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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Rui questiona custeio da saúde pública e dispensa discussão política em solenidade

Presente na inauguração da nova UTI do Hospital Santo Antônio, na qual foram investidos R$ 20 milhões do governo do Estado, o governador Rui Costa questionou o financiamento da saúde pública no país. Os atuais volumes de recurso não são suficientes para viabilizar uma rápida expansão da oferta de serviço de alta complexidade como esse aqui, que são muito caros.

E portanto é preciso que do mesmo jeito que os estados estão fazendo, que a Bahia está fazendo, que o governo federal viabilize novas fontes de recurso ou reorganize seu orçamento para viabilizar o apoio e o financiamento desse tipo de equipamento”, afirmou Rui, que agradeceu a ajuda constante da bancada baiana na Câmara dos Deputados. O governador aponta que a discussão sobre o subfinanciamento da saúde já é alvo de discussão pelos chefes dos Executivos estaduais antes mesmo de serem empossados.

 "Desde novembro de 2014, antes mesmo de assumir, os governadores do Nordeste devem ter nesses 18, 20 meses, soltado aí umas 9 ou 10 cartas com pontos ao governo federal. E nessas cartas, um ponto foi unânime: o item do subfinanciamento da saúde. Ou seja, é o grito dos governadores, a quem cabe, dentro do pacto federativo, o funcionamento dos hospitais de alta complexidade no país, e portanto a pressão de quem precisa realizar as cirurgias e procedimentos de alto custo, e não tem recurso para tanto".

Rui ainda destacou que a cerimônia não tinha caráter político, em menção também as discussões sobre as eleições municipais, que sempre tem vindo à tona em suas aparições públicas. “Se isso significar críticas de aliados pela ausência da política, eu me sinto realizado como ser humano concentrando minhas energias para melhorar a saúde do Estado, para melhorar a educação, para o povo viver melhor. Para isso que o povo me elegeu, me colocou.

A quem cabe coordenar as eleições municipais são os presidentes de partidos, políticos,  e o governador continuará dialogando sobre política mas priorizando ações como essa”.Fonte:Bahia Noticias

Eleitores com deficiência podem informar juiz sobre restrições até esta segunda

O eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida que solicitado transferência para a seção eleitoral especial tem até esta segunda-feira (4) para comunicar ao juiz eleitoral suas restrições e necessidades. A comunicação deverá ser feita por escrito, para que a Justiça Eleitoral busque providenciar as adaptações adequadas para garantir que ele vote nas eleições de outubro. Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prevê o atendimento para o público com necessidades especiais, com garantia de locais de votação com fácil acesso e estacionamento próximo, além da possibilidade da pessoa ser acompanhada por alguém de sua confiança na hora de votar – direito que não precisa, necessariamente, ter sido requerido ao juiz eleitoral. Quase 700 mil eleitores são registrados com algum tipo de deficiência, sendo que mais de 130 mil estão no exterior. Para atende-los, a Justiça Eleitoral possui urnas eletrônicas com teclado em braile, sistema de áudio e recursos especiais para deficientes visuais.Fonte:Bahia Noticias

Como é que Cunha aguenta? Onde ele põe a vergonha?

Fico cá me perguntando de onde vem a resiliência do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Eu me espanto que, em público, ele não se mostre nem mesmo abatido. Por mais, digamos, frio que o sujeito seja, em algum momento, notam-se esgares de um esmorecer. Nele, nunca! Parece infatigável e inatingível. E olhem que a sua biografia passou a persegui-lo de forma contundente.

Por que digo isso? Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa, afirmou em sua delação premiada que teve reuniões semanais com Cunha durante quatro anos para tratar de um esquema de propina envolvendo o FI-FGTS e que o parlamentar embolsou 80% dos recursos desviados desse fundo.

A delação de Cleto deu origem à operação Sépsis, deflagrada nesta sexta. Os encontros com Cunha, segundo o delator, teriam ocorrido no apartamento funcional do peemedebista e depois na residência oficial da Presidência da Câmara, quando ele assumiu o comando da Casa, em fevereiro de 2015.
Cleto relatou que uma empresa de Eike Batista pagou propina a ele próprio e a Cunha para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS. Cleto chegou ao alto escalão da Caixa por indicação de Cunha. Segundo ele mesmo, em contrapartida, tinha de passar informações privilegiadas ao parlamentar referentes às empresas que pleiteavam recursos do FI-FGTS, fundo de investimentos ligado ao banco estatal.

De acordo com Cleto, Cunha extorquia essas empresas e partilhava a propina com ele e com Lúcio Funaro. Numa dessas divisões, em 2012, o então vice da Caixa se desentendeu com o suposto operador de Eduardo Cunha. Funaro, então, “ameaçou colocar fogo na casa de Cleto, com os filhos dentro”, conforme trecho da delação.

Nova denúncia
Pois é… E o Ministério Público Federal ofereceu outra denúncia contra Cunha por esse seu suposto envolvimento com um esquema de corrupção na Caixa. A acusação também tem como alvo Henrique Eduardo Alves, ex-ministro do Turismo; Funaro; seu assessor, Alexandre Margotto, além de Cleto. Esta é a terceira denúncia contra Cunha na Lava Jato.

Mas não é só isso. Com a cara mais limpa do mundo, nega as acusações todas, sugere uma espécie de conspiração, como a não entender por que, afinal, ele está na lista de praticamente todos os delatores. Alguns deles nem tinham vínculos entre si. É claro que o que vai agora não é direito, mas apenas perplexidade: por que tantos se ocupariam de acusar um inocente?

Convenham: mesmo quando o sujeito é um profissional, algum constrangimento sobrevém. Não a Cunha. Ele parece entender que tudo isso é parte do jogo. Na sua cabeça, é muito provável, são ossos a serem deglutidos pelo ofício. Vive uma realidade que não tem como perdurar.

Cunha poder ser julgado primeiro por seus pares em razão do processo por quebra de decoro. Vamos ver o que vai dizer a CCJ.  Tem tudo para ser cassado. Se isso não acontecer, é certo que, pelo crivo do Supremo, ele não passa.Fonte:Reinaldo Azevedo

PF deflagra nova fase da Lava Jato e mira ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira

A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira a 31ª fase da Operação Lava Jato. Batizada de Abismo, ela tem como um dos alvos o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, que foi preso recentemente na Operação Custo Brasil e ainda estava detido. Ao todo, estão sendo cumpridos 35 mandados judiciais, sendo quatro de prisão temporária, um de preventiva, a de Paulo Ferreira, 23 de busca e apreensão e sete mandados de condução coercitiva. O esquema movimentou mais de 39 milhões de reais em propina.

A nova fase tem como foco de investigação fraudes e o pagamento de vantagens em licitação no Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Federal, o nome Abismo faz referência à tecnologia de exploração de gás e petróleo em águas profundas. "Esquemas como estes identificados levaram a empresa aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do dinheiro público", disse a corporação. O esquema de cobrança de propina em obras do Cenpes já havia sido detalhado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, delator da Lava Jato.
"O povo brasileiro já não aguenta mais agentes políticos que flertam, namoram ou mesmo se casam com a corrupção. É preciso que as duas principais causas da corrupção descobertas na Lava Jato, as falhas do sistema político e a impunidade, sejam atacadas", disse o procurador da República Roberson Pozzobon.

