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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.
DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Valdomiro Silva:De Adélia a Elza Santos Silva.Obrigado aos meus mestres!


“Olá, professor!”. Não sei você, amigo do face, mas comigo, acontece muito. Caminhando pela rua, no interior de um banco, em visita a qualquer local público, vem de lá alguém e te cumprimenta mais ou menos assim: “Oi, professor (ou professora), como vai?”. Eu não sou professor. Até gostaria.

Quando decidi fazer o curso de jornalismo mesmo já contando com uma razoável experiência profissional, um dos meus projetos seria o de ingressar no mágico e maravilhoso universo do ensino. Mas, até aqui, ao menos, não tive mérito para tanto.

E onde quero chegar, meus caros, com essa conversa? Bem, antes de explicar, desejo prestar primeiro a mais singela das homenagens a todos os mestres, não só os meus, mas os dos meus filhos e de tantos quantos estejam presentes em minha vida. Lembro-me de minha primeira professora nesta vida.

Valdelice, era o nome dela. E não foi exatamente em uma escola, onde eu a conheci, mas na casa dos seus pais, em Serrinha. Sim, meu início na educação foi na sala daquela residência, me corrija se estiver errado, mano José Ribeiro Ribeiro, meu colega de “classe” naquele início dos anos 70.

A minha segunda escola – sim, segunda, pois a primeira considero que tenha sido a casa de Valdelice, local de onde ainda me recordo até da forma das cadeiras – foi a Graciliano de Freitas, no bairro da Estação, naquela cidade. Ali, onde aprendi a cantar os hinos Nacional, da Bahia e da Bandeira, sob as ordens da vice-diretora Celeste, tive duas excelentes professoras, as irmãs Claudete e Terezinha.

Claudete, mais jovem, foi a professora mais meiga que conheci. Um doce de pessoa, muito inteligente, era de uma didática fenomenal. E a minha segunda série primária (sai da casa de Valdelice direto pra segunda série), quando conheci um prédio escolar de verdade, foi inesquecível.

Mesmo passando os primeiros meses sem farda e lutando para comprar livros usados, fui um dos melhores da classe. Rivalizava com Maria Emília Ramos (doutora Maria Emília, hoje brilhante odontóloga e professora da Uefs) pelas melhores notas. Ela ganhava quase sempre e isto me deixava “p”. da vida – perdoem-me o palavrão.

Pró Terezinha tinha semblante mais fechado, interagia menos, mas era também uma ótima professora e eu jamais a esquecerei.

Veio a quarta série e eu mudei de colégio. Eu e José Ribeiro, um aluno bem relapso, diga-se de passagem. Fui estudar mais perto de casa, no Áurea Nogueira, na rua Basílio Cordeiro. Coincidência, eu e meu irmão mais velho fomos orientados por mais uma dupla de irmãs, professoras Maria José e Raimunda.

No Áurea não tive uma Maria Emília para me desbancar (rsrsrs). Fui líder de classe, eleito pela maioria dos colegas (hoje ainda é assim?). Maria José era bem parecida com Claudete. Jovial, contemporânea, tratava os alunos como se fosse uma tia querendo brincar e agradar os seus sobrinhos. Raimunda tinha o estilo de Terezinha, era mais disciplinadora e exigente. Me identifiquei mais com pró Raimunda (acho até que ‘herdei’ um pouco do jeito dela). Ambas eram maravilhosas.

Veio o ginásio. Sinto um pouco de vergonha, me perdoem, mas sabem que não consigo lembrar de professores do período de quinta a sétima séries? Pois é, que coisa. Na oitava, olha Valdomiro diante, mais uma vez, de duas irmãs professoras? Eloy (‘y’ como se fosse ‘i’ acentuado)e Eloá. Eloy era professora de português. Eloá, de educação artística.

É claro que me dei muito melhor com Eloy. Primeiro, pela disciplina que ela orientava. Eu adorava português, era meu forte. Aqui, uma confissão: fiz prova final duas vezes na vida. Uma em matemática, outra em educação artística, acreditem. Não sabia, como não sei até hoje, desenhar sequer um caminho da roça.

Então, as lembranças de professora Eloá não são nada boas, em se tratando de notas – e ela era ótima professora, eu é que era um péssimo aluno. De Eloy, nossa, me emociono quando falo dela.

Finalzinho do ano, já em fase de despedida do ginásio, ela me disse: “Valdomiro, lute para fazer técnica de redação (no segundo grau). Você escreve muito bem”. Só sosseguei quando fui parar no Estadual, aqui de Feira, para fazer aquele curso. Um dia conto como foi essa saga.

Em Feira, no segundo grau, tive vários bons professores: Eduardo Miranda, Marleide Oliveira, tantos outros. No ensino superior, Andrews Pedra Branca, Marcílio Costa outros tantos. Nessas duas fases mais recentes, nenhum mestre que me marcasse tanto quanto Elza Santos Silva. Me deu régua e compasso. A mais sensacional de todos os mestres com quem tive a honra de conviver em sala de aula. Professora de Língua Portuguesa, é quase um mito vivo nesta terra.

Sei que hoje, embora mais raros, existem professores tão extraordinários quanto aqueles. E a todos, do passado e do presente, de joelhos agradeço por cada “ditado” corrigido, cada bronca, cada penalidade aplicada, cada sorriso e cada nota - ruim, regular, boa ou ótima. Eu tive várias notas baixas. Mas a nota que dou a todos vocês é a máxima. Esquecer o nome, o rosto ou a característica de alguns, pode ocorrer, e ocorre. A minha gratidão, porém, isso jamais deixarei de sentir.

Grande abraço a todos e não esqueçam de, no dia de hoje, quando for conversar com Jesus, dedicar uma oração aos nossos professores, aqueles que exercem a mais sublime de todas as profissões, desejando-lhes vida longa, com saúde, paz e amor. E mesmo que sem a justa remuneração, ao menos com o nosso reconhecimento.

Ah, sim, e o que é que eu iria dizer, mesmo, sobre esse hábito que as pessoas tem de nos chamar de “professor”, tema de abertura dessas mal traçadas? Bem, acho que já escrevi demais e se continuar, corro o risco de ser ainda mais enfadonho. Então, fico devendo.Texto:Jornalista -Valdomiro Silva