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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

terça-feira, 7 de junho de 2016

Mancini avalia seu trabalho à frente do Vitória, revela desejo de ficar e garante reforços

Com um ano à frente do Vitória, o técnico Vagner Mancini avalia o seu trabalho com positivo. O comandante Rubro-negro destacou o acesso para a Série A e a conquista do Campeonato Baiano. “Conseguimos o acesso e fomos campeões baianos. Temos agora o Campeonato Brasileiro pela frente e estamos confiantes que vamos continuar com um bom trabalho. Temos também a Copa do Brasil, que começamos bem. Ainda falta muita coisa, mas acredito que estamos no caminho certo”, disse o treinador, em entrevista ao Bahia Notícias. Com contrato até dezembro de 2016, Mancini revelou o desejo de continuar no clube para a próxima temporada. “O Vitória é um clube que eu tenho uma identificação grande. Completei um ano e espero continuar aqui”, comentou. O treinador confirmou que reforços desembarcarão em breve na Toca do Leão. “Os reforços vão chegar. O torcedor pode ficar despreocupado (...) Nós queremos atletas que o mercador quer. O Vitória não quer jogador que esteja parado e que não represente nada”, decretou. Ele também falou do esquema tático da equipe sublinhou a evolução do setor defensivo.

Como você avalia seu trabalho neste um ano à frente do Vitória?

Pela cultura do nosso futebol não é fácil completar um ano de trabalho. Conseguimos o acesso e fomos campeões baianos. Temos agora o Campeonato Brasileiro pela frente e estamos confiantes que vamos continuar com um bom trabalho. Temos também a Copa do Brasil, que começamos bem. Ainda falta muita coisa, mas acredito que estamos no caminho certo. O Vitória é um clube que eu tenho uma identificação grande. Completei um ano e espero continuar aqui.

Como você mesmo disse, não é fácil chegar um ano à frente de um clube. Qual o segredo para chegar a essa marca, além de conseguir bons resultados? Muitas vezes acontece de um treinador ser demitido mesmo com um desempenho satisfatório em campo...

Eu sempre falo que não é simplesmente você estar à frente do clube em um tempo grande. A diretoria tem que estar voltado para aquilo que o treinador pensa. Hoje temos dentro da diretoria do Vitória, na figura de Anderson Barros, o mesmo pensamento do treinador. Isso é muito interessante quando você tem no seu dia a dia alguns conceitos que são importantes dentro do futebol e que são levados a sério. Por essa maneira de pensar de Mancini, de Anderson Barros, de Raimundo Viana e de Manoel Matos, é que a gente consegue fazer com que as coisas andem. Futebol tem alguns encaixes e dentro desses encaixes, tem a parte técnica que eu sou responsável, tem a parte administrativa, que é da diretoria e da execução de futebol, que é Anderson Barros. Se eles não combinarem, dificilmente você vai ter êxito. Fico feliz de conseguir essa marca expressiva de um ano. Tenho uma identificação grande com o Vitória e não pretendo sair.

Você foi o idealizador da Federação Brasileira de Treinadores. Uma das propostas é dar uma segurança maior aos técnicos, como inscrição no BID e também evitar o troca-troca de treinadores. A CBF já sinalizou positivamente, mas ainda não colocou em prática. Você acha que isso vai vingar na próxima temporada?

Nós tivemos algumas reuniões lá na CBF e Gilmar Rinaldi nos adiantou que isso estaria incluído no regulamento do campeonato. Que quando o treinador fosse demitido, até que entrasse um novo treinador registrando no BID, no mesmo sistema dos atletas, o clube não poderia ter ninguém no banco de reservas até que houvesse essa inscrição. E só poderia ir atrás de outro treinador após pagar o acerto, o que normalmente não é feito. O treinador sai do clube e acaba deixando dinheiro para trás e tem que entrar na Justiça... É uma novela que não cabe mais. Estamos em 2016 e tem que existe um pouco mais de respeito com a classe. E por isso que fiz questão de ficar à frente da federação para que a gente pudesse mudar esse panorama. Paralelamente a isso, existe um projeto que tramita na Câmara dos Deputados em Brasília para a regulamentação disso e os treinadores passem a ter os mesmos direitos que outros que já fazem parte do futebol já possuem, como os atletas, árbitros, os clubes... O treinador ficou um pouco afastado desse grupo. Estamos pedindo a equiparação para que todo mundo possa ver o futebol bem jogado. Todas as partes do futebol são importantes.

Vamos voltar a falar do Vitória. A torcida tem cobrado reforços. E a gente sabe que o time precisa de contratações pontuais. O torcedor pode ficar despreocupado quanto a isso?

Os reforços vão chegar. O torcedor pode ficar despreocupado. Assim como no começo quando havia muita cobrança, o Vitória vinha mantendo contato com vários jogadores. Uns vieram e outros não. Assim como acontece agora. O Vitória não está parado e ninguém aqui está tomando sol na praia. Estamos atento a tudo que está acontecendo no mercado. O Vitória mantém contato com seis ou sete jogadores e há um bom tempo trabalha para tentar viabilizar. Às vezes parece difícil e eu vou citar o exemplo de Kieza. Ele parecia impossível quando acertou com o São Paulo. Aí a gente foi com calma, com muita costura e jeito e conseguimos viabilizar. Outros atletas passam por esse mesmo processo. Nós queremos atletas que o mercador quer. O Vitória não quer jogador que esteja parado e que não represente nada. Peço calma ao torcedor. Sabemos que precisamos nos reforçar. Enquanto esses jogadores não chegam, eu tenho que suar o elenco da melhor maneira possível. Quando a gente tiver mais alguns atletas, certamente as opções vão melhorar e a gente vai ter um ganho, não só na parte tática, como na parte técnica, pois serão atletas dotas com uma capacidade técnica maior.

