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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Rui Costa defende governo e diz que não joga pensando na oposição

Apontado como candidato preferido do governador Jaques Wagner para sua sucessão, o secretário da Casa Civil, o petista Rui Costa, admite que não é um bom jogador de futebol. Mas usa e abusa dos metáforas do esporte para comentar o quadro político. E dribla perguntas sobre sua posição nas pesquisas nas quais aparece atrás de candidatos da oposição e de outros nomes da base aliada como os senadores Walter Pinheiro, do PT, e Lídice da Mata, do PSB, e o vice-governador Otto Alencar, do PP.

Na defesa, o secretário, eleito deputado federal com 202 mil votos em 2010, rebate críticas do ex-ministro Geddel Vieira Lima, pré-candidato do PMDB, de que seria subserviente a Wagner, e é enfático ao listar as conquistas do governo petista na Bahia. No ataque, garante que não está preocupado com a movimentação do time oposicionista. “Uma equipe tem que se preparar para vencer o campeonato, a partida final, sem estar muito preocupada com a escalação do time adversário”, afirma  Rui Costa, acrescentando que, no jogo político e no futebol, admira quem joga no meio de campo, organizando o time e distribuindo a bola.

O senhor é apontado como o preferido do governador Jaques Wagner entre os pré-candidatos do PT, mas não é unanimidade no partido. O que o senhor acha dessa disputa?
Acho que é natural. O partido tem grandes quadros políticos, nomes fortes administrativamente, fortes politicamente. É natural que um partido grande como o PT tenha mais de um nome para a disputa de qualquer cargo. O PT tem uma cultura própria e saberá, junto com o governador, decidir no tempo adequado, o nome do candidato. É natural: até o Lula já disputou prévia.

O que achou da declaração do ex-ministro Geddel Vieira Lima que, em entrevista ao CORREIO, disse que o senhor, eleito, teria posição de subserviência ao governador Wagner?
Quem confunde amizade, companheirismo e respeito com subserviência talvez não saiba exatamente onde estão os limites de cada uma dessas palavras. Tenho com o governador uma grande amizade ao longo dos últimos 30 anos e cada um tem a sua característica. O conceito com que trabalho é igual ao de um time. Um grande time de futebol tem que ter um bom goleiro que saiba pegar a bola com as mãos, tem que ter um bom meio de campo, que sabe distribuir a bola para o ataque, e tem que ter um bom centroavante, que sabe fazer gol. Se você pegar o centroavante e botar no gol, provavelmente não vai dar certo. É aproveitando as características de cada um que o time sai vencedor. O governador tem uma personalidade, tem características próprias dele. Eu tenho minha personalidade e minhas características.

Na útlima pesquisa Ibope, o senhor aparece atrás de outros nomes da base, como a senadora Lídice da Mata, que deve sair candidata pelo PSB, e o senador Walter Pinheiro. Como avalia esse resultado?
 Acho que tem pouco valor pesquisa a um ano da eleição. Com quantos por cento estava o atual prefeito de São Paulo um ano antes da eleição: 1%, 2%. Quanto estava o atual prefeito de Belo Horizonte um ano antes da eleição: 1%, 2%. Quanto por cento tinha o atual prefeito de Recife um ano antes da eleição: 0%. E são todos prefeitos hoje, todos ganharam a eleição. Portanto, acho que tem pouca relevância pesquisa a um ano da eleição.

Sua secretaria tem contato direto com prefeitos e está sempre presente em eventos no interior, na agenda do governador. O senhor acha que isso o coloca em posição estratégica?
 Todos que estão na vida pública, inclusive eu, têm uma posição de destaque. Por exemplo, o nome do PDT é presidente da Assembleia, Marcelo Nilo. O presidente da Assembleia está em evidência? Claro que está. Nós temos dois senadores com nomes colocados: Lídice da Mata e Walter Pinheiro. Senador da República está em evidência? Obviamente que está. O secretário do Planejamento [José Sérgio Gabrielli], que toca projetos importantes, está em evidência? Lógico que está. Eu, que estou aqui na Casa Civil, estou em evidência? Lógico que estou. Então, todos os nomes colocados têm uma posição de destaque e de visibilidade. Eu não sou exceção.

A obra do metrô poderá ajudar sua campanha?
O que o povo vai julgar o ano que vem é o conjunto da obra. A população vai analisar o projeto político, o projeto econômico e o projeto social em curso na Bahia e em curso no Brasil. Obviamente, várias ações impactam a população, principalmente, hoje em dia, a mobilidade. As pessoas estão perdendo muito tempo de suas vidas presas no trânsito. Eu diria que os projetos de mobilidade, os projetos de inclusão social, os projetos de infraestrutura urbana, os projetos habitacionais, todos de alguma forma impactam na avaliação do eleitor. O metrô e mobilidade urbana têm um forte impacto hoje sobre a população e também exercerão influência nessa avaliação.

