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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Haddad recorre à Justiça contra o governo Dilma. A boa notícia: é o PT se desmanchando

Pois é… Até petista já está tentando tirar uma casquinha da impopularidade da presidente Dilma Rousseff. É o caso, por exemplo, do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Não que ele esteja, digamos, de bem com o povo, mas sabem como é… Brigar com a governanta, hoje em dia, pode render alguns pontinhos de admiração. Por que digo isso?

Haddad — petista como Dilma, prefeito da maior cidade do país e eleito com o apoio da presidente — decidiu recorrer à Justiça contra o governo federal para obrigá-lo a cumprir lei aprovada pelo Congresso no ano passado que renegocia — e reduz drasticamente — a dívida de Estados e municípios. A ação foi protocolada nesta quinta na Justiça Federal de Brasília.

Muito bem! O imbróglio é dos bons. O PLC (Projeto de Lei Complementar) 99/2013, que muda o indexador, é, originalmente, de inciativa do Executivo. O relator da proposta na Câmara foi o então líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), hoje presidente da Casa. Depois de sólido entendimento celebrado com o governo, ficou estabelecido que a indexação da dívida seria feita pelo IPCA ou pela taxa Selic (o que for menor) mais 4% ao ano, não pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) mais juros de 6%, 7,5% ou 9% ao ano (a depender do caso), como se faz desde 1997, quando as dívidas foram renegociadas pelo governo federal. Dilma sancionou a lei em novembro do ano passado.

Sancionou, mas não pôs em prática. Há exatamente um mês, a Câmara aprovou um projeto que dava 30 dias para o governo regulamentar e executar a nova lei. O texto seguiu para o Senado. Joaquim Levy entrou na parada e convenceu boa parte dos senadores de que o prudente seria pôr em prática a lei só a partir de 2016. A matéria continua parada na Casa.

Muito bem! Haddad vai disputar a reeleição no ano que vem. Precisa de dinheiro. Já percebeu que as generosidades com que Dilma acenou para a cidade de São Paulo não se cumprirão. Então fez o quê? Seguiu os passos do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e também recorreu aos tribunais.

Se for bem-sucedido, o prefeito espera economizar R$ 1,3 bilhão neste ano. O estoque da dívida da cidade também seria drasticamente reduzido: de R$ 62 bilhões para R$ 36 bilhões. A Prefeitura vinha negociando com Levy alguma forma de diminuir o impacto da dívida, mas as conversas não prosperaram.

É evidente que, em outros tempos, um petista que administra a maior cidade do país não recorreria à Justiça contra o governo federal, estando lá um “companheiro” — no caso, companheira. O petismo, no entanto, está se desconstituindo. Se, a exemplo do Rio, a cidade de São Paulo também for bem-sucedida, outros entes baterão às portas dos tribunais.

Haddad está pensando na disputa eleitoral do ano que vem. Sua popularidade não é muito melhor do que a de Dilma, e ele não tem tempo para pensar nela. Sabe, ademais, que os cofres do governo federal estão vazios. Decidiu apelar à Justiça em busca de dinheiro.
Isso que vocês estão vendo é o PT se desmanchando. Essa é a boa notícia.

ITÁLIA AUTORIZA EXTRADIÇÃO DE HENRIQUE PIZZOLATO

O governo da Itália autorizou nesta sexta-feira a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. Pizzolato fugiu do Brasil e se escondeu na Europa por ter cidadania italiana.

A extradição recebeu aval do ministério da Justiça italiano, depois que o governo brasileiro, em conjunto com o Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria-Geral da República, enviou documento com garantias de que as penitenciárias brasileiras têm condições de receber o mensaleiro. O poder Judiciário da Itália já havia se manifestado a favor da extradição.Fonte:Reinaldo Azevedo(Fonte)Veja)

'Todos os partidos pediram aumento de verba', diz Planalto

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva (PT), disse na noite desta quinta-feira que a presidente Dilma Rousseff atendeu ao pedido de todos os partidos políticos, inclusive da oposição, quando não vetou o aumento da verba de custeio das legendas, o Fundo Partidário, que quase triplicou, passando de 285,5 milhões de reais para 867,5 milhões de reais neste ano.

"A posição da presidente foi de respeito à autonomia do poder Legislativo, de respeito a uma demanda colocada pela representação partidária brasileira, de forma majoritária, incluindo a oposição", disse Edinho. Ele lembrou que oito partidos da base aliada assinaram o documento pedindo que ela não vetasse o aumento da verba do Fundo Partidário e que o relator do Orçamento, o senador Romero Jucá (PMDB), "foi porta-voz junto ao ministro [Aloizio] Mercadante (Casa Civil) de uma posição favorável dos partidos de oposição, inclusive do PSDB".


O ministro Edinho se referiu a uma carta assinada pelo PT, PMDB, PDT, PSD, PR, PROS, PC do B e PP, datada de 25 de março. Nela, os presidentes dos partidos faziam apelo à presidente, ressaltando que, "levando-se em consideração a infraestrutura necessária e a nova realidade para a realização das atividades afins, solicitamos que vossa excelência não vete, no Orçamento Geral da União, os recursos destinados ao Fundo Partidário para o exercício de 2015, aprovados pelo Congresso".

O aumento da verba destinada aos partidos gerou repercussão negativa e críticas até mesmo no Congresso. Apesar de ter sido inserido pelo Legislativo, o texto do reajuste precisou do aval de Dilma, que poderia ter vetado o trecho. Em atrito constante com sua base aliada, ela preferiu aceitar a pressão dos parlamentares, inclusive do PT, o partido mais beneficiado por ter a maior bancada de deputados eleita - conforme critério estabelecido em lei. Para justificar, o Palácio do Planalto recorre a uma escusa comum de governantes que, mesmo em dificuldade econômica, cedem ao pleito de gastos maiores por parte de parlamentares, o argumento da "autonomia dos poderes".

"A coerência está com a presidente ao respeitar a manifestação dos partidos que compõem o Congresso e a autonomia do Legislativo", afirmou. "Repito. Quem elaborou a proposta não foi o Executivo. Foi o Legislativo."

Edinho Silva evitou polemizar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que disse que Dilma, ao sancionar a lei sem vetos, quase triplicando o fundo partidário, fez "o que havia de pior", lembrando que este reajuste do fundo "é incompatível" com o ajuste fiscal. O ministro disse que Dilma "não se incomodou" com as críticas.Fonte:Veja

Preço deve ser arredondado para baixo em caso de falta de troco, diz Proteste

Se o comerciante não tiver troco para devolver ao cliente, o valor da compra deve ser arredondado para baixo. A informação é da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), que afirmou ainda ser direito do cliente exigir o troco e é obrigação do vendedor fornecê-lo. "Vemos muito preços quebrados que são na verdade um apelo de marketing. Mas é responsabilidade do comerciante providenciar dinheiro em quantias pequenas para suprir essa necessidade", explica a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci. De acordo com Maria Inês, oferecer balas como troco é proibido e pode até ser considerado venda casada, que é uma prática ilegal. Caso tiver o troco negado, o comprador pode anotar o nome da loja, a data, explicar que o vendedor não devolveu o dinheiro e, depois, procurar um órgão de Defesa do Consumidor.Fonte:Bahia Noticias

Com Bolsa Família, 19,4 mil famílias na Bahia saem da pobreza; Nova Ibiá lidera

Nova Ibiá, no médio Rio de Contas, não é uma cidade de muita fé religiosa. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, dado de 2010), o município é o "mais ateu" do país, com 59,85% dos pouco mais de sete mil moradores descrentes em Deus.

 Apesar da pouca fé no divino, a cidade tem alguns motivos para ter muita fé no futuro. De acordo com o último ciclo de revisão cadastral 2014 do Bolsa Família, o município foi o maior (proporcionalmente) em retirada de famílias do programa por melhoramento de renda – ou seja, mais famílias saíram da linha da pobreza e passaram a poder sustentar suas próprias casas sem a ajuda do governo.

O número é modesto e pequeno – 9,2% –, mas aponta que 51 grupos familiares saíram da extrema pobreza e deixaram de receber o benefício básico, 31 informaram renda superior ao exigido pelo programa social e 60 não participaram do recadastramento.

 Em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, e com menos ateus do que em Ibiá, 8,7% das famílias deixaram de receber a ajuda do governo federal. Lá, 42.890 famílias participam da iniciativa, destas 1.420 saíram da extrema pobreza, 2.093 apresentaram renda superior e 1.639 não se recadastraram.

Após o levantamento, 3.732 grupos familiares saíram do programa. Em Ubatã, também no médio Rio de Contas, 6,9% das famílias, após o recadastramento, saíram do Bolsa Família. Na cidade, 119 saíram da extrema pobreza, 75 informaram renda superior ao abarcado pelo programa e 111 não se recadastraram. Seguem nas 10 primeiras colocações as cidades de Simões Filho (6,5%), Mirangaba (6,4%), Caculé (6,3%), Valente (6,3%), Porto Seguro (5,3%), Licínio de Almeida (5%) e Jaguaquara (4,9%).

 Das 142,6 mil famílias baianas beneficiárias que deviam participar do processo de atualização de dados do Cadastro Único no estado, 37 mil informaram um aumento de renda. Em todo o país, 436,2 mil famílias tiveram a mesma situação registrada. Deste total na Bahia, 19,4 mil famílias superaram o valor mensal de R$ 154 por pessoa, que dá direito ao Bolsa Família. Isto significa que elas saíram da pobreza e, por isso, não receberão mais o benefício, de R$ 170 em média. As demais 17,6 mil declararam ganhos acima da faixa da extrema pobreza, caracterizada por renda mensal de até R$ 77 por pessoa da família.