Segundo os investigadores, em 2007, a OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Schahin Engenharia e Construcap CCPS Engenharia saíram vitoriosas na disputa fraudulenta do Cenpes, tendo abocanhado um contrato de 848,98 milhões de reais. Acordos de leniência fechados com empresas investigadas na Lava Lato e depoimentos de delação premiada de executivos da Carioca Engenharia detalharam o esquema: depois de as empreiteiras terem acertado os termos do cartel para fraudar a licitação no Cenpes, a empresa WTorre Engenharia e Construção S/A (WTorre), que não havia participado dos ajustes, apresentou proposta de preço inferior, colocando em risco o esquema criminoso.


Foi então que as companhias combinaram propina de 18 milhões de reais para retirar a WTorre do certame. Além de repasses de dinheiro sujo para a diretoria de Serviços da Petrobras, feudo do PT à época comandado por Renato Duque, foram identificadas propinas, entre 2007 e 2012, para diversos agentes: 16 milhões de reais para o operador Adir Assad, alvo recente da Operação Custo Brasil, 3 milhões para Roberto Trombeta e Rodrigo Morales, 711.000 dólares para o operador Mario Goes, responsável por gerir propinas da Andrade Gutierrez e também delator da Lava Jato, e 1 milhão de reais para o ex-vereador Alexandre Romano, delator que colocou o casal de petistas Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann na mira dos investigadores do petrolão.

Nas delações premiadas da Lava Jato, Alexandre Romano, conhecido como Chaminho, confessou que repassou propina para Paulo Ferreira por meio de contratos falsos. Segundo o delator, as empresas Oliveira Romano Sociedade de Advogados, Link Consultoria Empresarial e Avant Investimentos e Participação Ltda. foram utilizadas para receber mais de 1 milhão de reais em propina de construtoras que participavam da concorrência no Cenpes. O dinheiro, então, foi enviado a Paulo Ferreira e a destinatários indicados por ele, como familiares, blogs com linha editorial favorável ao PT e até uma escola de samba.

Custo Brasil - Embora na última semana o ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), tenha determinado a soltura da maior parte dos alvos da Operação Custo Brasil, entre os quais o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, sob a alegação de que a detenção do petista foi um "flagrante constrangimento ilegal", Paulo Ferreira permaneceu preso porque o juiz Paulo Bueno de Azevedo considerou que ele poderia atrapalhar as investigações se fosse colocado em liberdade.

"Três operações da última semana, Saqueador, Custo Brasil e a de hoje, são ramos de uma mesma árvore. Juntas formam um ícone da recente articulação da Justiça que começa a cercar em diversas frentes de investigação megaesquemas criminosos de desvio de dinheiro público que se interconectam. É expressão disso o fato de que há alvos em comum entre Lava Jato e as demais, como Adir Assad, no caso da Saqueador, e Paulo Ferreira, na Custo Brasil", afirmou o coordenador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol.Fonte:Veja

domingo, 3 de julho de 2016

Viana volta a comentar sobre Escudero e Rhayner: ‘Negociações demoradas’

Depois do empate em 2 a 2 com o Cruzeiro na manhã deste domingo (3), o presidente do Vitória, Raimundo Viana, voltou a comentar sobre as negociações em relação aos atletas Escudero e Rhayner, que interessam ao Leão da Barra para a continuidade do Campeonato Brasileiro 2016. Segundo o mandatário rubro-negro, as conversas não parecem estar próximas de um desfecho imediato, apesar do caso do atacante estar mais próximo de um desfecho que o do meia argentino.

“São negociações dolorosas, demoradas e inquietantes. Tem muito torcedor, dirigente que diz para encerrar logo isso. Mas não é bem assim. Estamos vendo se puxando daqui e dali dá certo. Mas o que está mais próximo é o Rhayner”, afirmou o dirigente em entrevista à Rádio Metrópole FM. Apesar de maior otimismo em relação a Rhayner, o caso do atacante também não tem uma resolução imediata e segue indefinido.

“Não diria que está no Vitória não. Você sabe como é o Futebol. Só se bate o martelo quando está assinado. Por enquanto o que tem é desenvolvimento de entendimentos. Está muito mais pra lá do que pra cá”, completou o dirigente.

O Leão espera negociar um empréstimo do meia argentino com o Puebla do México. No caso de Rhayner, que defende a Ponte Preta, existe também a possibilidade de que o atacante venha por empréstimo, já que seus direitos estão vinculados ao Tombense de Minas Gerais.Fonte:Bahia Noticias

'Não me incomoda minimamente ser chamado de golpista'

O presidente interino da República, Michel Temer, afirmou em entrevista à edição de VEJA desta semana que a Operação Lava Jato não vai abalar o seu governo e que a economia dará sinais de melhora após a definição do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Temer também falou sobre a troca no comando da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e seu desejo de escrever um novo livro. Leia trechos da entrevista.

"SABOTAGEM" NO GOVERNO E O CASO EBC

"Eles (os petistas) ficaram 13, 14 anos no governo. Têm muita gente nos vários setores da administração. Eu sei até que de vez em quando alguns pretendem trabalhar contra, mas como eu criei no primeiro escalão uma equipe muito sólida, acho que não têm obtido sucesso. Mas há, por exemplo, o caso da Empresa Brasileira de Comunicações (EBC), que parece que tem 2 500 funcionários, e aquela televisão, "traço zero". Lá, houve uma resistência. É que lá deu-se um mandato dez dias antes da saída da senhora presidente. Nós tivemos de mudar um pouco isso, porque, convenhamos, comunicação é tudo no governo. Mas pleiteou-se uma medida judicial. Então, na Comunicação nós não temos, digamos assim, muito apoio."

SER CHAMADO DE "GOLPISTA"

"Não me incomoda minimamente. Mas acho que dizer isso reflete uma ignorância política extraordinária, além de produzir uma agressão institucional igualmente extraordinária. O artigo 79 da Constituição diz que o vice presidente deve substituir o presidente nas suas ausências ou impedimentos. Eu tenho legitimidade constitucional! Depois, quando começou essa questão do impeachment, eu, percebendo que o vice é sempre o principal suspeito, fui para são Paulo. Fiquei lá três semanas. Alguns me procuraram lá, claro, é natural. Mas depois eu soube de uma reunião que fizeram aqui no Palácio dizendo que a ideia era desconstruir a figura do vice-presidente tanto no plano institucional quando no plano pessoal. Daí, eu achei demais. Pensei: "Não posso mais ficar em silêncio". Então, na semana que antecedeu a votação da Câmara, eu vim para cá. E veio aquele resultado, 367 votos."

