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domingo, 19 de agosto de 2018

Após ataques de brasileiros, 1,2 mil venezuelanos deixaram o país, diz Exército

Cerca de 1,2 mil venezuelanos deixaram o Brasil após os ataques ocorridos neste sábado em Pacaraima (RR), disse neste domingo (19) o coronel do Exército Hilel Zanatta, que comanda a operação Acolhida, de atendimento aos estrangeiros.

Segundo Zanatta, parte dos venezuelanos que saíram do Brasil estava no centro de triagem dos imigrantes que chegam ao país. O posto chegou a suspender os atendimentos no sábado. A fronteira, por onde passam atualmente cerca de 800 estrangeiros por dia, permanece aberta, mas o fluxo de imigrantes caiu pela metade, afirmou Zanatta.

"Cerca de 1,2 mil cruzaram a fronteira de volta. Aqui de dentro do posto [de atendimento aos imigrantes] a gente contabilizou 500 pessoas em atendimento, e acreditamos que o restante eram venezuelanos moradores [de Pacaraima] que regressaram a Venezuela por questões de segurança", afirmou o comandante.

Pacaraima, a 215 km de Boa Vista, é a principal porta de entrada dos venezuelanos no Brasil. Segundo a prefeitura, cerca de 1,5 mil imigrantes moravam nas ruas da cidade antes do tumulto – o número equivale a 10% da população local. Eles viviam em barracas improvisadas e em condições precárias.

Segundo o coronel Zanatta, desde o fechamento e reabertura da fronteira por ordem de um juiz de primeira instância no início desde mês, o fluxo na fronteira subiu de 500 para uma média de 800 por dia. Apesar disso, neste domingo, o município, que costuma ser movimentado mesmo aos fins de semana, amanheceu pacato. As ruas ficaram vazias, mas o centro comercial, que ficou fechado durante o tumulto de sábado, voltou a abrir as portas.

Ataques após assalto e agressão a brasileiro
O tumulto aconteceu no sábado após a família do comerciante Raimundo Nonato de Oliveira, de 55 anos, relatar à Polícia Militar que ele foi assaltado e agredido por venezuelanos na noite de sexta (17). Nenhum suspeito do crime foi preso até agora.

Ferido, ele teve que ser tirado da cidade para receber atendimento médico em um carro civil porque não tinham ambulâncias disponíveis no município - a do Hospital de Pacaraima Délio Tupinambá não estava na cidade e a da operação Acolhida não foi cedida.

No caminho até a capital, no entanto, o veículo em que Raimundo estava e a ambulância de Pacaraima se cruzaram, e ele foi socorrido e transportado nela até o Hospital Geral de Roraima, na capital.

Com os ataques, muitos imigrantes deixaram Pacaraima. A maioria cruzou a fronteira e voltou para a Venezuela, mas também há relatos de alguns fugiram para áreas de mata e montanhas nos arredores do município.

No tumulto, a BR-174, que liga Boa Vista a cidade, ficou bloqueada com pneus e fogo por cinco horas. Estima-se que 1 mil pessoas participaram dos atos. Três brasileiros ficaram levemente feridos, mas não houve prisões, segundo a PM.

Um morador da cidade disse que alguns imigrantes revidaram aos ataques. Carros com placas brasileiras foram atingidos por paus e pedras no lado venezuelano da fronteira.

"Eu estava no meio dos confrontos. A gente foi para cima expulsando eles [venezuelanos] até o outro lado da fronteira, e eles revidaram com pedras e paus", disse o morador Wendel Vale.

A delegada Geral da Polícia Civil de Roraima, Giuliana Castro, disse à agência Reuters que um grupo de 30 brasileiros que fazia compras na fronteira foi atacado por venezuelanos e precisou ser levado para um abrigo durante o tumulto.

A segurança no município foi reforçada pela PM e 60 homens da Força Nacional devem chegar à região na segunda. Neste domingo, o presidente Michel Temer se reuniu com ministros para avaliar a situação da fronteira.