 Nesse caso, começarão a receber um valor menor do Bolsa Família. A revisão cadastral de 2014 teve a maior participação histórica entre os beneficiários. Cerca de 123,8 mil famílias – 86,8% do total que precisava atualizar seus dados – compareceram nos Centros de Referência da Assistência Social e nos postos de atendimento do Bolsa Família nas cidades baianas, durante o ano de 2014 até o dia 20 de março último. As 18,8 mil famílias que não fizeram a atualização terão o benefício cancelado já a partir deste mês.

Câmara de Itapebi não funciona desde novembro: 'Situação é bizarra', diz vereador

Enquanto 2015 caminha para completar quatro meses corridos, os trabalhos da Câmara Municipal de Itapebi, na Costa do Descobrimento, estão emperrados. Desde novembro do ano passado, o local está fechado para realização de uma reforma. A previsão é que a Casa só seja entregue no final de maio ou começo de junho, quando se avizinha o recesso de meio do ano dos edis. O caso será levado aos Ministérios Públicos Estadual e Federal pelos vereadores Paulinho de Fifia (PSD), Paraíba (PRB) e Antero Botelho (PP), que fazem oposição ao prefeito, Dr. Francisco (PSC). Segundo Paulinho, com o vácuo legislativo em Itapebi, nada pode ser votado e aprovado para a população. "A coisa aqui está bizarra. Até agora não foram formalizadas as comissões permanentes, o que faz com que a Câmara não possa deliberar nenhuma matéria, como é o caso do reajuste dos professores", disse o edil em entrevista ao Bahia Notícias. O "nada" que pode ser aprovado tem ressalvas, diz o vereador. "Mesmo assim, o presidente da Câmara, Leonardo Ribeiro, fez uma sessão no dia 30 de janeiro para aprovar assuntos de interesse dele", diz Paulinho ao se referir a um projeto de bolsa família municipal "totalmente irregular", como frisa. Ainda segundo o legislador, a Lei Orgânica do Município (LOM) prevê a realização de uma sessão semanal, o que também não é respeitado em Itapebi. Já o vereador Paraíba, que engrossa o coro de Paulinho, diz que a Câmara até o momento não responde sobre a destinação dos mais de oito funcionários lotados na Casa.

Guanambi: MP pede inconstitucionalidade de lei que cria 459 cargos comissionados

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade para derrubar artigos da 710/2013 que criam 459 cargos comissionados no município de Guanambi, no sudoeste do estado. O documento, assinado pelo procurador-geral de Justiça Márcio Fahel e pelo promotor Paulo Modesto, aponta que os cargos foram criados de forma irregular, sem especificar atribuições de chefia, direção e assessoramento ou com funções típicas de cargos efetivos e de carreira, o que desvirtua o comando Constitucional. O órgão pede uma medida cautelar para suspender os efeitos da lei e do anexo que lista os cargos e a vedação de qualquer interpretação que possibilite a nomeação de pessoa que não seja servidor público efetivo do Município de Guanambi para os cargos listados. Ao final do julgamento, que seja declarada a inconstitucionalidade dos artigos e de parte do anexo. A ação indica que houve um acréscimo de 300% no percentual de cargos em comissão na cidade. Quase metade dos cargos da estrutura administrativa é composta por servidores comissionados, “sem preenchimento de requisitos mínimos de caracterização de atribuições especiais”. A isso, o documento acrescenta que a norma cria “desproporcionalmente um número excessivo de cargos em comissão em detrimento dos cargos efetivos”. Entretanto, a Constituição Federal e a Estadual exigem para a investidura de qualquer servidor no serviço público a prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos. O MP afirma que os cargos em comissão devem ter suas atribuições plenamente pré-definidas em lei, com interpretação restritiva. Segundo o órgão, alguns órgãos de Guanambi são estruturados quase que exclusivamente através de cargos em comissão, ainda que para atividades próprias de servidores efetivos. O pedido pede que os efeitos da inconstitucionalidade não sejam retroativos, valendo apenas a partir da decisão judicial, a fim de resguardar os valores pecuniários auferidos pelas pessoas admitidas no serviço público com base na lei municipal, desde quando iniciaram as suas atividade até a exoneração.Fonte:Bahia Noticias

PM prende falsos agentes de segurança na Micareta de Feira

Na primeira noite da Micareta de Feira de Santana, um grupo de 12 agentes de segurança foi detido por se passar por policiais militares. Segundo a Polícia Civil, o grupo agia de forma clandestina e foi preso na madrugada desta sexta-feira (24) no Circuito Maneca Ferreira. Na ocorrência, os verdadeiros policiais apreenderam coletes com tarja de agente especial, cartucheiras, pares de algemas, cassetetes e uma faca. De acordo com o Acorda Cidade, um dos agentes detidos disse que o grupo costuma ficar nas ruas da cidade ajudando pessoas e a própria polícia na segurança pública. Ele afirmou que a detenção casou constrangimento e vergonha ao grupo. Já o comandante do Policiamento Regional Leste, Coronel Adelmário Xavier, afirmou que os agentes usavam equipamentos de segurança pública, como algemas e cassetetes e que faziam serviços de segurança pública, o que não é permitido. Xavier ainda disse que foi constatado que os “agentes” praticaram agressões no circuito da festa.

Dilma é 'o fantasma do Planalto', diz a revista inglesa The Economist

A mais recente edição da revista inglesa The Economist traz um artigo crítico sobre a gestão da presidente Dilma Rousseff, classificando a petista como "O Fantasma do Planalto". O texto fala das recentes manifestações de rua contra a presidente e o PT, frisando que os que foram para as vias públicas já
ganharam mais do que imaginam, pois em menos de quatro meses após o início de seu segundo mandato consecutivo Dilma continua em seu cargo, mas para muitos efeitos práticos, não está mais no poder. Quem comanda a economia é o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o PMDB detém as rédeas da política. Além disso, o seu partido, o PT, não toma mais as decisões em Brasília. O texto destaca as dificuldades de Dilma se manter no poder, citando que a incendiária combinação da deterioração da economia com o grande escândalo de corrupção na Petrobras contribuiu para derrubar seu índice de popularidade. E lembra a pesquisa Datafolha, divulgada no dia 11 de abril, na qual 63% dos entrevistados se dizem favoráveis ao impeachment da presidente. Ao falar sobre o tema, a revista diz que a oposição busca pareceres jurídicos para saber se ela pode ser acusada em razão do escândalo da Petrobras ou pela violação da Lei de Responsabilidade Fiscal. O texto diz que a situação atual é um grande revés para o PT, que durante anos dominou a política brasileira graças ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E que o mais dramático "nessa hemorragia do poder presidencial" é que Dilma tem ainda pela frente quase quatro anos de mandato. "Nesse tempo a economia vai certamente piorar antes de melhorar", diz a publicação, indagando se ela sobreviverá. Em outro trecho, o artigo faz um contraponto de que como ex-guerrilheira que já sobreviveu à tortura, dificilmente pode-se esperar que Dilma renuncie. Apesar das duras críticas, a revista diz que o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, classificado de líder intelectual da oposição, tem razão ao advertir que o impeachment neste momento seria uma temeridade. E argumenta que os movimentos sociais, por trás dos protestos de rua, poderiam gastar o seu tempo nos próximos três anos promovendo a reforma política, pressionando a Justiça para punir os responsáveis no caso do petrolão e reinventando a moribunda oposição. No final do texto, a The Economist questiona se Dilma Rousseff, "quase sem amigos" e com um longo e desanimador trabalho pela frente terá a coragem necessária para tentar recuperar o poder que perdeu.Fonte:por Elizabeth Lopes | Estadão Conteúdo

Herói da classificação do Jacuipense, Nadson fala sobre garra da equipe e próximo rival

Autor do gol que deu a vitória do Jacuipense sobre o Paraná Clube, o que ocasionou que o time baiano levasse a vaga na disputa de penalidades, o atacante Nadson exaltou a garra e a determinação do elenco grená no jogo realizado na última quinta-feira (23), em Curitiba, e já projeta a preparação do elenco para enfrentar o Náutico, na segunda fase da competição nacional.

"Temos um elenco enxuto de 23 jogadores, mas fomos guerreiros e conseguimos essa classificação. Perdemos o jogo de ida, mas não desistimos e fomos em busca do resultado positivo e nos pênaltis conseguimos alcançar nosso objetivo", disse em entrevista ao Bahia Notícias, onde também falou do próximo adversário do Leão do Sisal. "Agora teremos o Náutico, que é outro adversário difícil. Vamos continuar focados e tentar avançar ainda mais na Copa do Brasil. Temos capacidade para fazer um bom campeonato", finalizou.

Por coincidência, a data do jogo histórico de classificação da Jacuipense coincide com outro evento marcante do futebol baiano e da vida do próprio jogador, que também ocorreu na disputa da Copa do Brasil. Em 23 de abril de 2003, Nadson foi um dos grandes protagonistas da goleada do Vitória sobre o Palmeiras por 7 a 2 no Parque Antarctica. "Nem sabia disso. É uma grande coincidência. Fui feliz naquele jogo e agora pude ajudar o Jacuipense. Estou muito feliz", completou.

