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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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domingo, 5 de setembro de 2010

Memórias de infância envolvendo os pais impactam a habilidade dos homens para lidar com estresse


Esse é um dos resultados da pesquisa, feita por Melanie Mallers, da Universidade Estadual da Califórnia, e apresentada na Convenção Anual da APA em agosto passado. “A maioria dos estudos sobre cuidados parentais focava na relação com a mãe. Mas como nosso estudo mostrou, os pais são peça fundamental na saúde mental de seus filhos em longo prazo”, diz Mallers, ressaltando o foco das relações sociais e bem-estar da pesquisa.

Para o estudo, 912 homens e mulheres adultos foram entrevistados por telefone sobre suas experiências diárias, totalizando oito dias de acompanhamento. As entrevistas focaram no estresse psicológico e emocional dos participantes (se apresentavam indícios de depressão, nervosismo ou se sentiam tristes, por exemplo) e se eles haviam experimentado algum evento estressor durante o dia, como brigas, desentendimentos, tensões no trabalho ou no núcleo familiar e ainda algum tipo de discriminação.

Os participantes, cuja idade variava dos 25 aos 74 anos, também responderam questões sobre a qualidade dos relacionamentos com pais e mães na infância. Entre as questões apresentadas estavam algumas como “como você avalia seu relacionamento com sua mãe durante sua infância e adolescência?” e “quanto tempo sua mãe disponibilizava para ficar com você e qual o nível de atenção lhe era dado quando necessário?”.

Questões similares eram feitas sobre a figura paterna. A pesquisa foi controlada para variações de idade, situação socioeconômica da família durante a infância, neuroticismo e se os pais ainda continuavam vivos.

A figura tanto das mães quanto dos pais é importante para lidar com o estresse

Os participantes da pesquisa eram mais propensos a indicar que o relacionamento com as mães era melhor do que com o pai, com os homens afirmando terem uma melhor relação com as mães do que as mulheres, aponta Mallers. Indivíduos que haviam indicado que a relação com a mãe era boa apresentavam 3% menos indícios de estresse psicológico diário comparados àqueles cuja relação era indicada como “ruim”.

“Não acho que esses resultados sejam surpreendentes, pois estudos anteriores já haviam mostrado que as mães são as principais cuidadoras e fonte primária de conforto”, diz Mallers. “Mas foi interessante observarmos os dados relativos ao relacionamento com o pai e o impacto disso em suas reações emocionais diárias ao estresse.”

Relacionamento com os pais

Homens que indicavam ter um bom relacionamento com seus pais durante a infância eram menos propensos a reagirem de forma emocional quando lidavam com um evento estressante durante o dia a dia, quando comparados àqueles com um relacionamento ruim, de acordo com o estudo. A mesma correlação não foi observada entre as mulheres.

Além disso, a qualidade do relacionamento com mães e pais tinha grandes associações com o número de eventos estressantes enfrentados durante o dia. Em outras palavras, os participantes que haviam indicado um relacionamento ruim com ambos os pais enfrentavam mais eventos estressantes no período observado quando comparados àqueles com um bom relacionamento com ao menos um dos pais.

Bom relacionamento com os pais e as mães na infância se reflete na idade adulta

A hipótese de Mallers aponta que o nível de relacionamento com os pais – mais ou menos saudáveis – pode impactar em como as pessoas lidam com o estresse na idade adulta. “Talvez ter pais atenciosos e cuidadosos contribua com experiências e habilidades que são necessárias para aprender a lidar com outras pessoas, o que se torna cada vez mais necessário no período que vai da infância à idade adulta”, diz.

A pesquisadora aponta também que ainda é difícil afirmar como a relação do filho homem com o pai influencia nas suas reações emocionais ao estresse, especialmente considerando que a população observada tinha grande variação de idade e havia crescido em ambientes culturais bastante díspares.

“O papel do pai mudou radicalmente nesse tempo. A infância dos participantes mais velhos (74 anos) foi completamente diferente daquela dos mais novos (24 anos)”, diz Mallers. “Sabemos que os pais interagem com seus filhos de uma forma única e particular, especialmente com os homens. Precisamos de mais pesquisas para ajudar a desvendar essas influências em longo prazo – tanto das mães quanto dos pais – que contribuem para uma melhor experiência emocional das crianças”, finaliza.