A LITERATURA E O ROMANCE QUE QUER ESCREVER

"Eu morava numa cidade pequena, onde não havia livrarias, mas tinha uma professora de português que estimulava muito os alunos à leitura. Ela dizia: "Michelzinho, vá à biblioteca da prefeitura, pegue um livro, fique dez dias com ele, pegue outro". Foi assim que eu eu li Machado de Assis, José de Alencar, Joaquim Manuel de Macedo. Dos 13 aos 16 anos, li toda a obra deles. Quando entrei na faculdade, me formei e fiz doutoramento, escrevi livros técnicos, mas sempre quis escrever algo que fosse meu (...). Agora, se Deus quiser, meu segundo livro será um romance. Eu tenho tudo na cabeça. O dia em que eu parar, vou escrever um romance. Não será uma biografia, mas terá elementos pessoais. Você sabe que todo primeiro livro que você escreve na vida é sempre fruto de suas experiências desde a infância. Eu me recordo de coisas de quando eu tinha dois anos de idade, tenho a memória muito viva dos fatos. Todo escritor coloca em seu primeiro livro muito de sua experiência pessoal. Veja "Bom dia, Tristeza", de Françoise Sagan. Tinha muito da experiência pessoal dela. O segundo já era diferente. Assim também foi com Vargas Lhosa, Gabriel Garcia Marquez e muitos outros."

QUEM É O CORONEL JOÃO BATISTA LIMA FILHO

"É meu amigo. Vou contar a história: fui secretário de Segurança no governo Franco Montoro e, quando cheguei lá, não tinha a menor ideia do que era era o setor. No meu gabinete, havia uma equipe de policiais militares e civis e um deles era o João Batista Lima Filho. O outro era o Julio Bono Neto, que se ligou muito a mim também. Os dois me ampararam muito naquele período. E quando eu fui candidato a deputado federal, o Lima e o Bono praticamente articularam toda a minha campanha. Mas, a essa altura, o Lima já era sócio de um escritório de arquitetura, ele era arquiteto também. E depois, em toda campanha, ele vinha coordenar, ele e o Julio Bono. E ficou muito próximo, muito meu amigo. Prosperou no trabalho, logo se aposentou na PM e desenvolveu os trabalhos de arquitetura dele. Você está dizendo isso por causa de uma declaração de um sujeito que disse que deu não sei quanto a ele, não é? (em abril, a revista Época publicou que um dos donos da Engevix afirmou numa proposta de delação premiada que Temer teria recebido, por intermédio do coronel Lima, 1 milhão de reais em propina por um contrato fechado entre a empreiteira e a Eletronuclear). Muito bem, fui verificar com ele o que era isso. Ele prestou um serviço para uma empresa, ele tem uns calhamaços lá de serviço prestado, houve uma contratação dele para fazer esse serviço, e por este serviço foi paga aquela importância, que, aliás, não era 1 milhão, era um 1 100 milhão. Foi pago pelo serviço. Uma das revistas foi à empresa e a empresa confirmou: "Sim, contratatamos o serviço e pagamos". Foram a ele e ele disse: "Está aqui o serviço"."Fonte:Veja

Fraude à Lei Rouanet: danem-se as criancinhas

O argumento da "democratização do acesso à cultura" sempre foi um abre-te, sésamo para produtoras abocanharem verbas da Lei Rouanet. Mas a Logística Planejamento Cultural foi além. A justificativa que apresentou ao Ministério da Cultura para pedir a aprovação do projeto que levaria 11 000 estudantes de escolas públicas ao teatro é quase um poema: "A arte atravessa. Ela tem o poder de atravessar.

 Atravessar universos, histórias, limites, personagens, sentimentos, pessoas. Esse projeto quer mostrar a potência do teatro como elemento de propagação de cultura, despertando a percepção de crianças sobre esse elemento artístico. Queremos que elas atravessem todas as barreiras e entrem no mundo mágico do teatro". Pois o dinheiro captado para apresentar "o mundo mágico do teatro" a crianças carentes acabou usado para pagar despesas de uma festa de casamento para 120 pessoas em Jurerê Internacional, a praia mais badalada de Florianópolis, conhecida como "a Ibiza brasileira". Se algo atravessou limites nesse caso, foi o cinismo.

A Lei Rouanet, criada em 1991, autoriza grupos ou artistas que tenham projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura a captar dinheiro com empresas, que, em troca, ganham o direito de deduzir do imposto de renda parte do valor do patrocínio. Segundo a Polícia Federal, a Logística era uma das onze empresas usadas pelo Grupo Bellini Cultural para desviar dinheiro destinado ao fomento da cultura para o bolso dos seus sócios, entre eles Felipe Vaz Amorim, o noivo de Jurerê, seu irmão, Bruno Vaz Amorim, e seu pai, Antonio Carlos Bellini Amorim, todos presos na semana passada. No casamento de Felipe, o cachê de 13  216 reais pago ao cantor sertanejo Leo Rodriguez, por exemplo, saiu do dinheiro captado pela Logística. Como confirma Lincoln Porto, advogado da empresa que assessora o cantor: "Eles pediram que constasse no corpo da nota fiscal que a despesa se referia ao projeto tal".

O projeto "tal" era o das criancinhas carentes que precisavam conhecer a magia do teatro e chamava-se Minha Cidade. Junto com ele, a Logística apresentou um segundo projeto ao MinC, batizado de Caminhos Sinfônicos (objetivo: organizar apresentações gratuitas de música clássica para mostrar que o gênero "não é um privilégio da elite"). Com a aprovação dos dois projetos, a Logística foi autorizada a captar 1,8 milhão de reais no mercado. A PF não sabe se esse valor foi integralmente usado para bancar as despesas do casamento.

Segundo os investigadores, em vinte anos a Bellini Cultural recebeu autorização para captar 180 milhões de reais por meio de justificativas fajutas encaminhadas ao Ministério da Cultura. A polícia já sabe que boa parte do dinheiro foi usada para contratar artistas conhecidos que se apresentavam a seletos grupos ou em festas de empresas.

Por intermédio da Bellini, e cortesia da Lei Rouanet, um grupo atacadista de alimentos, por exemplo, bancou a apresentação da banda Jota Quest a 4 000 convidados, e um dos escritórios de advocacia mais renomados de São Paulo contou com show do comediante Fábio Porchat em sua festa de aniversário. Segundo o Ministério Público, há cinco anos o MinC foi informado das fraudes cometidas pela Bellini. Mesmo assim, seguiu aprovando os projetos do grupo. Quem fez vista grossa à farra e por que motivo são as perguntas a que o MP e a polícia pretendem responder em breve.Fonte:Veja

Papa Francisco defende igreja 'aberta e compreensiva'

O papa Francisco se distanciou do setor mais conservador da Igreja católica e se pronunciou a favor da abertura em uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal argentino La Nación. "Eles fazem seu trabalho e eu faço o meu. Eu quero uma igreja aberta, compreensiva, que acompanhe as famílias feridas", disse o papa ao ser consultado sobre sua relação com os ultraconservadores católicos.