Autoridades da Indonésia iniciam preparativos para executar brasileiro e mais nove réus

A execução do brasileiro Rodrigo Gularte, de 32 anos, e de outros nove condenados por narcotráfico começou a ser preparada pelas autoridades da Indonésia, segundo informou nesta sexta-feira (24) a imprensa local. De acordo com o porta-voz da promotoria do país asíatico, Tony Spontana, a ordem foi emitida na quinta (22), mas esta ainda não é a notificação final entregue aos presos 72 horas antes de serem executados. Spontana afirmou que a data definitiva depende da resolução de um recurso de apelação apresentado por um preso indonésio na Corte Suprema do país. Na última terça (21), o mesmo tribunal rejeitou ações semelhantes de um condenado francês e de um ganês. O brasileiro Rodrigo Gularte foi preso em 2004 com vários quilos de cocaína escondidos em uma prancha de surfe. O governo brasileiro e os familiares de Gularte alegam que ele sofre de esquizofrenia, por isso não deveria ser executado. Apesar dos pedidos de clemência por parte das autoridades dos países de origem dos condenados, o presidente indonésio, Joko Widodo, reiterou a firmeza de seu governo contra o narcotráfico e descartou todas as solicitações. Em janeiro, a Indonésia fuzilou seis presos acusados de narcotráfico, entre eles o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira. O país asiático retomou as execuções de réus em 2013 e mantém 133 prisioneiros no corredor da morte - 57 acusados por tráfico de drogas, dois por terrorismo e 74 por outros crimes.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

TSE aplica multa de R$ 30 mil à coligação de Dilma por propaganda irregular

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aplicou multa de R$ 30 mil à Coligação Com a Força do Povo, pela qual Dilma Rousseff (PT) se reelegeu presidente em 2014, por uso irregular de propaganda eleitoral por meio do site "Muda Mais". A decisão foi tomada por maioria dos ministros - seis votos favoráveis e um contrário - durante o julgamento de uma representação apresentada pelo PSB, partido pelo qual Marina Silva disputou as eleições presidenciais. Os ministros entenderam que houve irregularidade no uso do site "Muda Mais", que foi inicialmente registrado em nome de uma empresa de publicidade, a Pólis Propaganda, infringindo a legislação eleitoral. A lei prevê que o partido tem de registrar o site em seu nome e comunicar ao TSE a existência do domínio como fonte de propaganda eleitoral. A penalidade foi aplicada também à Pólis Propaganda, que foi temporariamente detentora do domínio. A página chegou a ser suspensa em setembro do ano passado, em decisão liminar, mas voltou ao ar depois de o domínio ter sido transferido para o Partido dos Trabalhadores (PT). O ministro Gilmar Mendes, aproveitou seu voto para dirigir críticas à forma como foi feita a comunicação da campanha de Dilma Rousseff, dizendo que o caso é um "convite à fraude". "Esse site (Muda Mais) era extremamente conhecido por dar subsídio de dados para os blogueiros sujos", disse o ministro, que também compõe o Supremo Tribunal Federal (STF). Gilmar lembrou ainda que o Muda Mais pertencia ao jornalista e ex-secretário de Comunicação Social do governo, Franklin Martins, a quem chamou de "especialista nesse tipo de jogo". O ministro relator, Admar Gonzaga, acabou vencido. Ele votou pela aplicação de penalidade apenas à empresa de propaganda. Quanto à Coligação pelo descumprimento da legislação eleitoral, ele entendeu que houve erro, mas não viu necessidade de aplicação de multa. Já o ministro Henrique Neves, que tomou posse na última semana, votou pela aplicação da multa apenas à empresa de propaganda, mas teve sua argumentação rebatida pelo presidente da Corte, o ministro Dias Toffoli, que foi seguido pelos demais ministros que participaram da sessão. "O conjunto da obra é que se estava fazendo propaganda paralela através de uma empresa privada", disse Toffoli. Para ele, a penalidade deve ser aplicada também à coligação já que a agremiação partidária tinha conhecimento da irregularidade. "É obvio que a coligação sabia disso. A coligação sabia e assumiu", disse, citando a mudança na titularidade da empresa para a coligação logo após o site ter sido suspenso. Votaram junto com o presidente os ministros Luiz Fux, João Otávio de Noronha, Maria Thereza e Gilmar Mendes.Fonte:Estadao

Eunápolis: Motorista tenta subornar policiais: ‘Pega aí para vocês me liberarem’

Um homem foi preso em Eunápolis, na Costa do Descobrimento, por tentar subornar policiais nesta quarta-feira (22). O fato ocorreu no km 716 da BR 101. Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), agentes perceberam que o condutor tinha sinais de embriaguez e pediram para realizar o teste do “bafômetro”. No entanto, o homem se recusou a fazer. Depois de ser informado que a recusa implicaria multa, o motorista foi até a viatura, abriu o vidro do carro e jogou o documento do veículo com uma nota de R$ 100. Segundo o portal R7, ela ainda teria dito aos policiais: “pega aí para vocês me liberarem”. Depois da tentativa de suborno, a equipe deu voz de prisão ao homem, que foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Eunápolis.

Professores da rede estadual paralisam atividades nesta sexta-feira

Os professores da rede estadual de ensino da Bahia vão paralisar as atividades nesta sexta-feira (24) em reivindicação por melhoria salarial e pela revisão dos planos municipal e estadual de educação. A categoria se reunirá na Praça da Piedade, em Salvador, a partir das 9h da manhã. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado da Bahia (APLB), os professores também protestam contra o Projeto de Lei 4.300 que amplia a possibilidade terceirização nas empresas. Nesta quarta (22), o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou uma emenda que altera alguns pontos do projeto e permite a terceirização da atividade-fim. Os professores da rede municipal não participarão das manifestações desta sexta, mas vão aderir ao protesto marcado para a próxima quinta (30), quando os docentes da rede estadual voltam a paralisar as atividades.

'Quem gosta de dinheiro tem que ser tirado da política', diz Mujica

Prestes a completar 80 anos, o ex-presidente uruguaio José Mujica diz que a corrupção afeta "a todos" na América Latina, mas que "quem gosta muito de dinheiro deveria ser afastado da política".
Em entrevista exclusiva à BBC Mundo, Mujica comentou a corrupção em países como México e Brasil, e afirmou que a "vontade de ter bens materiais" não se relaciona bem com o serviço público.

"Sempre disse aos empresários: se eu souber que pediram alguma propina a vocês e vocês não me avisaram, teremos uma relação péssima. Com essa declaração, não havia abertura para que me oferecessem nada."

"Se misturamos a vontade de ter dinheiro com a política estamos fritos. Quem gosta muito de dinheiro tem que ser tirado da política. É preciso castigar essa pessoa porque ela gosta de dinheiro? Não. Ela tem que ir para o comércio, para a indústria, para onde se multiplica a riqueza", declarou.

Agora senador, Mujica diz que não descartaria voltar à Presidência, caso sua saúde permitisse. Dá a impressão, no entanto, de que não acredita na possibilidade.

"Se eu tivesse o grau de saúde que tenho hoje, não teria nenhum problema. Mas estou quase com 80 anos, não acho que tenho idade adequada de resistir ao vaivém de uma Presidência."

O ex-presidente falou à BBC sentado sob uma árvore diante de sua casa nos arredores de Montevidéu. O ambiente tranquilo e silencioso, que sempre disse valorizar, agora é interrompido ocasionalmente pela chegada de crianças e adolescentes à escola rural que ele inaugurou recentemente do outro lado da rua.

Ele falou sobre narcotráfico e opinou sobre governos de outros países latino-americanos. Entre elogios a sua cadela Manuela ("o integrante mais fiel do meu governo") e comparações entre o mate argentino e o uruguaio, Mujica disse ainda que não considera ocupar um cargo internacional.

"Acredite, para mim seria uma tortura. Não sou afeito ao protocolo, não sou a pessoa mais indicada. Acho que as causas políticas têm muito fôlego e que é preciso incorporar gente mais jovem que nós, que nos supere."

'Doença' brasileira

"Algo doentio acontece na política brasileira", disse o ex-líder uruguaio sobre a cisão entre o governo de Dilma Rousseff, em seu segundo mandato, e o Congresso eleito em 2014. "O Brasil é um país gigantesco e cada Estado tem sua realidade, com partidos locais fortes. Conseguir a maioria parlamentar no Brasil é um macramé (técnica de tecelagem manual) onde pedem uma coisa aqui, outra ali."

Para Mujica, o tráfico de influência é "uma tradição" no país, já que os governos "têm que fazer o impossível para conseguir a maioria parlamentar de alguma maneira".

"Não digo que os fins justificam os meios, quem diz é Maquiavel. O que digo é que isso é uma doença que existe há muito tempo na política brasileira."

Ao mesmo tempo, ele afirma que o poder dos presidentes na democracia representativa é relativo e, por isso, demora para que uma vontade do poder Executivo torne-se realidade. "Não se deve confundir governar com mandar. Existe o papel da persuasão e do convencimento. Um presidente deve se cercar de gente útil e de gente boa."

Mujica diz ainda que é preciso considerar o papel dos agentes externos ao governo na corrupção. "Para que haja corruptos, também deve haver um agente corruptor. Não nos esqueçamos disso."Fonte:G1

O DESASTRE DA PETROBRAS:'A OBRA DOS COMPANHEIROS PETISTAS '

Os números da Petrobras que vieram a público não derivam de uma tramoia urdida pela oposição. Também não decorrem de alguma armação orquestrada por adversários do estatismo. Aldemir Bendine, atual presidente da empresa, que acompanhou a confecção do balanço, é um petista com extensa folha de serviços prestados ao petismo. Foi posto na estatal para, vamos dizer, arranjar as coisas: nem poderia ser inconvincente a ponto de o mercado dar de ombros e considerar o balanço uma empulhação; nem poderia ser, vamos dizer, de um realismo cru.

