegado. Luz foi encaminhado, por volta da 1h desta terça-feira, para o presídio Central de Porto Alegre.

Cárcere privado mais longo
A libertação da mulher encerrou o cárcere privado mais longo da história do Estado do Rio Grande do Sul, que durou quase 70 horas. A casa em que estava o casal foi isolada pela polícia desde a madrugada de sábado.

Em entrevista, após a libertação de Josiane, o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Jones Calixtrato dos Santos, afirmou que uma das garantias que foi dada a Luz para que ele se entregasse foi a presença de sua médica do lado de fora da casa no momento em que saísse. "Nós poderíamos ter chegado aqui e terminado com isso no sábado. Mas talvez tivéssemos a moça morta, talvez tivéssemos o rapaz morto, porque ele dizia que iria matá-la e se matar", afirmou o coronel, sobre a opção pela negociação.

Segundo o coronel, a refém chegou a desmaiar no momento em que saía da casa e, por isso, foi encaminhada para atendimento médico. Luz seria encaminhado para exame e posteriormente para a delegacia.

Para o major Oliveira, um dos negociadores, o momento definitivo para o final do caso foi a entrega dos dois sanduíches ao casal no domingo pela manhã. "No café, foi estabelecida uma troca justa - a vida dela e a dele por dois sanduíches", disse o major, afirmando a relação de confiança que se criou no momento da negociação.

Parentes do vigilante que vivem em Santa Catarina também participaram do processo de negociação. O irmão mais velho e uma sobrinha de Luz vieram de Urussanga para ampará-lo. "Ele pedia ajuda e dizia que tinha muito medo", afirmou Vanda Denise, a sobrinha de 27 anos.

Segundo o irmão de Luz, eles mantinham contato por telefone com o vigilante e o aconselhavam a se entregar. "Não sei o que deu na cabeça dele, ele sempre tratou a mulher e os filhos muito bem", disse Clóvis Santinho da Luz, 50 anos. O irmão afirmou ainda que o último contato deles com o vigilante foi feito hoje, por volta das 7h30, quando já estavam a caminho do local.

Entenda o caso
O caso em Canoas iniciou-se por volta das 23h de sexta-feira, segundo a polícia. Após o vigilante e a ex-mulher terem uma discussão, a polícia foi acionada, por volta das 5h30 de sábado. Os policiais foram recebidos com tiros. Um cunhado do vigilante que chegava ao local foi ferido na altura do pescoço. Com a chegada da polícia, Luz entrou na casa e fez a mulher e os dois filhos reféns. As crianças foram libertadas na manhã de sábado.

Desde então, a Brigada Militar manteve frequentes contatos por telefone com o vigilante e a ex-mulher. Segundo o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Jones Calixtrato dos Santos, por várias vezes, Luz esteve perto de se render. Entretanto, na hora de se entregar, acabava mudando de ideia.