O papa descartou, no entanto, que exista uma posição de confronto: "Eles dizem não a tudo. Eu continuo no meu caminho sem olhar para os lados. Não corto cabeças. Nunca gostei de fazer isso. Eu repito: rejeito os conflitos. Os pregos são retirados fazendo pressão para cima. Ou então se deixa que eles fiquem repousando, de lado, para quando chegar a idade da aposentadoria", disse, bem-humorado.

Também se referiu à rejeição de uma doação milionária feita pelo governo argentino à rede mundial Scholas Ocurrentes, promovida pelo papa para a inclusão educacional e a paz, gesto encarado na Argentina como uma discórdia entre Francisco e o presidente Mauricio Macri.

"Esta interpretação é absolutamente incorreta. Continuo acreditando que não temos direito de pedir um peso ao governo argentino quando ele tem tantos problemas sociais para resolver", disse Francisco.

Também negou atritos com o presidente argentino, definido por ele como "uma pessoa nobre". "Não tenho nenhum problema com Macri."
Francisco se reuniu no fim de maio com a presidente das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, uma líder social que foi muito crítica ao Papa quando ele era arcebispo de Buenos Aires, mas que agora o elogia. "Ela pediu perdão e não o neguei. Não nego a ninguém", disse sobre Bonafini.
"É uma mulher que teve os dois filhos mortos, eu me curvo, fico de joelhos diante de semelhante sofrimento. Não importa o que tenha dito de mim. E sei que falou coisas horríveis no passado", afirmou.

Consultado sobre sua relação com membros do governo argentino, admitiu que recebeu alguns funcionários de alto escalão porque são velhos amigos.
"Alguns são velhos amigos que pedem para me ver e eu os recebo com muita alegria", afirmou.
Entre os que tiveram uma audiência com o Papa estão os ministros argentinos de Educação, Esteban Bullrich, de Trabalho, Jorge Triaca, e a chanceler Susana Malcorra, candidata para ocupar a Secretaria Geral das Nações Unidas (ONU).
(Com AFP)

Ataque com caminhão-bomba no Iraque mata 125

O número de mortes em um ataque suicida com caminhão-bomba no centro da capital do Iraque, Bagdá, subiu para pelo menos 125, segundo oficiais de segurança e de saúde do país. Outras 187 pessoas ficaram feridas no atentado. A bomba explodiu pouco depois da meia-noite (madrugada de domingo pelo horário de Brasília) em uma área comercial lotada no distrito central de Karada, de acordo com uma fonte da polícia. Entre os mortos estão pelo menos 15 crianças, 10 mulheres e seis policiais. Pelo menos 12 outras pessoas ainda estão desaparecidas.

O ataque, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, ocorreu na sequência de uma série de vitórias do governo iraquiano contra os extremistas, incluindo a captura de Fallujah.

Karada é uma importante área comercial com lojas de roupas e joias, restaurantes e cafés, e estava lotada de clientes com a proximidade do feriado de Eid al-Fitr, na quarta-feira, que marca o fim do Ramadã. A maioria das vítimas estava dentro de um shopping de vários andares, onde dezenas de pessoas morreram queimadas ou sufocadas, segundo a polícia. Foi o ataque mais violento no Iraque desde julho de 2015.

Tal como ocorreu com muitos ataques anteriores, o Estado Islâmico rapidamente assumiu a responsabilidade pelo atentado em um comunicado publicado online, dizendo ter como alvo muçulmanos xiitas. O comunicado foi postado em um site militante comumente usado por extremistas.
Em outra parte em Bagdá, uma bomba explodiu no bairro de maioria xiita Shaab, matando cinco pessoas e ferindo 16, conforme outro policial. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque.

Os números de vítimas foram confirmados por fontes da área de saúde, que falaram sob condição de anonimato. Tanto os oficiais de segurança quanto os de saúde falaram sob condição de anonimato porque não estão autorizados a falar com a imprensa.

Os ataques em Bagdá ocorrem pouco mais de uma semana depois que as forças iraquianas declararam a cidade de Fallujah "totalmente liberada" do controle do EI.
(Com Estadão Conteúdo e EFE)

sábado, 2 de julho de 2016

Informe - Coordenação de Trânsito de Serrinha

Com o objetivo de promover um Trânsito cada vez melhor, a Prefeitura de Serrinha, através da Secretaria de Administração e Coordenação de Trânsito, colocou nas ruas nesta quinta feira (30/06), 05 equipes em diferentes frentes de trabalho (sinalização de faixas de pedestre, sinalização para mudança de sentido da Rua Bernardo da Silva e Manoel Novais, sinalização para implantação da Zona Azul, fiscalização e orientação de Trânsito no horário comercial e Encerramento do Curso de Agentes de Trânsito com aulas práticas nas ruas, ao mesmo tempo que deu apoio ao início das festas juninas, em conjunto com a Guarda Municipal e Polícia Militar.

A tempo, comunicamos que a partir de sábado (02/07), iremos alterar o fluxo das vias Manoel Novais sentido praça Luis Nogueira e a Bernardo da Silva será sentido ponto de Araci, salientando que ambas serão via única, bem como o funcionamento dos novos semáforos em fase de teste.
O trabalho responsável no Trânsito dignifica a comunidade como um todo

Prefeitura de Serrinha l Secretaria de Administração
Assessoria de Comunicação

Rui desconversa sobre definição do PT em Salvador e diz que ‘não é dia de falar de eleição’

Apesar da demora do seu partido em decidir quem apoiará para candidato a prefeito de Salvador nas eleições deste ano, o governador da Bahia, Rui Costa, acredita que este sábado (2), dia em que é comemorada a Independência da Bahia, “não é dia de falar de eleição”. “É dia de comemorar o Dois de Julho, a Independência da Bahia, liberdade do povo baiano, reafirmando o desejo da Bahia que essa data seja nacional. Aqui na Bahia se consolidou a Independência do Brasil. O povo baiano, mais uma vez, lota as ruas comemorando esta data de luta na Bahia, mas representa a história do Brasil”, afirmou o governador nas celebrações do Dois de Julho, tergiversando sobre a letargia do PT. No único momento em que tocou no assunto ano eleitoral, Rui disse que “as manifestações de apoio a cada candidato vêm às ruas e isso é bom para a democracia”. Fonte:Bahia Noticias

Justiça proíbe Lírio Parisotto de se aproximar de Luiza Brunet

Acusado pela ex-namorada Luiza Brunet de espancá-la durante uma viagem a Nova York, em maio, o empresário Lírio Parisotto está proibido de se aproximar da ex-modelo. O veto é decorrente de uma medida preventiva obtida na Justiça pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, na última terça-feira.

​Luiza, que teve a sua história revelada nesta sexta-feira pela coluna Ancelmo Góis, do jornal O Globo, procurou o MP na semana passada. A atriz fez uma representação ao Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), do órgão, na quinta-feira, dia 23, em que diz ter sido vítima de agressão doméstica.