E foi esse misto de realismo e prudência industriada que produziu, ainda assim, números espantosos: o prejuízo da Petrobras, no ano passado, foi R$ 21,587 bilhões. O custo-corrupção, por enquanto, está em R$ 6,194 bilhões. A revisão dos ativos levou a uma baixa de R$ 44,636 bilhões. O ano passado terminou com a empresa devendo R$ 351 bilhões.  O irrealismo, ou surrealismo, em que a empresa estava metida era de tal ordem que o mercado internacional até que reagiu bem aos números. Talvez aconteça o mesmo por aqui nesta quinta.

Atenção, meus caros! A admissão desses números não decorreu de uma iniciativa interna, dos comandantes da empresa, do governo, das autoridades públicas responsáveis pela área. Tratou-se de uma imposição da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) para continuar a auditar o balanço.

Eis aí o resultado de 12 anos de gestão petista. Como ignorar que o modelo de eficiência e gestão da Petrobras, cantado em prosa e verso, permitiu que a empresa se tornasse um covil, uma associação criminosa, um valhacouto, um abrigo de larápios? E sempre caberá a pergunta óbvia e obrigatória: onde mais?

E que se note: a empresa não exibe esses resultados desastrosos apenas por causa da corrupção. A ela se somam também a má gestão, as decisões equivocadas, a tacanhice ideológica e a vigarice intelectual. A Petrobras chega à pior situação de sua história — trata-se da petroleira mais endividada do planeta — porque o petismo usou o preço do combustível para compensar sua política econômica canhestra e caduca. Agora mesmo, enquanto escrevo, a estatal vende combustível com prejuízo em razão da questão cambial. Isso será corrigido?

É preciso ir além. Dados os números, a empresa terá de vender ativos e, por óbvio, não poderá arcar com as obrigações que lhe impõe o regime de partilha do pré-sal. Mas a estupidez e a ideologia barata continuarão a deitar a sua sombra sobre a racionalidade.

O passado da Petrobras, mesmo com um encontro de contas, que acabará sendo recebido até com boa vontade pelo mercado, é esse que vemos, com tais números. Mas que futuro aguarda a empresa brasileira? Basta olhar para o mercado mundial de petróleo para constatar que o nacionalismo bocó, misturado com a ladroagem mais nefasta, conduz a Petrobras à inviabilidade.

Eu poderia deixar barato, mas não vou, não. Dilma é a chefona do setor energético — e também da Petrobras — há 12 anos. Está no 13º.  Esta senhora só admitiu que poderia haver algo de errado na empresa 15 dias antes da eleição — e ainda o fez de modo oblíquo.  Em 2009, já pré-candidata à Presidência, a então chefe da Casa Civil foi a público para tentar implodir, e conseguiu, a CPI da Petrobras.

“Eu acredito que a Petrobras é uma empresa tão importante do ponto de vista estratégico, no Brasil, mas também por ser a maior empresa, a maior empregadora, a maior contratadora de bens e serviços e a empresa que, hoje, vai ocupar cada vez mais, a partir do pré-sal, espaço muito grande, né?, ela é uma empresa que tem de ser preservada. Acho que você pode, todos os objetos, pelo menos os que eu vi da CPI, você pode investigar usando TCU e o Ministério Público. Essa história de falar que a Petrobras é uma caixa-preta… Ela pode ter sido uma caixa-preta em 97, em 98, em 99, em 2000. A Petrobras de hoje é uma empresa com um nível de contabilidade dos mais apurados do mundo. Porque, caso contrário, os investidores não a procurariam como sendo um dos grandes objetos de investimento. Investidor não investe em caixa-preta desse tipo. Agora, é espantoso que se refiram dessa forma a uma empresa do porte da Petrobras. Ninguém vai e abre ação na Bolsa de Nova York e é fiscalizado pela Sarbanes-Oxley e aprovado sem ter um nível de controle bastante razoável”.

Por Reinaldo Azevedo(Veja)

Crise da Petrobras não termina com divulgação de balanço, dizem analistas

Depois de cinco meses de atraso, a divulgação do balanço auditado da Petrobras referente ao terceiro trimestre e ao ano de 2014 trouxe certo alívio ao mercado. No entanto, a reconquista da credibilidade está longe de ser alcançada. Superado o risco da antecipação do pagamento de empréstimos por credores, agora o mercado espera uma empresa mais enxuta, focada e com melhor gestão. Tragada pelos desmandos descobertos na Operação Lava Jato, a Petrobras deve apresentar, acima de tudo, medidas de transparência que tranquilizem credores, além de uma profissionalização de seu conselho de administração e menos ingerência por parte do governo. Mudanças no modelo de exploração do pré-sal, que atualmente correspondem ao modelo de partilha, e na política de conteúdo nacional, por exemplo, seriam bem recebidas. Mas isso é só o começo.

No total, a Petrobras confirmou nesta quarta-feira perdas de 50,8 bilhões de reais decorrentes dos desvios apurados na Lava Jato. O número veio bastante acima do teto de 28 bilhões de reais, especulado anteriormente pelo mercado, mas abaixo dos 88,6 bilhões de reais levantados em uma das metodologias que acabou desagradando à presidente e colocando na linha de frente a ex-presidente Graça Foster, que rapidamente deixou o cargo. A maior parte deste montante de 50,8 bilhões de reais foi decorrente da reavaliação no valor dos ativos (impairment), calculada em 44,34 bilhões de reais. A outra parte, de 6,2 bilhões de reais, diz respeito, especificamente, a perdas com corrupção.

No caso da corrupção, o número ficou dentro das estimativas do mercado. "A maioria dos analistas falava em perdas torno de 5 bilhões de reais. A metodologia, que era a maior preocupação, não apresentou nada de novo", afirmou Daniel Marques Pereira, analista da Gradual Investimentos. A Petrobras explicou que listou os 31 contratos firmados por 27 empresas citadas nas investigações, entre 2004 e 2012, e aplicou o porcentual de 3% de propina sobre todos os pagamentos feitos.

Já o prejuízo com a reavaliação no valor ativos, devido a problemas de gestão e a variáveis de mercado - como câmbio, queda do preço do petróleo e demanda por combustíveis - destoou ante o esperado - falava-se em um teto de 20 bilhões de reais. Segundo Pereira, o valor elevado pode ser explicado pelo fato de o impairment ter sido calculado de uma só vez. "A maior parte dessas perdas são relacionadas às refinarias de Abreu e Lima, em Pernambuco e do Comperj, no Rio de Janeiro. Ouvimos críticas sobre o valor orçado para esses empreendimentos há anos, e a Petrobras nunca tinha se movimento para fazer o cálculo delas", disse. No caso do Comperj, a perda foi estimada em 21,8 bilhões de reais, e de Abreu e Lima, 9,1 bilhões de reais.

Para Celson Plácido, analista da XP Investimentos, o valor com a reavaliação de ativos é um ponto de destaque, pois reflete o planejamento falho que houve em empreendimentos importantes para a empresa. "Quase 90% do valor das perdas pode ter sido reflexo de má gestão. Claro que dentro doimpairment há outras variáveis, como dólar, preço do petróleo, etc. Mas, como eles não abriram os dados, não pudemos saber a quantia exata do que provocou que tipos de perdas", afirmou.

Números - Entre os dados apresentados, a Petrobras também reportou um prejuízo líquido de 21,6 bilhões em 2014, contra um lucro de 23,6 bilhões de reais em 2013. Foi o primeiro resultado negativo desde 1991, quando a estatal apresentou perdas de 92 mil reais, em dados ajustados pela consultoria Economática. Especificamente no terceiro trimestre, o prejuízo foi de 5,33 bilhões de reais.

Para os analistas, esses números ficaram em segundo plano, já que o que estava no foco do mercado eram as perdas causadas por desdobramentos da Lava Jato. "No geral, a companhia não apresentou resultados ruins. A receita do Ebtida ((lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) veio, inclusive, melhor do que as expectativas de mercado. Mas as perdas da Lava Jato ofuscaram outros números", apontou Marques, da Gradual.

Futuro - O principal desafio da petroleira, agora que o pior já passou, é o foco na geração de caixa, ou seja, na forma com que administrará seus investimentos. Em um prazo 30 dias, a companhia espera apresentar seu plano de negócios para o período de 2015 a 2019, que deverá reduzir os investimentos previstos. Será priorizada a área de exploração e produção de petróleo e gás, que é o segmento mais rentável da estatal.

Adicionalmente, a petroleira anunciou no mês passado a aprovação de um plano de venda de ativos de 13,7 bilhões de dólares para o biênio 2015 e 2016, visando à redução da alavancagem, preservação do caixa e concentração nos investimentos prioritários. "Mas algumas perguntas que ainda ficam no ar são: quais exatamente os ativos a companhia pretende vender? Mudará o modelo de partilha? Dentro das perdas com impairment, o que foi resultado de má gestão? E o que foi, resultará em demissões de pessoas responsáveis?", questiona Plácio, da XP.

Pereira, da Gradual, também cita a importância de ter nomes reconhecidos pelo mercado no Conselho de Administração, e não indicações políticas, principal marca dos diretores que comandaram a empresa durante a gestão Graça. "Ainda há muito a ser feito no sentido de acabar com a ingerência do governo, ter profissionais gabaritados no conselho, e investir na área de risco e compliance", complementa Álvaro Bandeira, da Órama Investimentos.

No mercado de ações, segundo os analistas, os papéis da empresa devem continuar voláteis. Após a divulgação dos números, o mercado deve se pautar pelo que vier a ser discutido na teleconferência com investidores, marcada para esta quinta-feira, a partir das 11h.Fonte:Veja

Samuel Celestino:Se o PT está com a corda no pescoço é consequência da campanha presidencial de 2014.

