Duas horas para cada jogo, três partidas diárias e muitos programas, debates e entradas em telejornais de pós e pré-jogos de seleções conceituadas. Em dias normais de Copa do Mundo, a previsão é que emissoras como Globo e Band, que detêm os direitos de exibição dos jogos, fiquem até nove horas diárias dedicadas ao mundial de futebol. Nos dias de jogos do Brasil, então, esse tempo deve subir bem mais. "Apenas duas redes têm direito de exibir as partidas e nós somos uma delas. A grade fica inteira à disposição do evento. Nossa prioridade, sem qualquer dúvida, é a Copa", defendeu José Emílio Ambrósio, diretor geral de Esportes da Band.
Para garantir a melhor cobertura, tanto a Band quanto a Globo se comprometem a transmitir 100% da Copa em alta definição. Dos 64 jogos, oito serão exibidos em compacto, já que têm horários simultâneos. Na Band, eles devem ocupar o horário da tarde, enquanto que a Globo pretende reservar a faixa da madrugada para essas partidas. Além disso, ambas têm programas para antes e depois de todas as disputas, sendo que nos dias de jogos da seleção brasileira, a ideia é manter cada um por pelo menos 40 minutos no ar. É esse tempo também que o Central da Copa, de Tiago Leifert, ganha para analisar o desempenho da equipe de Dunga antes do Jornal da Globo, por volta das 23 horas. E que Galvão Bueno terá para comentar a seleção após os jogos. "Juntando as equipe da Globo, Globoesporte.com e Sportv, contamos com mais ou menos 250 pessoas. Temos estrutura para entrar a qualquer hora com informações sobre o evento", enfatizou Carlos Henrique Schroder, diretor geral da Central Globo de Jornalismo e Esportes.
Para quem não tem os direitos de transmissão, o jeito é correr pelas bordas. O SBT garantiu a contratação de Pelé como comentarista nos telejornais e em programetes de um minuto, o que até dá certo prestígio a uma cobertura que promete enviar apenas 12 pessoas para a África do Sul. Entre eles, dois repórteres destinados a seguir a seleção brasileira. Número parecido com o da Rede TV!, que embarca 15 profissionais para o continente africano. Entre eles, Alfinete e Vesgo, personagens de Daniel Peixoto e Rodrigo Scarpa no humorístico Pânico na TV!, único programa da emissora ¿ fora os esportivos e telejornais ¿ que deve abrir espaço para a cobertura do mundial. "Qualquer evento de grande porte merece atenção. E essa reunião de torcedores do mundo todo mais a rotina de um país inteiro alterada por um mês são pratos cheios para fazer rir", opinou Scarpa, que já cobriu a Copa de 2006, na Alemanha, para o programa.
A Record é outra que corre atrás dos bastidores do campeonato. Detentora dos direitos de exibição das Olimpíadas de 2012, que serão realizadas em Londres, a emissora aposta cada vez mais nas coberturas esportivas. Na Copa, a intenção é que a equipe com 28 integrantes enviada à África abasteça os programas da emissora com reportagens exclusivas não só sobre a disputa pela taça e a seleção brasileira, mas também matérias de comportamento e curiosidades. "Seremos detetives. Vamos retratar com veracidade o que acontece fora dos estádios", adiantou Mylena Ciribelli. Algo próximo do que a MTV pretende mostrar, mas com apenas seis pessoas produzindo o MTV no Mundial - Paulo Bonfá na África. O reality show estreia dia 11 e terá, inicialmente, cinco minutos diários. "Muitas vezes, o que acontece fora dos campos é muito mais interessante do que o que acontece dentro", analisou Bonfá. Além disso, a emissora musical conta também com o especial Rockgol no Mundial. Mas apenas nos dias em que o Brasil jogar.