"Em razão dessa representação, o promotor de Justiça Carlos Bruno Gaya da Costa requisitou a realização de exames de corpo de delito e instaurou um procedimento investigatório criminal que está em fase inicial e é protegido por sigilo", diz comunicado do Ministério Público do Estado de São Paulo. "A Justiça deferiu pedido do MP e na última terça-feira decretou medidas protetivas, pelas quais o investigado fica proibido de se aproximar da atriz e de manter contato com ela por qualquer meio."

Luiza Brunet alega ter sido espancada por Lírio Parisotto em meio a uma crise de ciúmes, no apartamento do empresário em Nova York, na madrugada de 21 de maio passado. Ele teria desferido um soco e pontapés contra a ex-modelo, que teria acabado com quatro costelas quebradas.

TSE rejeita possibilidade de doação eleitoral por 'vaquinhas virtuais'

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou nesta sexta-feira a possibilidade de doação de pessoas físicas a campanhas eleitorais por meio do sistema de financiamento coletivo da internet, mais conhecido como crowdfunding ou 'vaquinha virtual'. A decisão é uma resposta a uma consulta feita à corte pelos deputados federais Alessandro Molon (Rede-RJ) e Daniel Coelho (PSDB-PE).

A ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora da consulta, afirmou que "essa hipótese não é prevista na legislação de regência da matéria" e concluiu pelo seu "não conhecimento", ou seja, que o caso nem deveria ser analisado pela corte. Os ministros acompanharam por unanimidade o entendimento da relatora, afirmando que o tema deve ser proposto pelo Congresso.

"Esta questão já foi respondida anteriormente em 2014, o relator ministro Henrique Neves, no sentido de que somente podem ser realizadas [doações] por meio de mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação. As questões postas aqui nesta consulta, a nossa assessoria técnica também apontou, não são previstas na legislação de regência da matéria. Então, como a questão já foi aqui debatida, está na lei e não mudou com a legislação do ano passado, eu estou aqui votando no sentido do não conhecimento da consulta", afirmou Maria Thereza, em seu parecer.

Desta forma, seguem proibidas as doações que não forem feitas por meio do canal oficial da campanha dos candidatos. O crowdfunding é um sistema virtual de financiamento que costuma ser usado para patrocinar pequenos negócios, manifestações, trabalhos artísticos, entre outros projetos. As transferências geralmente são feitas para a conta do portal que oferece o serviço e depois são remetidas aos beneficiários.Fonte:Veja

Eduardo Cunha ficava com 80% da propina em esquema na Caixa, afirma delator

Considerado delator-bomba capaz de afundar o que resta da vida política do presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Fábio Cleto disse em depoimentos ao Ministério Público que o peemedebista embolsava 80% das propinas recolhidas no esquema de corrupção no banco público. O interesse primordial de Cunha era o fundo de investimento do FGTS, o FI-FGTS, que reúne recursos de trabalhadores e é usado em aplicações em obras de infraestrutura.

Cleto relatou que o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, aliado de primeira hora de Cunha, disse que ele teria "benefícios" se assumisse uma das vice-presidências da Caixa e que o dinheiro sujo seria dividido entre os partícipes do esquema. Em uma reunião no então apartamento funcional de Cunha em Brasília, época em que ele ainda não tinha ascendido à presidência da Câmara, o deputado detalhou como seria a atuação dele na trama criminosa: Cunha apresentaria demandas de obras a ele, que deveria encaminhar ou arquivar os projetos conforme os interesses espúrios do peemedebista. Quando o deputado do PMDB chegou à presidência da Casa legislativa em 2015, os encontros passaram a ser na residência oficial, no bairro do Lago Sul, em Brasília.

No rateio do dinheiro, Eduardo Cunha ficaria com 80% dos valores arrecadados, Funaro com 12% e Fábio Cleto com uma parcela de 4%. Ao empresário Alexandre Margotto caberiam outros 4% mas, ao invés do valor combinado, ele recebia mensalmente valores entre 15.000 reais e 20.000 reais e Lúcio Funaro embolsava diferença. Margotto atuava como uma espécie de sócio de Funaro e cedia suas empresas para que o doleiro pudesse movimentar valores. "As pessoas responsáveis por negociar a propina com as empresas eram Lúcio Bolonha Funaro e Eduardo Cunha. Em todos os casos, Funaro e Cunha estavam acertados e alinhados em relação à solicitação de propina", disse Fábio Cleto em seu acordo de delação premiada.

Para calcular a arrecadação de dinheiro sujo no esquema da Caixa, Funaro atualizava cotidianamente a contabilidade da propina em uma planilha. Conforme a divisão das propinas detalhada por Cleto em sua delação premiada, Eduardo Cunha pode ter embolsado 16 milhões de reais do esquema.
O delator diz ter recebido 120.000 reais em uma conta na Suíça referentes ao investimento, pelo FI-FGTS, de 300 milhões de reais na Viarondon Concessionária de Rodovias S.A, uma empresa do grupo BRVias, do qual o empresário Henrique Constantino, um dos alvos da Sépsis, é sócio. Considerando o percentual de 80% da propina normalmente destinado a Cunha, o peemedebista pode ter recebido 2,4 milhões de reais desviados deste aporte do fundo de investimento.

Na operação do FI-FGTS que terminou com o investimento de 940 milhões de reais em uma fábrica de celulose da Eldorado, empresa do grupo J&F, no Mato Grosso do sul, o delator contou ter recebido 680.000 reais. Respeitada a hierarquia na divisão de propinas, o presidente afastado da Câmara embolsou 13,6 milhões de reais.

Pelo investimento na Eldorado, que contou com a boa vontade do fundo de investimentos para alterar cláusulas referentes ao endividamento da empresa, Funaro prometeu a Fábio Cleto mais 1 milhão de reais em propina, valor que, por fim, não foi pago.

O aporte do FI-FGTS à Moura Debeux Engenharia também é citado por Cleto entre os que envolveram pagamento de propina a ele, Lúcio Funaro e Alexandre Margotto. Embora Funaro tenha combinado com Cleto e Margotto a divisão igualitária de 2,8% do contrato, o que equivaleria a 1,6 milhão de reais para cada um, o ex-vice-presidente da Caixa recebeu apenas 75.000 reais pela operação. Cunha não é citado entre os que compartilharam o dinheiro neste caso.

Operação Sépsis - Lúcio Bolonha Funaro foi o principal alvo da Operação Sépsis, deflagrada na manhã desta sexta-feira. Ele foi preso preventivamente. A Polícia Federal cumpriu 19 mandados de busca e apreensão - dez em São Paulo, um em Sorocaba (SP), um em Lins (SP), três no Recife, dois no Rio de Janeiro e dois em Brasília - além do mandado de prisão preventiva contra Funaro. Os investigadores recolheram documentos na casa do lobista Milton Lyra, apontado por delatores como facilitador de negócios espúrios em partidos junto a empresas públicas e bancos como a Caixa, o BNDES e o Banco do Brasil.