Há suspeitas na arena política de que o PT estaria seriamente preocupado com as dificuldades na sua área financeira.  Não parece que haja alguma verdade nisso. Dilma Rousseff, sob pressão da sua legenda, acatou, sem mudança, o orçamento para 2015 que premia recursos triplicados para o fundo partidário, que passará a estonteantes R$ 867 milhões. O PMDB ficou também numa boa e, na cola dos dois, as demais agremiações. É inadmissível que a presidente “desconheça” o arrocho que ela está a impor à população em, praticamente, todos os setores da economia. Os brasileiros atravessam dificuldades neste início de segundo mandato enquanto o fundo destinado aos partidos, PT e base aliada à frente, triplicou. O tesouro bancará a farra.

Depreende-se daí que Dilma prefere priorizar as exigências dos partidos no Congresso. A população, de maneira geral, soluça enforcada pelos preços e pela inflação. Se o PT está com a corda no pescoço é consequência da campanha presidencial de 2014, não somente para a sustentação da candidatura presidencial, mas, de igual modo, das candidaturas petistas nos estados federativos. Observa-se também aqui na Bahia, onde há restos a pagar da campanha do governador Rui Costa. Tais dificuldades não são postas abertamente. Vazam para a imprensa através de nomes maiúsculos que integram segmentos partidários.

Já pelo lado do crime, da corrupção, da propinagem, a prisão do ex-tesoureiro João Vaccari Neto, de acordo com delação premiada do ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, teria levado, numa só tacada, de R$ 150 a R$ 200 milhões de reais. Além, é claro, das aleivosias em forma de corrupção pagas pelas empreiteiras a partidos políticos, principalmente ao PT, PP e PMDB. Não caberia à Dilma o direito de triplicar o fundo partidário, se ética houvesse. Se ética houvesse – friso - no Palácio do Planalto. Seria de a sua obrigação vetar a derrama  e não aliviar as dificuldades das legendas. O problema é que a presidente de tal modo está fragilizada que não tem mais força para vetar nada do que for aprovado pelo Congresso. O povo vota nos partidos. Isso bastaria para que a presidente entendesse que mais forte é o povo a quem ela deve o cargo que ocupa. Mesmo aos trancos e barrancos.

Supõe-se que a Operação Lava Jato, constatado judicialmente os desvios de propinas para o PT, poderá vir exigir o ressarcimento do que estiver vinculado à corrupção comandada pelo ex-tesoureiro que, por sinal, teve o seu pedido de habeas corpus recusado pelo judiciário. Não somente o ressarcimento do PT, mas também das outras legendas que se envolveram no escândalo que levou a Petrobras mergulhar em dificuldades acentuadas. Espera-se que haja sanções financeiras para o retorno do dinheiro ilegal aos cofres públicos.

A Folha de S. Paulo, numa matéria que trata desta questão, informa que técnicos do Tribunal Eleitoral reconhecem que o fundo partidário poderá ficar comprometido. Somente em 2014, com resto da campanha eleitoral, há uma multa a ser paga pelo PT de R$ 25 milhões. Daí para mais. Provavelmente o será com os recursos da união destinados ao fundo partidário agora acatado por Dilma, para o exercício de 2015, que veio embrulhado no orçamento para o ano em curso.

Se assim é, a suposição subsequente é que o cofre do partido está enfrentando problemas, tarefa que recairá sobre os ombros do novo tesoureiro petista. De tal maneira que passa a ser natural reconhecer que o PT contorce-se numa fase aziaga, a começar pela presidente Dilma Rousseff que não parece estar muito á vontade no cargo que ocupa.

A presidente assiste do Palácio do Planalto ao bailado que passou a ser comandado pelo Congresso Nacional. Ela nada mais é do que mera assistente. E dependente. Há dez dias, o presidente do PT, Rui Falcão, abriu afinal a guarda após reunir o diretório nacional da sua legenda. Passou um dia inteiro em blá-blá-blá para, ao final, encaminhar uma nota à imprensa dando conta que o partido havia decidido não aceitar mais doações privadas, mas, tão somente, públicas. Era a decisão que de há muito – antes das propinas – deveria ter feito. Não somente o PT, mas as demais legendas. Para que alcance todas é preciso que conste na reforma política, cantada em versos e prosas e que até agora não saiu do papel ou dos projetos que tramitam na Câmara e no Senado.

O PT poderá se defrontar, a partir da decisão do seu diretório, com um problema de difícil solução. Com a forte crise que a legenda enfrenta está a perder filiados, além de se transformar de partido da esperança numa legenda repelida, consequência dos seus “malfeitos”, conforme Dilma diz para evitar a palavra corrupção. Nunca um partido caiu tanto em tão pouco tempo. Creio que será imensamente difícil para o Partido dos Trabalhadores obter recursos oriundos da sociedade civil para lastrear as suas campanhas eleitorais. Não tem por ora uma saída à vista.
   
Qual o setor privado, depois do escândalo envolvendo a Petrobras e as maiores empreiteiras do país, será capaz de fazer doações às campanhas eleitorais? Já sem contratos obtidos mediante corrupção, já sem aditamentos contratuais e sem a roubalheira para aumento dos orçamentos das obras públicas, quem terá a ousadia de doar? É muito difícil.Fonte:Atarde

Alexi Portela nega rompimento com Raimundo Viana, mas cobra 'choque de gestão'

Ex-presidente do Vitória, Alexi Portela negou nesta quinta-feira (23) que tenha rompido relações com Raimundo Viana, atual mandatário do clube. “Isso não existe. Estamos em perfeita harmonia. Não pedi nenhum cargo a ele e nem indiquei ninguém. Algumas pessoas querem bancar a desunião do clube”, disse Portela, em entrevista ao Bahia Notícias. No entanto, ele acredita que Viana precisa dar um choque de gestão em sua administração. “Não vou deixar de opinar e nem ser omisso. Tenho que mostrar minha opinião. É preciso um choque de gestão. Mas garanto que não tenho nenhum problema e nem vou me afastar. Raimundo Viana foi meu diretor jurídico por seis anos e ele era o único que eu conhecia na minha diretoria. Estamos unidos e buscando o melhor para o Vitória”, finalizou. Viana, de 74 anos, foi eleito para o cargo após a renúncia de Carlos Falcão, em março deste ano. Seu mandato expira  em dezembro de 2016.Fonte:Bahia Noticias

Sem acordo por valor mínimo de frete, caminhoneiros protestam em três estados

Após reunião sem êxito realizada entre caminhoneiros e a Secretaria-Geral da Presidência (SGP), em Brasília, para negociar o estabelecimento de um valor mínimo de frete, manifestações ocorrem nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná na manhã desta quinta-feira (23). Segundo informações do portal G1, o ministro da SGP, Miguel Rossetto, informou à categoria que o tabelamento do preço é "impraticável" por conta da diferença entre as estradas e os tipos de cargas transportadas. No Rio Grande do Sul, foram bloqueadas a BR-386, na cidade de Soledade; a BR-101, em Três Cachoeiras; e a BR-470, em Veranópolis, na região da Serra. Já em São Paulo, caminhoneiros ocupam estradas e postos de combustíveis no entorno de Ribeirão Preto, no aguardo de pagamento suficiente para compensar o retorno para casa. Segundo a Federação dos Transportadores Rodoviários Autônomos do Estado de São Paulo (Fecamsp), o valor do frete caiu 37% nos últimos cinco meses – e no caso de Ribeirão Preto, com aumento do diesel e do pedágio, acaba não compensando a realização das viagens. No Paraná, por volta das 7h, os bloqueios ocorriam na BR-277 em Medianeira, no oeste do estado, e na BR-376, no norte. Na BR-277, os caminhoneiros já tinham interrompido o fluxo na altura da cidade de Itatim durante a madrugada.

José Ronaldo diz que 'está tudo pronto' para micareta

Com 150 atrações previstas, o Micareta de Feira de Santana, no Portal do Sertão, começa nesta quinta-feira (23) e vai até o domingo (26). No primeiro oficial da festa, que completa 78 anos em 2015, desfilam 18 blocos, tendo à frente Ivete Sangalo, Babado Novo, Léo Santana, entre outros. Para dar segurança ao folião, cerca de 5 mil policias militares e 340 civis foram convocados, número equivalente ao de micaretas anteriores. A prefeitura também contará com 131 guardas municipais que reforçaram a segurança no circuito Maneca Ferreira, além de câmaras instaladas no percurso. Para aumentar a fiscalização, foi reduzido também o número de portões de acesso ao circuito (de 39 para 15). "Está tudo pronto. Trabalharemos com a mesma estrutura e estamos seguros que faremos uma festa boa", disse o prefeito, José Ronaldo, em entrevista ao Bahia Notícias. No circuito da festa, com extensão de três quilômetros, haverá ambulâncias convencionais e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além de postos para a realização de testes rápidos de DST [Doenças sexualmente transmissíveis]. Nesta quinta-feira (23), termina a o prazo de vistoria dos trios elétricos e carros de apoio que participaram da festa.Fonte:Bahia Noticias

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Petrobras publica balanço de 2014 com perdas de R$ 6,2 bi em corrupção e prejuízo de R$ 21,6 bi

Com cinco meses de atraso, o tão esperado balanço de 2014 da Petrobras foi divulgado no início da noite desta quarta-feira. O documento aponta que a empresa teve prejuízo de 21,58 bilhões de reais em 2014. O resultado desta quarta contabiliza as perdas do terceiro e quarto trimestres de 2014, de 5,3 bilhões e 26 bilhões de reais, respectivamente. Em 2013, a Petrobras teve lucro de 23 bilhões de reais. Trata-se do primeiro prejuízo anual desde 1991, quando a empresa teve perdas de 92 mil reais, em dados ajustados pela consultoria Economática.

