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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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sábado, 5 de dezembro de 2009

Santaluz : quadrilha assalta Banco do Brasil, queima ônibus e dois carros de passeio




Um assalto planejado. Ônibus quiemando para impedir entrada de reforço policial ao mesmo tempo em que saqueavam o banco e tentava abrir o cofre dos correios. Na fuga atearam fogo em dois veículos numa ponte para impedir a perseguição.

A cidade de Santaluz, localizada no território do sisal, viveu momentos de tensão e medo na manhã de sexta-feira (04), quando uma quadrilha composta por cerca de 15 homens fortemente armados, tomou como refém uma sargento e dois soldados da PM e entrou na agência do Banco do Brasil levando uma quantia em dinheiro não informada pela gerência.

O episódio aconteceu por volta das 08h30 quando os homens em três carros, um Honda Civic, um Pólo e uma caminhonete S 10, de placa JRA - 9352, tomada de assalto momentos antes, na estrada que liga a cidade de Santaluz ao povoado de Campo Grande, depois de passarem pela sede do 4ª Pelotão e pegarem os três policias como reféns, seguirem para a agência do Banco do Brasil e dos Correios, onde anunciaram o assalto. O bando fez disparos para o alto, intimidando as pessoas que estavam nas proximidades. De posse de metralhadoras, fuzis e pistolas nove milímetros, eles quebraram os vidros da porta giratória e entraram na agência.

Já no interior do banco, um membro da quadrilha, que estava encapuzado e armado com um fuzil Ar-15, ordenou que os clientes se deitassem no chão e procurou o tesoureiro da agência, ordenando-lhe que abrisse o cofre. A ação demorou cerca de 20 minutos. Na saída, além do dinheiro, os elementos levaram como reféns os três policiais, que foram liberados a dois quilômetros da sede, em uma estrada vicinal, numa localidade denominada de entrada das Quebradas. A quadrilha seguiu em fuga até o município de Nordestina, onde abandonou a S -10 e seguiu em outro carro, tomado de assalto, cujos dados não foram informados.

Por volta das 14h, um helicóptero da PM chegou para auxiliar da perseguição e até ás 17h, enquanto a equipe da CN acompanhava os trabalhos da policia, os assaltantes não tinham sido localizados, apesar das informações de estarem cercados pela polícia entre os municípios de Quijingue e Euclides da Cunha.

Roteiro do terror - Ás 09h15, o casal José Carlos Alves, empresário conhecido por Carlinhos do Ouro e sua esposa, Maria José, em companhia de dois netos, um de cinco anos e outro de dezesseis, seguiam para sua fazenda, próximo ao Rio Itapicuru, pela estrada da Maria Preta, quando avistaram dois carros vindo sentido contrário e emparelhado. ?Aquilo me espantou e chamei atenção do meu marido. De repente os carros param e descem aquela quantidade de homens armados, anunciando o assalto e pedindo desculpas, pois queria o veiculo, (S -10), apenas para praticar o assalto", contou Maria José.

Um deles assumiu a direção do veiculo, colocando o motorista e os netos na carroceria, enquanto a mulher e criança de cinco anos passaram para o banco de trás. ?Disse a eles que éramos pessoas conhecidas e que a presença do marido na carroceria ia chamar atenção na cidade", falou Maria José a equipe do CN. Eles atenderam o apelo e passou todos para o interior da caminhonete.

Maria, disse que eles contaram tudo que iam fazer e em determinado momento, um deles tirou o "brucutu" e pediu que ela não olhasse para ele.

Maria José contou ao CN que os assaltantes foram "gentis" quando fez alguns apelos a eles. Na condição de evangélica da Assembléia de Deus, teve tempo de ler um trecho bíblico para eles que ouviram com atenção. Ao entrar na cidade fez novo pedido, que não os levassem para frente do banco, eles pediram que decessem e ficassem por uma hora dentro da sede da policia, depois de destruírem todo o sistema de comunicação.

Às 09h45, chegaram à sede do 4ª PPM, localizado a Rua Rio Branco, encontrando a porta central semi-aberta e a janela aberta. No interior, os três PMs, Ana, Firmo e Júnior. "Perderam, perderam", com estas palavras renderam os soldados Firmo e Ana, foram ao alojamento e renderam Júnior, que tentou correr e em tom irônico, um deles disse ao soldado: "não corra, pode parar. Não é assim que vocês fazem como a gente?"

Depois de terem dominado os soldados, mandaram que a família descesse da S -10 e ficasse na sede da PM, enquanto se dividiram. Três foram a pé até o ponto de ônibus que fica próximo ao pelotão e a casa lotérica e subiram no ônibus da São Mateus placa JQZ 0468, Salvador, que seguia para Queimadas e dois seguiram o coletivo no Honda Civic e o restante foi para o Banco do Brasil.

Ainda na Rua Rio Branco, o motorista do ônibus, Mário Carneiro e o cobrador José Costa, foram rendidos e obrigados a conduzir o coletivo sentido Valente. Após a ponte do Açude Tapera, o motorista sob ameaças teve que atravessar o carro na pista e mandaram todos os 16 passageiros descerem, ateando fogo em seguida.

Os cinco elementos retornaram ao Banco do Brasil, onde os comparsas estavam atirando para cima, outros no interior da agência e quatro deles, no correio que fica vizinho ao BB.

O bando levou os policiais para o banco e causou pânico aos clientes, que se juntaram no mesmo espaço e em clima de terror assistiam o drama do travamento da porta giratória, devido a quantidade de armas que estavam nas mãos dos assaltantes até que um deles usou a coronha de um revolver e quebrou o vidro.

Vinte minutos depois veio à ordem para fugir. O assalto do Banco do Brasil foi concretizado e o do Correio foi frustrado, pois o cofre estava fechado e após o comando, levaria vinte minutos para abrir e dentro do planejamento da ação criminosa, aos 14 minutos tiveram que fugir, levando apenas os aparelhos celulares dos clientes.

Ao saírem do Banco, um deles fez um rápido discurso dizendo para as pessoas que assistiam temerosas o assalto, que eles queriam apenas o dinheiro do governo e que a diferença deles para os políticos é que "a policia persegue eles, os políticos roubam e ninguém persegue", concluiu o "orador", moreno, baixo e bem trajado.

Ao passarem próximo ao prédio da prefeitura, encontraram com mais dois assaltantes e fugiram pela Avenida Castro Alves e foram para estrada de Serra Branca, onde atearam fogo no Honda Civic e no Pólo. A dois quilômetros, encontraram a pátrol da prefeitura e temendo que desobstruísse a estrada, deflagraram dois tiros nos pneus.

Representante da São Mateus - Às 14h representantes da empresa São Mateus chegaram à cidade e informaram que o veiculo estava avaliado em R$ 200 mil e não estava no seguro. Eles lamentaram a ausência no local do sinistro da Policia Rodoviária Estadual.






Por: Valdemí de Assis / fotos: Raimundo Mascarenhas