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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

sábado, 3 de julho de 2010

Eliminado, Maradona vai do desespero à conformação


Maradona iniciou a campanha na Copa do Mundo da África do Sul com a crença de que sua figura mítica seria suficiente para levar a Argentina ao título depois de 24 anos de tabu. Mas quando enfrentou a primeira equipe tradicional, nas quartas de final, não conseguiu êxito. Perdeu por 4 a 0 na Cidade do Cabo, neste sábado, e se despediu do Mundial anestesiado pela fraca atuação argentina.

O jogo começou e a Alemanha não demorou a fazer Maradona se desesperar. Falta cobrada na área, Müller ganha fácil de Otamendi na jogada aérea e abre o placar. O treinador cruzou as mãos, virou para o banco e lamentou. Pela primeira vez, seu time saia em inferioridade em uma partida desta Copa.

Maradona parecia anestesiado pelo gol. Andava de um lado para o outro, colocava a mão na cabeça e pouco passava instruções para o time; Trocou os tradicionais gritos por sinais com a mão e mandou todos seus reservas aquecerem aos 15min.

Voltou ao seu estilo habitual quando o jogo já passava dos 20min. Reclamou com gritos e socos no ar de uma falta mais dura em cima de Demichelis. Aproveitou o lance para tentar inflamar a torcida, como se ainda vestisse a 10 de sua seleção.

Mas ela estava no corpo de Lionel Messi, seu herdeiro e protegido. Substituto que não conseguia furar a defesa, apesar de aos poucos a Argentina conseguir colocar em prática seu plano de jogo: muita posse de bola e volume. O problema é que a Alemanha vencia por 1 a 0 e nos contra-ataques era até mais perigosa.

Tanto que Burdisso falhou e Klose perdeu gol feito. Maradona olhou para o banco aliviado, com os braços cruzados. Mas voltou a se irritar na sequência, pedindo cartão amarelo a cada lance. Quando Müller recebeu o primeiro da Alemanha, comemorou como um gol e ficou fazendo sinal de manchete (jogada de vôlei) para "imitar" o alemão.

Quando a Argentina balançou a rede, comemorou, e se decepcionou com a anulação do gol. Como se percebesse que a quatro de jogadores de sua seleção estavam em completo impedimento, não reclamou. Apenas colocou a mão na cabeça.

Aos poucos se acalmou. Confabulou com os assistentes, dominou uma bola e foi aplaudido pelos torcedores, como se clamassem por sua presença em campo. Deixou o campo junto aos seus titulares, batendo palmas e incentivando, apesar do primeiro tempo ruim.

Até o segundo gol alemão, Maradona repetia tudo que fez no primeiro tempo com mais intensidade. Abria os braços a cada falta mais dura da Alemanha e encobria o rosto a cada gol perdido. Mas o 2 a 0 alemão no placar, quando preparava a primeira substituição, deu um baque no treinador. Como se não soubesse o que fazer, segurou a alteração, depois a fez, mas já era tarde.

Levou o terceiro e ficou entregue à beira do campo. Não gesticulou, não lamentou. Apenas esperou o tempo passar até chegar à eliminação que parecia consumada.

Assistiu ao quarto gol alemão parado. Recebeu um abraço tímido de seu assistente Mancuso e passou a torcer para o fim desta jornada que parece ser a sua despedida oficial de uma Copa do Mundo. Com um título em 1986, três decepções como jogador (1982, 1990 e 1994) e a primeira como treinador, fica difícil imaginar que terá fôlego para mais uma.

Com o jogo encerrado, entrou em campo e abraçou cada um de seus jogadores. Calado, sério, sem derramar as lágrimas que muitos de suas "23 feras" que cansou de elogiar durante o Mundial derramaram.