O balanço também mostra que a Petrobras assume ter perdido 6,2 bilhões de reais devido a atos de corrupção de seus ex-diretores. Esse número se refere ao período de 2004 a 2012, período em que 31 contratos firmados com 27 empresas investigadas no âmbito da Lava Jato foram. A empresa reportou ainda perdas de 44,34 bilhões de reais no valor de seus ativos, que precisaram ser recalculados devido à constatação de superfaturamento em alguns de seus contratos, aos atrasos em obras e à queda do preço do petróleo no mercado internacional. Essa reavaliação é chamada, na linguagem contábil, de impairment. Os principais alvos desse recálculo são a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

No caso do Comperj, a baixa contábil foi de 21,8 bilhões de reais, enquanto em Abreu e Lima a depreciação foi de 9,1 bilhões de reais. No complexo de Suape, a queda foi de 3 bilhões de reais. Já a queda do preço do petróleo fez com que os ativos da empresa fossem reavaliados em 10 bilhões de reais para baixo. Outras razões não detalhadas pela empresa provocaram queda de 800 milhões de reais.

No total, a Petrobras confirma perdas de 50,8 bilhões de reais decorrentes dos desvios apurados na Operação Lava Jato. Para se chegar a esse resultado, a empresa usou o porcentual de 3% de propina sobre o valor dos contratos relatado pelos delatores da Lava Jato: o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o empreiteiro da Toyo Setal, Julio Camargo.

Segundo Mario Jorge Silva, gerente-executivo da estatal, a metodologia usada para calcular as perdas teve como base as investigações do Ministério Público nas operações da estatal com empreiteiras. Do total de perdas com a corrupção, 3,4 bilhões foram drenados da área de Abastecimento, 2 bilhões de reais da área de Exploração e 700 milhões de reais de Gás e Energia.

A publicação do balanço da estatal era aguardada com ansiedade por investidores e também pelo próprio governo. Se não ocorresse até o dia 30 deste mês, poderia destravar um artigo da lei que rege o mercado de capitais e prevê que, em caso de omissão de balanço, os credores da dívida da empresa podem adiantar os pagamentos de seus títulos. Diante do endividamento bilionário da estatal, que o balanço atual marcou 351 bilhões de reais, um adiantamento dos pagamentos poderia ser suficiente para quebrar a empresa.

O ministro da Fazenda Joaquim Levy afirmou, no início da semana, que o balanço será um marco para virar a página e acabar com a preocupação dos investidores em relação à empresa. "A expectativa é de que teremos o balanço auditado, e isso é algo muito bom. Marca um novo passo na reconstrução da Petrobras", disse.

Lava Jato - Em comunicado a investidores, a estatal reconheceu participação de seus diretores em corrupção passiva e afirmou que os atos ilícitos impuseram gastos adicionais às compras de ativos da companhia. A estatal também reconheceu a prática de cartel organizado por empreiteiras para conseguir licitações bilionárias.

A empresa disse, no entanto, que "não consegue identificar especificamente os valores de cada pagamento realizado no escopo dos contratos com as empreiteiras e fornecedores que possuem gastos adicionais ou os períodos em que tais pagamentos adicionais ocorreram". Desta forma, a metodologia usada pela empresa estimar o valor total desviado com a corrupção levou em conta o porcentual de 3% pagos em propina sobre os contratos. No caso do impairment, o cálculo foi feito com base nos valores dos ativos apurados no terceiro trimestre do ano passado.

A Petrobras disse ainda que não recuperou nenhum valor referente à corrupção. Contudo, o presidente da empresa, Aldemir Bendine, afirmou em coletiva à imprensa que todos os valores recuperados na Lava Jato serão revertidos para os cofres da estatal. Ele disse ainda que a petroleira deverá divulgar seu plano de negócios 2015-2019 em aproximadamente 30 dias.

Mudança de estratégia - Em carta aos acionistas, Bendine afirmou que há uma mudança estratégia em curso: a estatal deixará de apostar seus esforços na atividade de refino - instensificada durante o governo Lula - e voltará a direcionar seus esforços à exploração, que é mais rentável.

Os investimentos em refino sempre foram alvo de crítica da parte dos investidores, pela alta demanda de aportes financeiros e baixo retorno aos acionistas - devido ao alto custo de produção no Brasil. Também foram as refinarias os principais dutos de desvio de dinheiro da estatal, conforme apuração da Polícia Federal e do Ministério Público ao longo das investigações da Lava Jato.

"Estamos revendo nossos investimentos com o objetivo de priorizar a área de exploração e produção de petróleo e gás, nosso segmento mais rentável. Almejamos construir um plano sustentável sob a ótica do fluxo de caixa, levando em consideração os potenciais impactos na cadeia de suprimentos e, por conseguinte, na nossa curva de produção", disse Bendine.Fonte:Veja

Senado aprova voto distrital para vereadores em cidades com mais de 200 mil habitantes

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (22) a eleição de vereadores por voto distrital em cidades com mais de 200 mil eleitores, segundo informações da Agência Brasil. A mudança está prevista no Projeto de Lei do Senado (PLS) 25/2015. Conforme a proposta estabelece, estes municípios serão divididos em distritos na mesma quantidade do número de vagas da Câmara. Cada distrito elege um vereador por maioria simples – 50% dos votos mais um – e o candidato mais votado será eleito. Nesta lógica, o texto prevê que o partido ou a coligação poderá registrar apenas um candidato por distrito e cada vereador terá um suplente. Caberá os Tribunais Regionais Eleitoral (TRE) a divisão dos distritos, com critérios de continuidade do território e igualdade de voto. O relator do PLS na CCJ, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), leu seu voto favorável ao projeto e conseguiu a aprovação de uma emenda para eliminar o dispositivo que previa o fim da propaganda eleitoral dos candidatos a vereador. Ainda segundo a Agência Senado, se não for apresentado recurso para que a matéria seja examinada pelo plenário do Senado, a proposta segue direto para a Câmara dos Deputados. A expectativa é que a proposta seja decidida a tempo de valer para as eleições de 2016.

Revisão cadastral do Bolsa Família mostra avanço social de famílias mais pobres

O ciclo de revisão cadastral 2014 do Bolsa Família mostrou que as pessoas de baixa renda seguem melhorando de vida no Brasil. Das 142,6 mil famílias baianas beneficiárias que deviam participar do processo de atualização de dados do Cadastro Único no estado, 37 mil informaram um aumento de renda. Em todo o país, 436,2 mil famílias tiveram a mesma situação registrada.  Deste total na Bahia, 19,4 mil famílias superaram o valor mensal de R$ 154 por pessoa, que dá direito ao Bolsa Família. Isto significa que elas saíram da pobreza e, por isso, não receberão mais o benefício, de R$ 170 em média. As demais 17,6 mil declararam ganhos acima da faixa da extrema pobreza, caracterizada por renda mensal de até R$ 77 por pessoa da família. Nesse caso, começarão a receber um valor menor do Bolsa Família. A revisão cadastral de 2014 teve a maior participação histórica entre os beneficiários. Cerca de 123,8 mil famílias – 86,8% do total que precisava atualizar seus dados – compareceram nos Centros de Referência da Assistência Social e nos postos de atendimento do Bolsa Família nas cidades baianas, durante o ano de 2014 até o dia 20 de março último. As 18,8 mil famílias que não fizeram a atualização terão o benefício cancelado já a partir deste mês. Muitas não atualizam as informações no Cadastro Único porque também melhoraram de vida e não precisam mais do Bolsa Família. No entanto, caso voltem a precisar do complemento de renda e estejam enquadradas nos limites de renda do programa, elas têm 180 dias a partir da data do cancelamento para pedir a reversão às prefeituras. A revisão cadastral é um processo obrigatório e de rotina, realizado todos os anos e voltado para os beneficiários que não atualizam os dados no Cadastro Único há mais de dois anos, o que garante que o benefício seja pago para quem realmente precisa. As famílias são convocadas por meio do recibo de saque do benefício do Bolsa Família.Fonte:Bahia Noticias

Deputado pede recuperação da BA-409 Serrinha-coité

Em audiência com o diretor-superintendente da Secretaria de Infraestrutura do Estado, Saulo Pontes, realizada nesta quarta-feira (22), o deputado Gika Lopes cobrou o imediato início dos serviços de conservação da BA – 409, trecho que liga os municípios de Serrinha à Conceição do Coité. Segundo Saulo Pontes, as obras começarão ainda esta semana.
“Já tive quatro audiências com representantes da Seinfra nesses dois últimos meses para cobrança da BA – 409. Não descansarei enquanto não começarem as obras. Sei que eles têm compromisso conosco, mas sempre que somos vistos, somos lembrados e priorizados,” afirmou Gika Lopes.
Na oportunidade, o deputado também cobrou a conservação da BA-381 (Quinjingue) e da estrada que liga Serrinha à Biritinga; além de solicitar o serviço de apreensão de animais de grande porte abandonados ou soltos em vias públicas, demanda motivada devido ao acidente ocorrido em Ichú nesta última semana.

Câmara: CCJ aprova PEC que limita a 20 número de ministérios

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (22), por 34 votos a 31, a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 299 que estabelece o limite de 20 ministérios que o Poder Executivo pode criar e manter. O número atual de ministérios reduziu este mês de 39 para 38, após a absorção da Secretaria de Relações Institucionais pela Vice-Presidência da República. Segundo informações da Agência Câmara, a Casa constituirá uma comissão especial para analisar o mérito da PEC, elaborada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Se aprovada, a matéria será apreciada pelo Plenário e é encaminhada ao Senado na sequência. Além dos oposicionistas PSDB, DEM e PPS, a proposta foi apoiada pelo PMDB, PP e PTB, integrantes da base do governo.