Conforme revelou VEJA, Lyra foi citado como operador do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) no fundo de pensão Postalis, dos Correios. Funaro, por sua vez, é suspeito de ser operador do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A PF também cumpriu nesta manhã mandados de busca e apreensão na casa do empresário Joesley Batista, dono da indústria de alimentos JBS. A empresa JBS em si não é alvo da operação, mas sim a Eldorado Brasil, controlada pela J&F. O Grupo J&F agrega oito empresas: além do frigorífico JBS, a Vigor, Flora, Eldorado Brasil, Banco Original, Canal Rural, Oklahoma, Floresta Agropecuária e a Alpargatas.

A operação de hoje, batizada de Sépsis, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal e é um desdobramento da Lava Jato em Brasília. O nome da ação é uma referência a uma doença desencadeada por um grave quadro de infecção geral.Fonte:Veja

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Pesquisa investiga ação de vírus de gado em bebês com microcefalia no Nordeste

O surto de microcefalia registrado no Nordeste pode ter outras causas além da contaminação do feto pelo zika durante a gestação. Pesquisadores brasileiros encontraram em amostras de fetos com microcefalia provocada por zika traços de um outro vírus, o BVDV, um agente que até hoje se imaginava afetar rebanhos animais, como bovinos. Os indícios, embora ainda tenham de ser comprovados com testes mais específicos, foram considerados relevantes pelos cientistas. Por precaução, eles comunicaram o Ministério da Saúde antes mesmo da publicação do trabalho em revista científica, em reunião de emergência feita na semana passada.

A pesquisa foi feita por integrantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pelo IPESQ, Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto. Diante das suspeitas, uma série de medidas foi adotada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi comunicada e ontem foi realizada uma reunião com o Ministério da Agricultura para avaliar medidas de proteção do gado, caso a hipótese seja mais tarde confirmada. Um grupo do Ministério da Saúde foi destacado nesta semana para ajudar a estudar o caso. Equipes foram enviadas a campo, na Paraíba, para tentar buscar ligações entre as mulheres que tiveram seus embriões com suspeita de contaminação por BVDV.

Embora intrigados com resultados, pesquisadores que participam do estudo ouvidos pela reportagem mostram-se cuidadosos. Eles dizem ser precipitada qualquer conclusão. Os trechos do BVDV foram encontrados em três amostras, um número ainda considerado pequeno para fazer alguma afirmação categórica. O grupo agora concentra esforços para fazer o sequenciamento do vírus. Uma tarefa que é cara. Justamente por isso, buscaram auxílio do Ministério da Saúde. "Essa é uma peça importante dentro desse quebra-cabeças. Nunca foi descartada a possibilidade de que, além do zika, outro vírus estivesse relacionado ao aumento de casos de bebês com problemas neurológicos", disse um integrante da força-tarefa destacada para avaliar o caso, que atua em Pernambuco.

 O BVDV é um vírus presente no rebanho de vários países, incluindo o Brasil. Da mesma família do zika (Flaviviridae), ele causa no gado uma série de doenças, como diarreias e problemas respiratórios. O que chama mais a atenção, no entanto, é a grande quantidade de casos de abortos e de más-formações provocadas por esses vírus no gado. Entre os problemas encontrados, está a artrogripose, uma síndrome que provoca má-formação em articulações, já identificada em alguns bebês com microcefalia. Foi justamente essa semelhança na forma do ataque do vírus na formação do feto de gado e dos bebês com microcefalia associada ao zika que despertou o interesse dos pesquisadores. Assim como acontece com bebês, a literatura mostra que o impacto do BVDV na formação do feto bovino muda de acordo com o período de infecção.

 "Abortos e más-formações são mais comuns no primeiro trimestre da gestação dos bovinos", afirmou o professor do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da Universidade Federal de Santa Maria, Eduardo Flores. Assim como de humanos, o período de gestação no gado é de 9 meses. O professor afirma que, embora muito presente no rebanho brasileiro, até hoje não houve relato sobre a transmissão do BVDV para seres humanos. Também não há registros sobre contaminação do vírus no meio ambiente. Uma das hipóteses de pesquisadores é de que o fato de o zika e o BVDV serem da mesma família possa aumentar a possibilidade de interação. "Talvez isso ajude a explicar a forma como o zika rompe a barreira placentária e ataca o feto", diz um representante do governo de Pernambuco.

Essa interação poderia também ajudar a explicar um fato que intriga autoridades sanitárias e a comunidade científica em geral: por que algumas regiões do Nordeste brasileiro foram muito mais afetadas pela síndrome provocada nos bebês pelo zika do que outros Estados ou outros países? A resposta ouvida até agora era de que a epidemia de zika em outras regiões do País é muito recente e que, por isso, seria preciso esperar alguns meses até que bebês com a síndrome congênita começassem a nascer. "O tempo está passando e a epidemia de grandes proporções esperada no Sudeste não está acontecendo", afirmou o representante. O último boletim do Ministério da Saúde sobre a microcefalia mostra que há 1.417 casos confirmados no Nordeste e 106 no Sudeste. Fonte:Estadão Conteúdo

Justiça bloqueia R$ 19,5 milhões do Facebook por Whatsapp não cooperar com investigações

A Justiça Federal de Londrina, no Paraná, determinou o bloqueio de R$ 19,5 milhões das contas do Facebook, dono do aplicativo Whatsapp, por descumprir uma decisão judicial. De acordo com informações noticiadas em alguns sites brasileiros, o Whatsapp teria se recusado a liberar dados de mensagens de traficantes investigados pela Polícia Federal na operação Quijarro.

A operação foi deflagrada na última quarta-feira (29), pela Polícia Federal, em três estados e prendeu uma organização criminosa de tráfico internacional de drogas. A decisão atinge o Facebook porque o Whatsapp não tem conta bancária nem representante legal no Brasil. O aplicativo já foi bloqueado por duas vezes no país, sob acusação de não colaborar com investigações criminais.

A decisão, desta vez, não bloqueia o serviço para os usuários, e o valor bloqueado é referente a multas não pagas pelo aplicativo. O WhatsApp, nas duas vezes em que o aplicativo ficou impedido de funcionar, informou que não armazena conversas dos usuários e que não tem como entregar dados à Justiça. Desde o mês de abril, as conversas no Whatsapp são criptografadas, para que as mensagens sejam acessadas apenas pelo remetente e o destinatário.Fonte:Bahia Noticias

Projeto que pune abuso de autoridade não é tramoia de Renan; é garantia da democracia

Eu sempre fico especialmente incomodado quando a imprensa, em vez de ajudar a esclarecer, investe na confusão. Na maioria das vezes, nem é por má-fé. Mas não é menos verdade que jornalistas, no geral, são muito suscetíveis ao que eu chamaria de “lobby do bem”. O que se isso quer dizer? Acabam vocalizando, muitas vezes, a voz de verdadeiros militantes políticos porque entendem que estes estão… do lado do bem!