O sistema defensivo tem sido alvo de críticas da torcida e da imprensa. Como você enxerga essas queixas? Os gols sofridos é reflexo pelo fato do Brasileirão ser superior tecnicamente ao Baianão ou falta de atenção da equipe?

Sofremos nove gols em seis jogos. Se analisarmos o gol do Atlético Mineiro, um do América, um do Flamengo e dois do Corinthians, foram normais. Nada que chame atenção. O jogo que foi diferencial e um divisor de águas foi o do Santa Cruz. A gente ainda não havia sofrido quatro gols na temporada. Temos um sistema defensivo que precisa de ajustes, mas não é um sistema defensivo fraco. O Vitória é um time que ataca muito e essa é a característica dos meus times.  Ataca muito, ganha jogos e que sofre gols. Estou muito ligado nisso, mas prefiro ganhar de 5 a 4 do que 1 a 0. Mas é importante a gente corrigir a partir do momento que você ver alguma coisa de errado. Contra o Santa Cruz foi um jogo atípico e o Vitória não merecia quatro gols. Mas temos que atacar exatamente em cima dos números. E os números apontam que são nove gols sofridos. Não podemos ficar satisfeito com isso e temos que ajustar. E acho que já melhoramos. A gente tem tentado fazer as correções e contando com os lastros dos atletas também.

Uma coisa que é assunto, seja nas arquibancadas, nas resenhas esportivas, ou em conversas de mesa de bar, é o “clássico camisa 10” e o “volante marcador”. Existe espaço no futebol atual para atletas com essas características?

Eu não gosto do volante que não tem um bom passe e que não saiba sair jogando. Gosto de volante de marcação, mas que saiba jogar. Tanto que Amaral melhorou muito desde minha chegada e Willian Farias também. No caso do camisa 10, eu não tenho nada contra. Acho que temos bons jogadores assim, mas é importante que esse atleta tenha consciência que aquele futebol romântico não existe mais. Hoje é um futebol dinâmico. O camisa 10 tem que se movimentar, jogar sem a bola e fazer a marcação. Se este jogador entender que o futebol exige isso e a parte técnica dele for uma maravilha, dou os parabéns a quem tem esse talento. Mas é necessário que ele esteja integrado ao sistema de jogo.

O Vitória tem uma variação tática dentro do jogo, o que é comum.  Existe algum esquema que é o seu preferido?  Nos treinos você trabalha muito a parte tática, simulando situações de jogo.  Os atletas têm assimilado o que você pede?

Não tenho nenhuma tática preferida. Tenho que partir de um início e para dar ao meu time uma organização tática, isso normalmente é feito no 4-4-2 ou 4-2-3-1. A variação tática é muito importante. Nenhum jogo é igual ao outro e por isso que eu defendo a permanência dos técnicos nos clubes é para que exatamente você consiga dentro de um esquema escolhido fazer variações, porque dentro dos jogos também acontece isso. E nosso time sabe ter uma alteração. De puxar um volante para trás, abrir os dois zagueiros e adiantar os laterais como alas e em certos momentos marcar em duas linhas de quatro, deixando dois atacantes na frente ou ir para o 4-5-1. É exatamente o que faço nos treinos táticos para que posso dar ao jogador o conhecimento daquilo que quer o treinador.  Os atletas têm assimilado bem. O futebol resume-se a dois atos. Quando você está com a bola e sem a bola. Com a bola, tenho que ocupar o maior espaço possível do campo e fazer com que essa bola rode e chegue ao gol do adversário. E sem a bola, tenho que diminuir o campo de jogo e o espaço onde meu adversário quer jogar. E organizando o seu time fica mais fácil de você fazer isso com uma automação maior.  Mas não sou adepto a determinado sistema, pois vou muito pelas característica dos jogadores.

Caíque tem sido uma grata surpresa. Com apenas 18 anos, ele mostrou muita maturidade quando entrou em campo, principalmente nos Ba-Vi’s.  Como você avalia hoje os goleiros que estão à sua disposição?

No começo do ano a gente perdeu o Gatito. E ouviu muitas críticas. E a gente sabia que naquele momento estava optando entre Fernando Miguel e Caíque. E optamos por Fernando, pois tínhamos consciência que eles poderiam jogar o estadual, o que acabou acontecendo. E hoje temos uma outra realidade no clube. Ninguém fala no Gatito. Fala muito do Caíque e o Fernando sabe que tem uma sombra. Os dois estão muito bem, assim como Wallace e Ronaldo. É muito importante quando você tem o jogador para pôr, quando surge o espaço. Se a gente não tivesse Caíque e Wallace, teríamos que ir ao mercado buscar outro jogador.  Aí exatamente é esse espaço que tenho que dar para a base do clube, que é financeiramente cobrada e apoiada para que você forme jogadores. Caíque é um atleta maduro e apesar da pouca idade tem um nível de jogo interessante. Espero que aconteça isso com Wallace e com Ronaldo. E vai jogar aquele que tiver melhor, aquele que não dar brecha e que se lesionar menos. Hoje posso dizer que tenho dois goleiros do mesmo nível.Fonte:Bahia Noticias