Facebook anuncia mudanças na distribuição de conteúdo no feed de notícias do usuário

O Facebook anunciou nesta terça-feira (21) alterações que vão privilegiar a exibição de publicações ao invés de conteúdo de páginas no feed do usuário. As mudanças ocorrem, de acordo com o G1, após a empresa realizar pesquisas com usuários da rede social. Com base nas respostas que qualificavam o conteúdo que recebiam em seus feeds de notícias, três alterações começarão a ser implementadas. A primeira delas consiste em mostrar mais publicações de uma mesma fonte, seja de amigo ou de página. A regra anterior era limitar ao máximo os posts de um único usuário, mas a diretriz foi relaxada para aumentar a quantidade de informação presente nas páginas de pessoas que possuem poucos amigos ou não seguem tantas páginas. Outra mudança pretende garantir que o conteúdo postado diretamente pelos amigos do usuário tenham posição mais elevada no feed. A última modificação fará com que publicações curtidas pelos amigos do usuário sejam mostradas em posições menos elevadas em seu feed de notícias. "O impacto dessas mudanças na distribuição de suas páginas irá variar consideravelmente dependendo da composição da sua audiência e da posição da sua atividade. Em alguns casos, o alcance de um post e do tráfego referente a ele pode declinar potencialmente", afirmam Max Elestein, gerente de produto, e Lauren Scissors, pesquisador de experiência do usuário do Facebook, em comunicado conjunto sobre o impacto das mudanças na audiência das páginas que publicam parte de seu conteúdo na rede social.

Secretaria de saúde não é lugar de fazer experiências

Segundo relatório do TCU, depois de visitarem 116 hospitais gerais e prontos-socorros em todo o estado,chegou-se a conclusão de que 81% das unidades têm déficit de médicos e enfermeiros e que, em 56% delas, faltam remédios e ataduras em razão de falhas nas licitações.

Os números impressionam, ou pelo menos deveriam. Só que eles só impressionam mesmo quem sofre na pele o caos. Nossos deputados, senadores e governantes têm seus planos de saúde, tornando a questão não prioritária na gestão deles. Na verdade, a questão nunca foi uma prioridade.

O problema é até estranho, pois há dinheiro, isso é óbvio pra mim. Se há dinheiro para se fazer uma festas(Carnaval,Pedrinhos,são João e micaretas...)tem de haver dinheiro para a Saúde. O que não há é vontade política. Senão qual outra explicação? A burocracia das licitações? O que dizer das inúmeras obras começadas e esquecidas,das obras prometidas,dos aparelhos de tomografia e de ressonância magnética comprados e parados sem uso porque faltou um maldito documento ser assinado ou faltou uma guia?

Nenhuma administração séria obriga o paciente a enfrentar uma fila de horas, às vezes dias, para se conseguir apenas uma senha,como é o caso de Serrinha e região.Existem pessoas que não têm esse tempo. A doença, essa não reconhece o tempo do governo. Ela é cruel. Assim como o governo também é. Aliás, uma das doenças é o próprio governo.

As palavras compaixão, respeito, apreço estão definitivamente banidas do vocabulário de alguns prefeitos dessa região,que aliás,tem uma safra de prefeitos incompetentes.

Se somos conhecidos como um dos países mais hospitaleiros do mundo, somos também o lanterninha em quantidade de leitos por habitantes. Perdemos apenas para a Turquia,você sabia?

Sei que não é fácil administrar esta cidade,mas,ao mesmo tempo eu sei que muita coisa poderia ser diferente se houvesse um real interesse da parte do governo para que essa parte da máquina funcionasse.Nomear secretário neófito,sem o minimo de conhecimento da pasta é ridiculo, O governo tem recursos, tira daqui um pouco, dá uma concessãozinha e tudo seria resolvido. É simples? Acho que não. Mas também não é um bicho de sete cabeças. Com a quantidade de impostos que pagamos e que vocês recolhem daria para ajeitar o país. Temos uma das cargas tributárias mais altas do planeta e parece que os benefícios que deveriam vir daí de volta para nós se perde no meio do caminho em compra de votos, desvio de verbas, em cuecas, meias, empresas fantasma, laranjas que fazem a mágica de sumir com o dinheiro, que nunca chega. É quase como o ditado: “Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem”. É algo assim. O dinheiro até existe, mas ao mesmo tempo é como se não houvesse um tostão nos cofres públicos, pelo menos a parte do dinheiro que seria destinada ao povo e ao seu bem estar.Espero que o prefeito Osni Cardoso reavalie a situação da saúde pública,e também desta secretaria.Lugar de fazer experiências verdadeiramente não é nesta Área.

Anticoncepcional masculino deve chegar ao mercado em 2017

A Fundação Parsemus, dos Estados Unidos, deve lançar um método contraceptivo para ser utilizado por homens até 2017. O produto está em fase de testes. Segundo os cientistas, o remédio não tem contraindicações e não modifica a produção de hormônios masculinos.

O mecanismo desenvolvido pela empresa consiste na aplicação de um gel, chamado Vasalgel, nos vasos deferentes, que ficam nos testículos. O gel bloqueia a passagem dos espermatozoides, da mesma forma como aconteceria se o homem fizesse uma vasectomia. A diferença é que a situação pode ser revertida com a aplicação de uma injeção de bicarbonato de sódio no local. O medicamento, que pode funcionar por até por dez anos, tem custo estimado para a comercialização inferior a US$ 400 (cerca de R$ 1.500).

Até o momento, os testes mostraram que o produto é eficaz em animais, mas as experiências em seres humanos ainda não foram realizadas. A Fundação Parsemus é uma organização norte-americana sem fins lucrativos voltada ao desenvolvimento de medicamentos com baixo custo.

"O Vasalgel é uma ação prolongada, contraceptivo não hormonal semelhante à vasectomia, mas com uma vantagem significativa: é provável que seja mais reversível", afirma a Parsemus, em nota.

Segundo Elaine Lissner, diretora da ONG, a expectativa do produto é reduzir substancialmente o número de gestações não programadas. "Homens possuem, hoje, basicamente as mesmas opções anticoncepcionais que tinham há cem anos. Ou usam camisinha, ou fazem vasectomia, que é permanente. O Vasalgel trata-se de uma nova opção, reversível e acessível", afirmou.

Pesquisa
A pesquisa começou em 2010, depois que a Fundação Parsemus adquiriu os direitos sobre um medicamento chamado RISUG, desenvolvido e comercializado na Índia, há cerca de três décadas. Após pequenas modificações no contraceptivo, a empresa realizou teste bem-sucedidos em coelhos por 12 meses.

No ano passado, a Parsemus aplicou o produto em babuínos, que tiveram acesso irrestrito a 15 fêmeas para copular. Seis meses depois, nenhuma ficou grávida. Os experimentos em macacos continuam a ocorrer e, depois de finalizados, a intenção é testar o produto em humanos.

A Parsemus ressalta, no entanto, que, como a produção do contraceptivo não interessa às grandes indústrias farmacêuticas, as pesquisas dependem da doação de apoiadores. Perto de mil pessoas já doaram e mais de 23 mil assinaram uma lista de apoio à pesquisa, segundo a instituição.

Mudança
Segundo a socióloga Denusa Alcades da Unesp (Universidade Estadual Paulista), a chegada de um contraceptivo masculino ao mercado é importante para que haja uma divisão maior da responsabilidade entre homens e mulheres para evitar a concepção indesejada. "Ainda é comum dizerem que a mulher foi a responsável pela gravidez, que o homem não sabia. A responsabilidade cai toda sobre a mulher. Um método masculino ajuda a equilibrar essa situação, tira o peso que está só nas costas femininas", conta.

Já o psicólogo e sexólogo Daniel Denardi, a medida é importante também para os homens, já que, com isso, eles passam a depender apenas de si para evitar a concepção. "Muitos homens já crescem com a preocupação e a responsabilidade em só conceber um filho quando preparados e gostariam de também ter o poder de controlar esta situação. Com essa tecnologia, isso se torna possível, sem depender da mulher", disse.

Para Denardi, o medicamento poderá ajudar, também, homens que não se adaptam ao sexo com preservativo. "Além disso, há casos onde a mulher não pode utilizar contraceptivos hormonais. Em todos os casos, é uma excelente notícia", conclui.Fonte:Uol

NO CASO VACCARI-MARICE, CUNHADA PARECE SER AINDA MAIS DO QUE PARENTE!

Na sexta-feira, o PT nacional tornou pública uma resolução com em que, para surpresa de ninguém, ataca a imprensa e denuncia uma grande conspiração contra o partido. O texto também faz o elenco de suas propostas para a reforma política. Os petistas houveram ainda por bem defender João Vaccari Neto. Segundo o documento, “a prisão do companheiro João Vaccari, nas condições em que ocorreu, demonstra que o clima de ódio e revanche envolve também fatias da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário”. Como a gente vê, parece que o mundo está contra o PT. Não é verdade, mas digamos que assim fosse… De onde vem a convicção do partido de que errado quem está é o mundo?

Pois bem… A tal resolução ainda estava sendo digerida pelos companheiros quando chega a notícia de que o juiz Sérgio Moro decidiu prorrogar por mais cinco dias a prisão temporária de Marice Correa de Lima, cunhada de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, mas ainda um homem forte na sigla, como se percebe ao ler o texto do partido. Segundo o juiz, foi mesmo Marice quem depositou dinheiro na conta de Giselda Rouse de Lima, sua irmã e mulher de Vaccari. Em depoimento, ela havia negado ter feito os depósitos.