Querem ver uma coisa? O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) — sim, é aquele dos 11 inquéritos; nem ele tenta esconder —, quer que o Senado discuta um projeto que atualiza a Lei de Abuso de Autoridade. Sim, o país tem uma: é a 4.898, de 1965. Está desatualizada.

Muito bem! Imediatamente, a questão foi vista como uma forma de tolher a Lava Jato, já que ele próprio é investigado em 11 inquéritos. Aí a coisa fica difícil! Não é possível que a gente tenha de submeter agora toda e qualquer coisa ao filtro ou à luz da Lava Jato. Que ela siga fazendo o seu trabalho, mas o país é maior do que isso.

Atenção! O texto que pode começar a ser debatido no Senado é de autoria do então deputado Raul Jungmann (PPS-PE), hoje ministro da Defesa. Não saiu só da sua cachola, não. Foi fruto do trabalho produzido por uma comissão integrada pelo então desembargador Rui Stocco, pelo agora ministro do Supremo Teori Zavascki, por Everardo Maciel, ex-secretário da Receita, e pelo doutor Luciano Felício Fuck, assessor do ministro Gilmar Mendes.

Antes que alguém saia berrando por aí que a lei contra o abuso de autoridade busca coibir a Lava Jato — QUE NÃO EXISTIA EM 2009 —, convém que o texto seja lido. A íntegra está aqui.

Atenção, trata-se de projeto que busca combater o abuso de autoridade, não o exercício da legalidade. Abuso de quem? De qualquer um que fale em nome do estado: seja o presidente da República, seja o guarda de trânsito.

Eu estou enganado, ou combater o abuso de autoridade, preservando direitos fundamentais do cidadão contra o assoberbamento do agente estatal, é coisa das democracias avançadas?

De fato, a demanda por uma lei que defina com mais clareza o crime de abuso de autoridade, punindo a conduta com mais rigor, é do Supremo. A comissão que redigiu as propostas, que resultou no projeto de Jungmann, foi instalada em 2009 pelo ministro Gilmar Mendes, quando presidia o Supremo.

Leiam o projeto. É curto. E me digam um só dispositivo ali que poderia limitar a Lava Jato — a menos, claro!, que a operação pretenda se comportar ao arrepio da Constituição.

No Artigo 2º, com efeito, estabelece o projeto:
São sujeitos ativos dos crimes previstos nesta lei:
I – agentes da Administração Pública, servidores públicos ou a eles equiparados;
II – membros do Poder Legislativo;
III – membros do Poder Judiciário;
IV – membros do Ministério Público.

Como se vê, ninguém está acima da lei ou tem autorização para praticar abuso de autoridade. E estou certo de que os membros do Ministério Público não pretendem gozar dessa prerrogativa, certo?

Leio uma reportagem em que se diz, em tom meio escandalizado, que o novo texto pode punir o abuso até com a perda da função pública. Ora, isso já está na lei de 1965.

Acho curioso que dois artigos, em particular, estejam sendo vistos como “anti-Lava jato”, a saber:

Art. 12. Ofender a intimidade, a vida privada, a honra ou a imagem de pessoa indiciada em inquérito policial, autuada em flagrante delito, presa provisória ou preventivamente, seja ela acusada, vítima ou testemunha de infração penal, constrangendo-a a participar de ato de divulgação de informações aos meios de comunicação social ou serem fotografadas ou filmadas com essa finalidade.

Pena – detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência.
Art. 13. Constranger alguém, sob ameaça de prisão, a depor sobre fatos que possam incriminá-lo:
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem constrange a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo.

Ora, por que seriam? A operação, por acaso, faz ou pretende fazer uma dessas coisas?
O Artigo 15 trata do uso de algemas. Lá se diz ser abuso de autoridade:

“Submeter o preso ao uso de algemas, ou de qualquer outro objeto que lhe tolha a locomoção, quando ele não oferecer resistência à prisão, nem existir receio objetivamente fundado de fuga ou de perigo à integridade física dele própria ou de terceiro:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.”

O que há de errado com esse texto? Algemas não devem ser um instrumento de humilhação. Ou alguém defende o contrário?
Não! O projeto que pune o abuso de autoridade não protege bandidos da Lava Jato. O texto oferece garantias ao cidadão comum, a todos nós, contra ilegalidades praticadas por agentes do estado.

De fato, os setores xiitas do Ministério Público podem não gostar do Artigo 26, onde se lê:
“Art. 26. Induzir ou instigar alguém a praticar infração penal com o fim de capturá-lo em flagrante delito:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (anos) anos, e multa.

Parágrafo único. Se a vítima é capturada em flagrante delito, a pena é de detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.”
E por que essa ala do MP não gostaria disso? Porque endossa um anteprojeto de lei, no bojo das tais dez medidas contra a corrupção, que cria “o teste de integridade do agente público”. Trata-se de um despautério.

Quem vê Deltan Dallagnol falando não imagina que ele quer isto, prestem atenção:

“Art. 2º A Administração Pública poderá, e os órgãos policiais deverão, submeter os agentes públicos a testes de integridade aleatórios ou dirigidos, cujos resultados  poderão ser usados para fins disciplinares, bem como para a instrução de ações cíveis, inclusive a de improbidade administrativa, e criminais.”

Art. 3º Os testes de integridade consistirão na simulação de situações sem o conhecimento do agente público, com o objetivo de testar sua conduta moral e predisposição para cometer ilícitos contra a Administração Pública
.
Art. 4º Os testes de integridade serão realizados preferencialmente pela Corregedoria, Controladoria, Ouvidoria ou órgão congênere de fiscalização e controle.

Art. 5º Sempre que possível e útil à realização dos testes de integridade, poderá ser promovida a sua gravação audiovisual.

Art. 6º Os órgãos que forem executar os testes de integridade darão ciência prévia ao Ministério Público, de modo sigiloso e com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, e informarão a abrangência, o modo de execução e os critérios de seleção dos examinados, podendo o Ministério Público recomendar medidas complementares.”

Ou por outra: essa medida que o Ministério Público diz combater a impunidade é um caso flagrante e escancarado de abuso de autoridade. É claro que o caminho não é esse. Isso é coisa de estado fascista ou comunista. Precisamos combater a corrupção seguindo as regras da democracia e do estado de direito.

Concluo
O projeto que pune o abuso de autoridade é uma garantia para todos os cidadãos. Não vai proteger Renan Calheiros ou qualquer outro investigado nem vai diminuir as prerrogativas da Lava Jato. A menos, claro, que a Lava Jato tenha alguma intenção ainda não revelada de se colocar acima da Constituição.
Não tem, né?.Fonte:Reinado Azevedo

Movimentação financeira de 'garçom do Lula' foi 69 vezes superior aos seus rendimentos


A movimentação financeira do dono da Focal Confecção e Comunicação Visual - segunda maior fornecedora da campanha de 2014 da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) -, Carlos Roberto Cortegoso, chegou a ser "69 vezes maior do que o valor dos seus rendimentos declarados" à Receita Federal. Conhecido como o "garçom do Lula", o empresário de São Bernardo do Campo (SP) é investigado pela Operação Custo Brasil por ter escoado pelo menos 309.000 reais da propina desviada no Ministério do Planejamento na gestão de Paulo Bernardo.

