O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado que não teme ser criticado por participar, pela primeira vez, em um ano eleitoral, da festa do 1º de Maio promovida pela Força Sindical em São Paulo. Ele afirmou que tem coragem de encarar os trabalhadores e ressaltou seu alto índice de aprovação.
Para ele, sua trajetória no governo contrariou a de outros políticos que começam o mandato com aprovação e deixam o cargo com baixo índice de popularidade.
Em relação à eleição, Lula fez apenas menção indireta à pré-candidata Dilma Rousseff ao afirmar ao público presente "vocês sabem quem eu quero".
O presidente aproveitou o palanque para cutucar o que chamou de "parte da elite brasileira". Após ser apontado pela revista "Time" como um dos 25 líderes mais influentes do mundo em 2010, Lula afirmou que o destaque que recebe nas publicações estrangeiras incomoda "parte da elite", que o criticava, inclusive, por ele não saber falar inglês.
Antes dele, a ex-ministra Dilma Rousseff discursou e reiterou que tem planos de expansão para a economia e para o país.
Palanque
O evento do 1º de Maio promovido pela Força Sindical em São Paulo começou com discursos em favor de Dilma, ou ao menos com menção à ex-ministra. Antes de Lula discursaram o ministro Carlos Lupi (Trabalho), a ex-prefeita Marta Suplicy, que deve disputar uma vaga no Senado, e o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho.
Na chegada, Lula, Dilma e Marisa cantaram o Hino Nacional de mãos dadas.
Mais cedo, sindicalistas discursaram e reforçaram a campanha pela redução da jornada de trabalho de 40 horas. Sindicalistas mulheres fizeram menções diretas ou indiretas à necessidade de eleger uma mulher para a Presidência da República.
Os trabalhadores que participam da festa assistem a shows gratuitos em 11 telões distribuídos pela praça Campo de Bagatele, na zona norte de São Paulo. Foram distribuídos cupons para sorteio de brindes, entre eles 19 carros e um apartamento. A festa tem patrocínio de R$ 1 milhão de estatais federais e de empresas privadas, como GM, Casas Bahia e banco Santander.
