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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Samuel Celestino:"PMDB comandaria corrupção"

Já não chamam atenção, como no início, as revelações que surgem, a cada dia, partidas das investigações da Operação Lava Jato. Depois dos resultados das eleições presidenciais, a sujeira na petroleira veio à superfície. É muitíssimo provável que já se conhecia, em parte, antes das eleições que a Petrobras estava minada e impregnada pela deslavada corrupção, a maior que se tem notícia na história republicana. Quem sabia o que estava a ocorrer fazia de conta que não, para que não fossem atingidos os resultados que emergiriam do pleito. Agora, chega ao conhecimento da Lava Jato que o PMDB não tinha apenas um operador dentro da Petrobras. Tinha vários.
     
Cada um deles se reportava a um cacique da legenda. Uma forma de organização criminosa, porque, caso contrário haveria desconfortos dentro do partido e, bem provavelmente, atritos entre os capitães comandantes do processo de corrupção. O PMDB talvez venha aparecer como o partido mais enlameado, ultrapassando o PT. Já o PP, por ser o mais fraco dos três na base aliada da presidente, ficaria com a parte menor que lhe caberia no latifúndio organizado dos corruptos.

De acordo com o que chega à tona, o PMDB dispunha de operadores para cada diretoria da petroleira. Paulo Roberto da Costa, delator premiado e ex-diretor da diretoria do Abastecimento, em determinado período fizera uma viagem a Índia e lá teria sido acometido por uma doença infecciosa que tomara todo o seu corpo. Afastou-se, então, da diretoria da Petrobras para cuidar da saúde. Enquanto estava ausente, os urubus começaram a cuidar da sua substituição na diretoria do Abastecimento. Os médicos chegaram a considerá-lo desenganado. Supunham que a infecção iria levá-lo à morte, mas ele acabou conseguindo cura. O relato é dele.

Diante da briga pela sua diretoria, depois de recobrar a saúde, disse que  foi a Brasília se entender com mandachuvas do PMDB, que contornaram a disputa por seu cargo, e ele então retornou. Na rede montada pelo partido que operava dentro da estatal, cada operador cuidava de uma diretoria para que não houvesse conflito. No momento, dentro das investigações surge uma espécie de confronto entre os atuais e conhecidos representantes da petroleira e diretores que já foram presos. Outros ainda estão em liberdade. Os presos das empreiteiras, que comandavam o processo pagando propinas para conseguirem contratos superfaturados, estão se movimentando na justiça.

Discutem as prisões e a divulgação dos nomes envolvidos na corrupção enquanto os parlamentares continuam com seus nomes guardados em sigilo. O juiz Sérgio Moro diz que cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), porque os parlamentares gozam de fórum privilegiado. Responderão a processos. Se isso acontecer, será no STF. Alguns nomes já chegaram à superfície, como o do presidente do Senado, Renan Calheiros, mas não através de vazamentos da Operação Lava Jato e, sim, pela ação da imprensa, principalmente da revista Veja, detestada pelo governo.

A situação entre o lado dos corruptos e o lado dos parlamentares com nomes sob sigilo, embora  também corruptos com os demais, é portanto diferenciada. Não deveria ser. O privilégio do foro seria correto se senadores e deputados tivessem posturas ilibadas, o que está muito longe disso. Como é do conhecimento, os políticos têm uma imagem junto à população desprezível, tantos são os casos que afloram no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas, assim como nas câmaras de vereadores municipais.

Há muitos que se candidatam e gastam fortunas para se eleger e gozar dos privilégios do mandato. Em alguns países, os políticos zelam por tal postura. Não são em muitos. Como, por exemplo, ocorre no momento com o ex-primeiro ministro socialista de Portugal, José Sócrates, que está trancafiado por corrupção e lavagem de dinheiro. O benefício do mandato só deveria valer dentro das casas legislativas envolvendo as ações dos parlamentares internamente ou o que dizem da tribuna. Fora daí, não. Se forem corruptos, deveriam pagar como um corrupto qualquer. E não usufruir de julgamento no Supremo Tribunal Federal. É mordomia além da conta.Fonte:Bahia Noticias