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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Irmã Dulce é a maior baiana segundo internautas


Com toda a vida dedicada a cuidar do próximo, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce (1914-1992), foi eleita pelos internautas do portal A TARDE como a maior baiana de todos os tempos, em enquete que ficou no ar na internet durante seis dias. A beata recebeu 39% dos votos e ficou na frente do jurista e político Ruy Barbosa, que obteve 21% dos votos, escolhido por personalidades do Estado como o maior baiano, uma semana antes, e do ex-senador  Antônio Carlos Magalhães, com 13%.

"As pessoas anseiam serem amparadas e Irmã Dulce representa o símbolo mais completo do imaginário popular: ser salvo das doenças dessa vida e ir para o céu. Ela era uma santa", afirma a socióloga Marlene Vaz. A beata costumava receber todos os doentes no hospital, mesmo se não tivesse leitos para todos. "No imaginário popular, ela era a pessoa que salvava", completa.

Falecida em 1992, Irmã Dulce recebeu o título de Bem-Aventurada em 2011, e está a um passo de receber a canonização e se tornar santa. Falta apenas o Vaticano confirmar mais um milagre realizado pela beata.

A lista dos dez maiores ainda tem o geógrafo Milton Santos (8%), o escritor Jorge Amado (6%), o poeta Castro Alves e o educador Anísio Teixeira, que obtiveram 5%, e o compositor Dorival Caymmi, o médico e político Edgar Santos e o cineasta Glauber Rocha com 1%, cada.
Quando se compara a lista dos dez maiores baianos eleitos pelas personalidades com a dos internautas, constata-se algumas diferenças. Irmã Dulce saltou da quarta posição para o primeiro lugar, tomando a posição de Ruy Barbosa, que caiu para segundo. O poeta abolicionista Castro Alves, que ficou em segundo na opinião das personalidades baianas, foi o sexto.

Os internautas ainda utilizaram os comentários para citar outros nomes que poderiam ser considerados O Maior Baiano de Todos os Tempos. "Teodoro Sampaio foi formidável na percepção da importância dos saberes indígenas na odisséia bandeirante. Igualmente digna de consideração foi sua contribuição ao estudo de vários rios brasileiros", indicou Anderson Besouro.
O médico José Silveira, o escritor João Ubaldo Ribeiro, a religiosa Joana Angélica e a heroína do 2 de Julho, Maria Quitéria, também foram lembrados.

Metodologia
Na primeira eleição, 214 personalidades baianas, dos meios intelectual, político, empresarial e cultural, responderam à pergunta "Qual é o Maior Baiano de Todos os Tempos?". Poderiam ser indicados três nomes. Um total de 122 foram citados, alguns até de não baianos, como o pintor Carybé, o fotógrafo Pierre Verger e o escritor Mário Quintana.

Para conhecer a opinião dos internautas, o portal A TARDE fez uma enquete com os dez mais bem colocados da primeira votação: Ruy Barbosa, Castro Alves, Jorge Amado, Irmã Dulce, Milton Santos, Anisio Teixeira, Dorival Caymmi, Edgar Santos, ACM e Glauber Rocha.

Conheça mais um pouco sobre os três primeiros na preferência dos internautas

Irmã Dulce: mãe dos pobres

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu no dia 26 de maio de 1914 em Salvador. Aos treze anos, ela começou a acolher mendigos e moradores de rua na casa dela. O local ficou conhecido como "A Portaria de São Francisco".

Em 1933, Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Ela se tornou freira um ano depois, aos 20 anos, e recebeu o nome de Irmã Dulce. Ela continuou o trabalho de acolher pessoas nas ruas e, em 1959, transformou um galinheiro, ao lado do convento, na Associação Obras Sociais Irmã Dulce.

Desde então, Irmã Dulce passou a ser conhecida como o Anjo Bom da Bahia e chegou a ser indicada para o prêmio Nobel da Paz, em 1988. Quatro anos depois, em 1992, ela faleceu no Convento Santo Antônio, em decorrência de problemas respiratórios.

Em uma cerimônia em 2011, em Salvador, a freira alcançou a condição de Bem-Aventurada (Beata), o último passo antes de se tornar santa. "Por Nossa autoridade Apostólica, damos a faculdade para que a Venerável Serva de Deus Dulce Lopes Pontes, (...) a qual, profundamente confiante na divina Providência, dedicou-se a ajudar os excluídos e doentes paupérrimos, nos quais reconheceu o rosto amoroso de Jesus Crucificado, seja chamada de hoje em diante com o nome de Bem Aventurada, com sua festa fixada no dia 13 de Agosto, nos lugares e modos estabelecidos pelo direito, podendo ser celebrada cada ano", dizia a Carta Apóstólica lida pelo arcebispo metropolitano de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger.

Ruy Barbosa: O Águia de Haia

Ruy Barbosa de Oliveira nasceu em Salvador em 5 de novembro de 1849. Ele se tornou bacharel em Direito em 1870, em São Paulo. Foi um dos maiores defensores das eleições diretas e da abolição da escravatura. Em 1907, na Conferência da Paz em Haia, se destacou internacionalmente ao defender a igualdade entre as nações, ganhando o apelido de Águia de Haia.

O jurista também foi um dos autores da primeira constituição republicana do País e chegou a ser Ministro da Fazenda. Ele se candidatou a presidente duas vezes, em 1894 e em 1910, mas não foi eleito.  Ruy Barbosa também era jornalista e escreveu para A Imprensa, Jornal do Brasil e Diário de Notícias. Sócio fundador da Academia Brasileira de Letras, o jurista sucedeu Machado de Assis na presidência da casa. Ele faleceu em 1923, em Petrópolis, no Rio de Janeiro.

ACM: Da medicina à política

Nascido no dia 4 de setembro de 1927, em Salvador, Antônio Carlos Magalhães formou-se em medicina em 1952. Dois anos depois, foi eleito deputado estadual e tornou-se líder da bancada da União Democrática Nacional (UDN).

Ainda se tornou deputado federal antes de ser nomeado prefeito de Salvador pelo governador da Bahia, Luís Viana Filho, em 1967. Ele ficou no cargo por três anos. Em 1971, foi indicado pelo presidente da república, o General Emílio Garrastazu Médici, para assumir o governo do Estado, onde ficou até 1975, e retornaria mais uma vez em 1979, desta vez com a indicação do então presidente João Baptista Figueiredo. Antônio Carlos Magalhães ainda foi governador, desta vez eleito pela população, em 1991.

 Na política nacional, Antônio Carlos foi Ministro das Comunicações de 1985 a 1990, durante o mandato de José Sarney, então presidente do Brasil. Em 1994 elegeu-se senador pela Bahia e protagonizou o escândalo do painel eletrônico em 2001, quando foi acusado de manipular o painel de votações do senado e obter a lista, secreta, com os nomes dos senadores que votaram pela cassação do senador Luiz Estevão.

ACM faleceu no dia 20 de julho de 2007, em São Paulo, onde estava internado após ter uma parada cardíaca em decorrência de uma infecção generalizada.Fonte:Atarde