Anotou o juiz: “O que mais preocupa não é o fato de a investigada ter faltado com a verdade tão flagrantemente em seu depoimento. O mais perturbador é a constatação de que a prática delitiva não se encerrou com o início da fase ostensiva da operação”. Ou por outra: o juiz está espantado que a Lava Jato não tenha intimidado Marice.

Há vídeos em que a cunhada de Vaccari aparece em agência bancária fazendo os depósitos. Moro se manifesta a respeito: “Embora Marice não tenha sido identificada nominalmente, os vídeos apresentados não deixam qualquer margem para a dúvida de que a pessoa em questão é Marice Correa de Lima”. As imagens foram gravadas em março por câmeras de agências bancárias. Investigadores encontraram na conta da mulher de Vaccari uma série de depósitos não identificados entre 2008 e 2014, que somam R$ 583,4 mil. A maior parte (R$ 322,9 mil) foi feita em depósitos abaixo de R$ 2 mil — baixos valores não costumam acionar os órgãos de controle.

Marice não é mesmo uma pessoa, digamos, convencional. Em 2012, ela declarou ter pagado R$ 200 mil por um apartamento da Bancoop, que seu cunhado presidira entre 2004 e 2010. No ano seguinte, ela vendeu o imóvel para a empreiteira OAS por R$ 430 mil, e a empresa passou o imóvel adiante por R$ 337 mil.

Em 2011, o PT lhe teria pagado R$ 240 mil só para ela não processar o partido. Mas por que processaria? É que, em 2005, então funcionária da legenda, foi lhe dada a incumbência de levar R$ 1 milhão em dinheiro vivo à Coteminas, empresa do então vice-presidente José Alencar. Seria para pagar uma dívida. A estranha história veio a público, e Marice, então, teria se sentido “exposta”. Ora, se não havia nada de ilícito no pagamento, ela teria sido exposta por quê? O acordo informal para pagar a indenização pelo agravo que, em tese, não houve teria sido celebrado pelo advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, que confirma a história.

Em suma, meus caros, nada faz sentido. Quando a prisão de Marice foi decretada, em estava fora do Brasil — mais precisamente, no Panamá, um conhecido paraíso fiscal, onde os petistas têm muitos amigos. Segundo seu advogado, ela tinha ido àquele país para participar do Fórum Sindical das Américas, já que é coordenadora financeira do Centro Sindical das Américas. A família, como se vê, gosta da função de tesouraria.

Tudo indica que, no enredo do petrolão, está reservado a Marice um papel de maior destaque do que esse de agora. Definitivamente, ela não faz a linha “cunhada laranja”, enganada, coitadinha”, pelo espertalhão da família.

Por Reinaldo Azevedo(Veja)

Petrobras divulga balanço nesta quarta: saiba o que está em jogo

Esperado desde novembro do ano passado, o balanço auditado da Petrobras referente ao terceiro trimestre de 2014 e ao ano fechado será finalmente divulgado nesta quarta-feira. O atraso de 160 dias decorre dos desdobramentos da Operação Lava Jato, que levaram a estatal ao centro de um turbilhão de denúncias envolvendo pagamento de propina a ex-diretores e obras superfaturadas. O mercado aguarda com apreensão o relatório que deve apontar os prejuízos causados pelo esquema de corrupção, além de detalhes sobre plano de desinvestimento da empresa e a revisão do valor dos ativos. Só a expectativa de apresentação do balanço fez com que as ações da Petrobras subissem 11% nos últimos cinco dias.

Mais do que um grande passo para reerguer a estatal, conforme alardeia o governo federal, a apresentação do balanço é, antes de tudo, um imperativo: por contrato, credores da Petrobras podem pedir o pagamento antecipado de seus empréstimos se a estatal não informar seu demonstrativo financeiro. Em termos práticos, os números auditados servem como base para investidores decidirem se a empresa merece mais um voto de confiança. Com a demora na publicação dos resultados, fica cada vez mais difícil (e caro) para a Petrobras captar recursos. Não à toa, a maior fatia de seu último grande empréstimo foi conseguida junto a dois bancos públicos: Banco do Brasil e Caixa.

"É como se a companhia se destravasse. Com a divulgação do balanço, a companhia fica, dentro do possível, apta para investir, cuidar de seus problemas, de seus investimentos e negócios. Mas o mais importante é saber o que vem depois", disse o estrategista-chefe da XP Investimentos, Celson Placido. Para o economista, algumas diretrizes são indispensáveis para que a estatal consiga fechar o caixa em 2015 e retomar a confiança do mercado: a venda de ativos, a redução de investimentos, e principalmente, o fim da interferência do Estado nos negócios da empresa.

O governo, por sua vez, se empenha em limpar a imagem da estatal que foi tragada no turbilhão de escândalos descobertos no âmbito da Lava Jato - três ex-diretores da alta cúpula da estatal foram denunciados por corrupção passiva, sendo que um deles, Paulo Roberto Costa, admitiu as fraudes e comprometeu-se a contribuir com as investigações por meio de delação premiada. Enquanto Costa está em prisão domiciliar, outros dois ex-dirigentes estão presos: Renato Duque e Nestor Cerveró.

Num intento de fazer coro ao Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda Joaquim Levy afirmou que o balanço será um marco para virar a página e acabar com a preocupação dos investidores em relação à empresa. "A expectativa é de que teremos o balanço auditado, e isso é algo muito bom. Marca um novo passo na reconstrução da Petrobras. A principal questão é que isso vai acabar com essas preocupações", afirmou Levy em evento em Nova York, nesta segunda-feira.

Analistas de mercado não encaram o assunto com o mesmo otimismo. "Lógico que acalma o mercado. Uma empresa do tamanho da Petrobras assusta quando fica quase um ano sem balanço. Mas é uma calmaria passageira, pois ela tem muitos desafios pela frente para voltar a ter lucratividade. O primeiro deles é saber se vai adotar uma política de preços de combustível com previsibilidade ou uma política que ajuda a controlar a inflação e a eleger candidatos do governo", afirma Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIF). Sobre as últimas declarações do ministro, Pires afirmou que o governo tenta criar um "factoide", uma notícia positiva para a empresa em meio à profusão de fatos negativos que a colocam nas páginas policiais dos jornais. "Balanço auditado não é um passo para reconstrução, mas uma obrigação da empresa", diz.

Diretoria da Petrobras tenta convencer conselheiros por aprovação unânime do balanço

A apresentação do balanço do terceiro trimestre já foi adiada duas vezes, uma em novembro e a outra em dezembro do ano passado. A auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC), responsável por chancelar os resultados financeiros da Petrobras, recusou-se a assinar o relatório até que as perdas com a corrupção fossem conhecidas. Ao dar seu aval para um balanço, em última instância, falso, a auditoria também pode ser responsabilizada. Agora, tudo indica, a PwC chegou a um consenso sobre os números.

A maior preocupação dos investidores, que viram o valor de mercado da empresa despencar 20% em um ano, será a revisão no preço dos ativos da empresa, tendo em vista o fato de muitos de seus contratos terem sido superfaturados. Investigações da Lava Jato detectaram irregularidades em obras no Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e na refinaria de Pasadena, no Texas. Informações obtidas pelo jornal Valor Econômico apontam que a Petrobras deve reportar perdas entre 14 a 28 bilhões de reais em valor de ativos no balanço que deve sair nesta quarta. Desse montante, os prejuízos referentes à corrupção ficariam entre 4 e 8 bilhões de reais.

Em janeiro deste ano, sem o aval da Pwc, a Petrobras publicou um balanço do terceiro trimestre de 2014 apontando uma queda de 38% no lucro em relação aos três meses anteriores. Os números não foram bem recebidos pelo mercado por não indicarem as perdas com a corrupção, o que levou as ações da estatal a despencarem na Bolsa. Uma estimativa preliminar apresentada ao Conselho de Administração da estatal ainda dava conta de que os ativos da empresa estavam supervalorizados em 88,6 bilhões de reais - parte disso por causa da corrupção. O governo, no entanto, considerou inadequada a metodologia para chegar ao cálculo e não a incluiu no balanço. Isso criou uma indisposição entre a presidente Dilma e a então presidente da Petrobras, Graça Foster. Resultado: dias depois, ela foi substituída pelo então presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine.

Para analistas de mercado, os problemas da Petrobras vão muito além do anúncio do balanço. Reconhecida internacionalmente nas áreas de prospecção, extração, refino e distribuição de petróleo, a maior estatal do país viu o seu patrimônio se esfacelar nos últimos anos. Enquanto o seu valor de mercado caiu gradativamente, as despesas só aumentaram. De 2012 a 2014, sua dívida quase dobrou: passou de 181 bilhões para 332 bilhões de reais - esse número a transforma na petroleira mais endividada do mundo. O endividamento subiu ainda mais diante dos novos empréstimos contraídos recentemente com a China e os bancos públicos.

As dúvidas sobre a capacidade da estatal de honrar tantos compromissos fez a agência de classificação de risco Moody's rebaixar sua nota de crédito para o nível especulativo. Não apenas a Lava Jato, mas também a perniciosa política de controle de preços dos combustíveis para segurar a inflação, de autoria do governo Dilma, motivaram a decisão da agência. "A situação da Petrobras é como se fosse uma pessoa que tem muito dinheiro, mas que está completamente sem liquidez. Ela mora na Zona Sul do Rio, tem uma casa em Angra e uma lancha. Mas não recebe mais dinheiro porque foi demitida. Mesmo assim, ela continua gastando e, por isso, precisa vender seus bens", resumiu Placido.Fonte:Veja