EXCLUSIVO: CORPO IRMÃ DULCE SE APRESENTA MUMIFICADO E NÃO DECOMPOSTO

Documento confidencial conseguido pelo BJá mostra como se realizou a exumação do corpo da irmã Dulce:

Em nome de Deus. Amém.



No ano do Senhor 2010, do mês de maio, no dia 27, às 21h, reunidos na Capela de Santo Antônio, no Hospital das Obras Sociais de Irmã Dulce, na cidade de Salvador, reuniram-se para proceder o reconhecimento canônico dos restos mortais da Venerável Dulce Lopes Pontes, professa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, morta em 13 de março de 1992, o M.R.P. Frei Ruy José G. Lopes, OFM, Cap. Delegado Arquiepiscopal, o Rev. Padre Adeilson Borges, Promotor de Justiça, e a subscrita notária, Maria Auxiliadora Andrade Mota, o Médico Perito, Dr. Cassimiro Santos de Oliveira, o pedreiro João de Jesus Salomão e o ajudante, o Sr. Valdique Santos Souza.

Depois de adorado o Santíssimo Sacramento, o Delegado Arquiepiscopal solicitou que a notária lesse ao Decreto de nomeação deste Tribunal assinado por sua Eminência D. Geraldo M. Agnelo e datado em 22 de maio e do Decreto da Congregação da Causa dos Santos, datado em 25 de março de 2010. Estavam presentes o Capelão das Obras Sociais Irmã Dulce, Pe. Alberto Montealegre Vieira Neves, o Reitor da Basílica do Bonfim, Pe. Edson Menezes da Silva, Frei Francesco Rossi, as Irmãs Olívia Lucinda da Silva, SMIC, Maria Helena Ribeiro dos Santos, SMIC, Maria Dolores Oliva Nascimento, SMIC, e Márcia Morais Fernandes, SMIC, da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus; Irmãs Ana Maria Gonsalo Leandro, Adriana da Costa Guilherme, Maria Gorete da Silva, Josefa Dulce dos Santos, Josinete Maria Costa e a aspirante Maiara Santos, da Associação Filhas de Maria Servas dos Pobres (Associação fundada pela Venerável Dulce), a Superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce e sobrinha da Venerável Dulce, Maria Rita Pontes, o Sr. Gaetano Passarelli, os Srs. Amedeo Solieri, Paolo Vilotta, Zeilton Antonio Bonfim, Joel Ferreira da Costa , Raimundo Rocha, Marcelo Madureira Moreira, Osvaldo Gouveia Ribeiro e as Sras. Iraci Vaz Lordelo e Marcela Avendano Andrade.

A expectativa é grande e é visível nos rostos de todos. Ato contínuo, o Delegado solicitou que fizessem a descrição do túmulo, situado na parede do fundo da referida capela e que aparece construída de tijolo e recoberta com uma pedra de mármore que leva a inscrição: "Venerável Dulce Lopes Pontes, Anjo Bom da Bahia".

O Delegado ordenou, então, que os pedreiros que iniciassem a abertura do túmulo e recomendou aos presentes que nada introduzissem no caixão.

Removidos alguns tijolos da parte mais alta, foi retirada também a pedra de mármore sobre a qual estavam três placas de cimento. Sendo esta também removida se apresentou o interior do túmulo com o caixão que estava recoberto com um pano de cor cinza.

O Delegado, desta feita, solicitou que tirassem o caixão do túmulo e o fez colocar sobre o chão, e, conjuntamente com o Promotor de Justiça, verificaram a integridade dos selos do Sr. Arcebispo Geraldo M. Cardeal Agnelo colocados sobre o caixão, com a data de 26 de maio de 2000, ocasião da transladação do esquife da Basílica da Conceição da Praia para esta capela, como também se buscou o Rógito (Escritura Pública) da dita transladação a qual o Delegado Arquiepiscopal me ordenou de transcrever e juntar à esta sessão.

Seguir-se o momento de oração presidido pelo Juiz Delegado com a devota participação de todos os presentes. Depois de ter incensado o esquife, o Delegado ordenou que fosse transportado para o lugar designado. Tendo chegado ao dito lugar, o Delegado Arquiepiscopal e o Promotor de Justiça retiraram os selos do caixão e solicitaram aos pedreiros que o abrissem. Retirada a tampa do esquife apareceu o corpo não decomposto, também dito mumificado da Venerável.

O Juiz Delegado convidou o Perito Médico para que constatasse os restos mortais, fazendo uma verificação preliminar. O Perito Médico, por sua vez, decidiu naquele momento de não tocar os restos mortais a fim de que, arejado, pudesse enxugar da umidade existente.

O Delegado e o Promotor, após breve momento de oração solicitaram a saída dos presentes, verificaram a segurança do local que é provido de alarme eletrônico.
Depois de constatar o horário avançado que impossibilitava outros procedimentos e ordenou que se reunisse o Tribunal no dia 29/05, às 9h, no mesmo lugar a fim de proceder à operação própria deste reconhecimento canônico, tendo confiado a chave do recinto a esta notaria.




O Delegado Arquiepiscopal, o Promotor de Justiça, o Perito Médico e os pedreiros assinam abaixo.



Frei José Ruy G. Lopes, OFM Cap

Delegado Arquiepiscopal



Padre Adeílson Borges

Promotor de Justiça



Dr. Cassimiro Santos de Oliveira

Médico Perito



João de Jesus Salomão

Pedreiro



Valdique Santos Souza

Ajudante de pedreiro





E eu, subscrita notária, redigi esta ata que segue e assino.



Maria Auxiliadora Andrade Mota

fonte.www.bahiaja.com.br