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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Sobrou pra você, tricolor.


A velha diretoria contratou pouco e mal. A nova disse que não teve tempo e nem dinheiro. Também não trouxe ninguém. A não ser que você considere Wangler reforço. Fato é que o Bahia, de novo, está onde está. A três rodadas do fim do Brasileirão, a um ponto da zona de rebaixamento. De novo. Não é por acaso.

O time que começou bem atingiu o próprio limite cedo demais. Por que não deu sequência? Falta lenha pra queimar. Quando foi preciso contar com os suplentes - por lesão, suspensão ou má fase dos titulares -, quem entrou não deu conta. Falta talento.

Na necessidade de mudar uma forma de jogo que começou eficiente e ficou manjada, faltou capacidade pros jogadores fazerem funcionar as variações táticas propostas pelo técnico. Sim, Cristóvão tentou mudar. Pouco, mas tentou. Só que alternâncias que deram certo foram esquecidas e outras possíveis não foram testadas. É difícil entender alguns critérios.

O 4-2-2-2 que deu certo no segundo tempo contra Botafogo (lá) e Criciúma (aqui), com Wallyson e Marquinhos (ou Barbio) abertos como meias; e Fernandão e Obina juntos no ataque, sem explicação, foi abandonado. O artilheiro foi barrado contra o Santos sem justificativa convincente. Quando o time perdia por 2x0, quem entrou foi Souza, que não faz gol há 10 meses, e não Fernandão, que viu o jogo todo do banco.

Artilheiro da Libertadores de 2011, Wallyson não foi testado sequer uma vez como centroavante, posição que conhece bem e tem mais recursos pra desempenhar que seus concorrentes. Wallyson tem domínio de bola melhor. Podia ser útil atuando centralizado e prendendo a bola pra dar tempo do time avançar e trabalhar com pontas rápidos, como Marquinhos e William Barbio, avançando nas costas da defesa adversária. A função é essencial pra times como esse Bahia, que jogam com marcação recuada e dependem muito do contra-ataque. Foi nessa função que Souza se destacou em 2012. Obina e Fernandão, por limitação técnica, não conseguem fazê-la bem.

Mesmo que não fosse pra jogar de centroavante, Cristóvão podia ter dado mais liberdade pra Wallyson. Liberá-lo pra jogar mais próximo de Fernandão, sem tantas obrigações defensivas, como a constante recomposição pra acompanhar avanços dos laterais rivais. Tarefa que tira o fôlego e afasta do gol o melhor atacante do time. O talento, já escasso, acabou sacrificado em nome do “padrão tático”. É um equívoco. Os esquemas é que têm que se adaptar aos bons jogadores. E não o contrário.

Até contra o pior time do Brasileirão, o Náutico, o Bahia começou com Feijão, Rafael Miranda e Hélder no meio. Como sempre, sobrou lentidão e faltou criatividade. A falta de confiança no elenco fez de Cristóvão refém de um sistema e, consequentemente, da mediocridade. É notório que o técnico podia ter ousado mais.

Independentemente dos esquemas já usados, há uma limitação conceitual. O Bahia só joga atrás da linha da bola, esperando o adversário, buscando quase que exclusivamente o contra-ataque. O time quase nunca adianta a marcação pra pressionar os rivais no campo deles, pra propor o jogo. Nem quando joga em casa. Só que o contragolpe parou de funcionar, a estratégia, em regra, não mudou, e o sufoco virou rotina.

Como o time cria pouco, se defende mal, sofre muito e não há perspectiva de evolução nessa reta final, restou apelar pra você, torcedor. De novo. Por sorte, dos três últimos jogos, dois são na Fonte, contra Lusa e Flu. Mais uma vez, é chegada a hora de você lotar o estádio pra tentar fazer a superação vencer a limitação. Esqueça a raiva e os constrangimentos que você tem passado. Sei que não é fácil. Mas vá ao estádio. Em nome de sua paixão. Pelo Bahia. E ano que vem, não esqueça: use a mesma vibração pra exigir um time que te faça sofrer menos. Você merece muito mais.Fonte:Correio da Bahia(Darino Sena-foto)