Mas o metrô ainda não vai estar funcionando na época da eleição. Isso vai influenciar?
Todos nós, que somos soteropolitanos ou que vivemos na Região Metropolitana, temos que torcer a favor e comemorar a solução do metrô. Eu, particularmente, tenho a opinião de que houve um erro de origem no metrô. Um erro cometido lá atrás, em 1999, pelo governo municipal na época e pelo governo federal na época. Por que eu avalio que é um erro? Porque nenhum governo municipal no país toca metrô, nem constrói nem opera metrô. Foi um erro estratégico ter colocado no município de Salvador a construção e a operação do metrô. O que nós estamos fazendo agora é corrigir um erro de 1999. O governo do estado que, mesmo com todas as fragilidades de arrecadação, tem muito mais musculatura para tocar um projeto dessa ordem.

Na última pesquisa Ibope, boa parte da população - 37% - disse querer mudança na administração do estado. A aprovação do governador caiu para 28%. O senhor está preparado para enfrentar essa rejeição?
 Todo e qualquer governo oscila nas pesquisas. O Wagner assumiu em 2007 e, de 2007 até 2010, cada período que você fazia, os números que apareciam eram bem diferentes. A verdadeira pesquisa de avaliação de governo é no momento da eleição. O governador, em 2010, se submeteu a uma grande pesquisa eleitoral, a pesquisa do voto. E 63% do povo da Bahia respondeu que aprovou o governo de Wagner, porque 63% votou nele e ele teve um novo mandato.

Então será fácil a defesa do governo?
Não tenho nenhuma dúvida da excelência do governo Wagner. Se você perguntar - isso são números, não é opinião -  quem foi o governador na história da Bahia que mais investiu no abastecimento de água e infraestrutura hídrica, você tem uma resposta.  Se você perguntar na história da Bahia quem foi o governador que mais fez esgotamento sanitário, você vai encontrar uma resposta. Se você fizer uma pergunta, quem foi o governador na história da Bahia que mais construiu estrada, você vai encontrar uma resposta. Isso tudo será mostrado num balanço de governo que, tenho certeza, será extremamente positivo. No momento da eleição, vamos mostrar isso, seja eu ou outro candidato. Mas o candidato do governo vai mostrar que esse é, em números, o melhor governo que a Bahia já teve.

Onde o governo Wagner não conseguiu obter resultados positivos e o que o senhor gostaria de fazer diferente?
Nós temos que apresentar em 2014 aquilo que ainda está por ser feito, aquilo que falta fazer, e eu entendo que é aprofundar o desenvolvimento, aprofundar geração de emprego e melhorar a capilaridade e a qualidade da saúde e da educação.

A oposição pretende caminhar unida contra o candidato do governador. Como o senhor se prepara para essa disputa?
Eu sou daqueles que entendem que uma equipe ela tem que se preparar para vencer o campeonato, a partida final, sem estar muito preocupada com a escalação do time adversário. Você tem que ter um padrão de jogo, um estilo de jogo, tem que estar preparado para enfrentar qualquer candidatura. Na hora que o jogo começar, evidente que você pode fazer adaptações ao longo da partida para enfrentar a forma que o adversário está jogando. Mas eu não sou daqueles que acham que o time tem que treinar com antecedência tentando imaginar como é que vai ser o jogo do adversário. Você
tem que treinar, independente de quem seja o adversário. Portanto, eu não quero comentar aqui sobre estratégias da oposição.

Alguns políticos do Democratas apontam o senhor como o candidato mais fácil de derrotar. Como encara essa avaliação?
O que você acha de um adversário que anuncia que se o time escalar esse e esse jogador ganha mais facilmente? Será que um time está querendo que o rival se reforce para que a eleição seja difícil? Eu não posso levar a sério comentários desse tipo. Não posso achar que o torcedor do Bahia vai fazer um comentário sobre a escalação do Vitória de uma forma sincera ou vice-versa. Eu acho que isso faz parte da provocação da política. Não posso levar isso a sério, assim como não é sério a torcida do Vitória querer escalar o goleiro do Bahia.

O senhor fala bastante sobre futebol, sobre montar o time. O senhor jogaria em que posição nesse cenário?
 Se eu jogasse bem futebol, o que não é o caso, eu gostaria de jogar no meio de campo. É a posição que eu mais admiro no futebol, é a posição no meio campo, de quem organiza o time e quem distribui a bola no time. Já joguei futebol, mas eu não teria futuro na carreira, não.Fonte:Correio da Bahia