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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Vereadores equipam entidades com subvenções sociais e criam redutos eleitorais

A prática é corriqueira na Câmara de Feira de Santana. Vez ou outra, ela volta à tona. Vereadores se unem para indicar somas vultosas em dinheiro, através das subvenções sociais, a uma única entidade. Quando se trata de uma associação desconhecida, sem tradição de relevantes serviços prestados à comunidade, torna-se um fato estranho. Quem chamou a atenção, desta vez, foi o vereador Roberto Tourinho.

Segundo suas observações, os vereadores Tom, Roque Pereira e Cíntia Machado, apresentaram emendas de R$ 39,5 mil, R$ 20 mil e R$ 30 mil, respectivamente, em favor da Associação de Moradores do Jardim Santana, no bairro Rua Nova. A soma de R$ 89,5 mil chamou a atenção, visto que se trata de uma entidade comunitária desconhecida no município, sem um histórico de prestação de serviços que possa destacá-la.

O vereador Tom, mentor das emendas, tem um sonho: fazer com que essa entidade seja, no futuro, algo parecido com uma associação comunitária que funciona no bairro Irmã Dulce. Estimulada pelo vereador Carlito do Peixe, a associação do antigo Vietnã tem uma grande estrutura física e presta diversos serviços nas áreas de saúde e cursos profissionalizantes.

Padrinho político da associação, Carlito do Peixe colhe, há várias eleições, os frutos desse esforço. Sai do bairro Irmã Dulce com um número de votos que lhe garante praticamente uma vaga na Câmara.Tom, portanto, quer ser o Carlito do Peixe do bairro Rua Nova.

Em Feira, os vereadores criaram essa cultura, de se estabelecer em instituições comunitárias. Há o desejo de levar serviços para a comunidade. Mas seu objetivo, com isto, é fazer um reduto eleitoral forte, capaz de lhes assegurar uma grande votação.

Independente de qual seja a intenção, há, por trás dessa estratégia, algo que, provavelmente, contraria a ética na política. O vereador se instrumentaliza eleitoralmente através de recursos públicos. Ele abre uma vantagem muito grande contra seus concorrentes que não tenham as mesmas condições de captar recursos para se fortalecer junto a uma comunidade.

Formam grande redutos eleitorais, através da estruturação dessas unidades que oferecem consultas médicas, exames, cursos profissionalizantes. Grande parte das despesas é bancada pelo próprio poder público - portanto, recursos da própria comunidade, através dos impostos. Na visão inconsciente do povo, desinformado em sua maioria, o vereador é quem está conseguindo aqueles benefícios e acaba, por isto, lhe devotando gratidão.

Não é responsabilidade do vereador oferecer serviços públicos. Isto é competência do Executivo. As emendas de subvenções sociais, quer seja nas câmaras municipais, quer seja no Congresso, funcionam, em parte significativa, como moeda eleitoral. Criam um vício entre os políticos, enrtre outros tantos vícios em que eles já estão envolvidos.