NOVA RÁDIO CLUBE SERRINHA 24 HORAS NO AR

RADIOS NET:MELHOR PLATAFORMA DE RÁDIOS

A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.
DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

domingo, 1 de junho de 2014

Filha do Jornalista Valdomiro Silva será editora do G1 na Bahia

Ela ainda era uma menina muito pequena, cinco ou seis anos de idade, quando percebi estar diante de uma futura “comunicóloga”. Observava o português impressionante para uma criança, tanto falando quanto escrevendo. Um pouco mais adiante, constatei o gosto pela leitura não apenas dos livros da escola, mas pelas revistas de quadrinho (minha primeira referência de literatura além dos conteúdos didáticos, na infância e adolescência).

Mais à frente ainda, deparei-me com uma adolescente interessada em obras literárias (muito, muito mais que o pai). Vi que, diferentemente de tantos jovens da sua idade, aquela menina magra (sim, magérrima), de corpo esguio, rosto fino (hoje um pouco mais arredondado), face maravilhosamente linda, voz agradável (ainda não gritava tanto quanto agora, nos momentos de estresse), gostava não apenas da “Malhação”, do programa dominical da Sandy e Júnior e dos Backstreet Boys.

Aquela adolescente curtia também os telejornais. Lia as revistas de atualidades (Veja, Istoé, etc), e, pasmem os jovens de agora, gostava de ler jornais não para ver o horóscopo, o capítulo do dia da novela preferida ou a revista dominical dedicada aos artistas da televisão, mas para se informar.

Acordava de madrugada, comigo e a mãe Márcia, para ajudar a dobrar o milheiro de jornais do Tribuna Feirense, que tinha de estar nas bancas e chegar aos assinantes às 6 da manhã. Aos 15 anos ou um pouco menos, já sentava na recepção do jornal, atendia ao público muito bem e ajudava em diversas tarefas.

Com o seu talento revelado nos estudos, notas sempre sensacionais em quase todas as disciplinas (menos em Matemática, mas nunca a critiquei por isto, pois também eu era uma tragédia nessa matéria), minha preferência era que fizesse outro curso, Direito, por exemplo. E eu faria qualquer sacrifício, caso ela fizesse outra opção que não jornalismo, uma carreira maravilhosa para a humanidade, mas muito pouco reconhecida. Mas não teve jeito.

Aos 17, aquela menina, já estudante de jornalismo, estagiava na redação do Tribuna. Fui seu patrão e monitor. Como editor, aliás, de três jornais diários desta terra, chefe de jornalismo nas rádios Subaé, Sociedade e Carioca (Povo), posso afirmar que ela foi, dos profissionais com quem trabalhei, de quem mais exigi. Queria mesmo que tivesse um editor barra-pesada, para que entendesse, logo cedo, o que a aguardava nas redações da vida, e prepara-la para o futuro.

Quando foi convidada por Marcílio Costa, seu chefe na TV Subaé, um jornalista íntegro, rigoroso, que tanto enobrece a imprensa desta terra (a quem agradeço por toda atenção com a minha filha, sua funcionária, e com quem aprendi muito do que hoje domino), estava pronta. Valeram à pena, então, todas as broncas que lhe dei (mesmo quando ela dizia “com os outros repórteres o senhor não faz assim”, se derramava em lágrimas nos momentos em que eu mandava reescrever tudo ou até voltar pra rua para apurar a notícia de novo).

Minha primogênita é a cara e a voz da mãe. Mas a veia do jornalismo ela herdou do pai. Alguns podem dizer que isso não tenha sido bom, pela dura e pouco reconhecida profissão que corre no nosso sangue. Para a sociedade, no entanto, posso garantir, foi ótimo. Ganhou uma jornalista honesta com H maiúsculo, sensível aos problemas sociais, corajosa, responsável, competente. E, acreditem, um só jornalista digno, neste mundo em que temos somente um punhado de profissionais de imprensa capaz de colocar o interesse coletivo em primeiro lugar, vale um tesouro.

Esta garota não é somente uma profissional com credenciais para atingir os mais difíceis objetivos na carreira. Também é um orgulho da juventude católica nesta cidade, com participação e contribuição em diversas atividades religiosas.

Recentemente, obteve mais uma importante vitória. Disputando com colegas da Rede Bahia, obteve a única vaga para editora do G1 em Salvador, importante portal de notícias deste estado. Está seguindo, neste domingo, para mais uma etapa de sua vida. Se despede da redação da TV Subaé, sua segunda escola no jornalismo, depois do Tribuna Feirense. Dos familiares, colegas jornalistas e amigos nesta terra, não se despede não. Estará sempre aqui, visitando as pessoas, encontrando-se com elas para bater papo e celebrar a vida, e, principalmente, presente para sempre no nosso coração.

Encerro essas linhas, que não estarão à altura da homenageada, mas o possível, para um frágil das letras, pai emocionado (quase em prantos, confesso) e, acima de tudo, com o peito cheio de felicidade, além de completamente realizado pelos resultados do esforço de dar vida, criar e hoje contemplar o sucesso desta filha abençoada. Parabéns, Valma Silva. É uma honra, para mim, que carregue o meu sobrenome.Texto:Jornalista Valdomiro Silva