"A movimentação de Carlos Cortegoso chama a atenção por ser, em muitos casos 69 vezes maior do que o valor de seus rendimentos declarados. Além disso, apresenta uma variação patrimonial descoberta", registra representação da Polícia Federal, nos autos da Custo Brasil, feito com base na quebra do sigilo do investigado feita pela Receita Federal. O documento mostra que nos anos de 2010, 2012, 2013 e 2014 a movimentação financeira de Cortegoso foi muito superior aos rendimentos declarados.

O empresário atua em campanhas do PT desde a década de 1990 e forneceu material gráfico e camisetas para todas as disputas presidenciais do partido desde 2002. Em 2014, os gastos com a Focal aumentaram ainda mais e chegaram a 23 milhões de reais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investiga os pagamentos. Além da campanha presidencial, a empresa de Cortegoso recebeu 158.000 reais da candidatura da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ex-ministro Paulo Bernardo, que foi solto na última quarta-feira, depois de ficar seis dias preso.

O empresário ganhou o apelido de "garçom do Lula" porque trabalhou em um restaurante em São Bernardo do Campo (SP) frequentado pelo ex-presidente quando ainda era sindicalista. No fim dos anos 90, Cortegoso montou uma empresa de produção de camisetas e material de campanha. Com a chegada do PT ao Palácio do Planalto, em 2002, o negócio cresceu rapidamente e ele virou o principal fornecedor das campanhas do partido.
(Com Estadão Conteúdo)

Aprovação do governo Temer é de 13%, diz Ibope

O presidente interino Michel Temer é aprovado por apenas 13% dos brasileiros, diz pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A avaliação ótima ou boa do governo do peemedebista se aproxima da aprovação da presidente Dilma Rousseff, de 10%, medida no último estudo noticiado em março. Na ocasião, a petista ainda não havia sido afastada do cargo por causa do avanço do processo de impeachment no Senado.

Apesar da proximidade nos níveis de aprovação, Temer tem uma reprovação bem menor do que a petista: 39% dos entrevistados avaliaram o seu governo como ruim ou péssimo, enquanto, em março, Dilma tinha a desaprovação de 69% da população. Trinta e seis por cento consideraram o governo interino regular, enquanto 13% não se manifestaram. Em relação a Dilma, a mesma avaliação foi dada por 19% das pessoas ouvidas.

O levantamento do Ibope foi realizado entre os dias 24 e 27 deste mês, com 2.002 entrevistas, em 141 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

O instituto também pediu aos entrevistados para relacionar as administração de Temer com a de Dilma. A maior parcela (44%) avaliou que a gestão continua a mesma; 23% a consideraram melhor; 25%, pior; e 8% não souberam ou não responderam.

Perguntados sobre como veem a "maneira de governar" de Temer, 31% aprovaram e 53% desaprovaram. Fazendo um paralelo com a última pesquisa, 14% aprovavam a gestão Dilma, enquanto 82% a desaprovavam.Fonte:Veja

Doleiro ligado a Eduardo Cunha é preso em ação da Lava Jato em Brasília

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira o operador Lúcio Bolonha Funaro e recolheu documentos na casa do lobista Milton Lyra, apontado por delatores como facilitador de negócios espúrios em partidos junto a empresas públicas e bancos como a Caixa, o BNDES e o Banco do Brasil. Conforme revelou VEJA, Lyra foi citado como operador do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) no fundo de pensão Postalis, dos Correios.

Funaro, por sua vez, é suspeito de ser operador do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A PF também cumpriu nesta manhã mandados de busca e apreensão na casa do empresário Joesley Batista, dono da indústria de alimentos JBS. A empresa JBS em si não é alvo da operação, mas sim a Eldorado Brasil, controlada pela J&F. O Grupo J&F agrega oito empresas: além do frigorífico JBS, a Vigor, Flora, Eldorado Brasil, Banco Original, Canal Rural, Oklahoma, Floresta Agropecuária e a Alpargatas.

A operação de hoje, batizada de Sépsis, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal e é um desdobramento da Lava Jato em Brasília. O nome da ação é uma referência a uma doença desencadeada por um grave quadro de infecção geral.

A nova fase da Operação Lava Jato, embora não tenha como alvos políticos com foro privilegiado, atinge em cheio a cúpula do PMDB, em especial Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Funaro, ligado a Cunha, e Lyra, a Calheiros, foram alvo das investigações. Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão - dez em São Paulo, um em Sorocaba (SP), um em Lins (SP), três no Recife, dois no Rio de Janeiro e dois em Brasília - além do mandado de prisão preventiva contra Funaro.

Lúcio Bolonha Funaro é um velho conhecido da justiça. Em 2013, ele deixou de ser punido no escândalo do mensalão depois de ter fechado um acordo de delação premiada. Na época, ele era engrenagem fundamental para lavar dinheiro sujo para o então Partido Liberal, hoje Partido da República. Novamente com o cerco contra ele, Funaro pode negociar com a justiça e se tornar também delator na Operação Lava Jato.

As investigações e o cumprimento de mandados desta sexta-feira estão relacionados majoritariamente à recente delação premiada do ex-vice-presidente de Loterias da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto, ex-aliado de Cunha. Cleto foi exonerado do cargo da Caixa no fim de dezembro do ano passado, logo depois do peemedebista ter autorizado a abertura do processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Na época, a decisão de Dilma foi vista como um "troco" ao seu desafeto.

Quando Cleto fazia parte dos Comitê de Investimentos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), a fabricante de celulose Eldorado Brasil, um dos projetos mais ambiciosos da holding J&F, controlada pela família Batista, recebeu polpudos 940 milhões de reais repasses do FI-FGTS - parte do dinheiro teria acabado nas mãos de Funaro. Na mira da Operação Lava Jato desde que Fábio Cleto fechou acordo de delação premiada, o FI-FGTS registrou pela primeira vez no ano passado prejuízo no resultado anual.

 A queda foi de 900 milhões de reais no patrimônio líquido do fundo que usa recursos dos trabalhadores para aplicar em projetos de infraestrutura. O patrimônio do FI-FGTS é largamente ligado a empresas investigadas no petrolão: boa parte de seus recursos foram aplicadas em companhias como a Odebrecht Transport e a Odebrecht Ambiental, a OAS Óleo e Gás e a CCR, concessionária de rodovias da Andrade Gutierrez e da Camargo Correa.

Em sua delação premiada, Cleto apontou o nome do deputado Eduardo Cunha como destinatário de 1% dos quase 1 bilhão de reais aprovado pelo FI-FGTS à empresa Eldorado. O ex-vice da Caixa também já havia confirmado que Cunha cobrou 52 milhões de reais em propina para viabilizar recursos para o projeto do Porto Maravilha, no Rio.

Em nota à Comissão de Valores Mobiliários, a JBS afirmou que "não é alvo e não está relacionada" à operação de hoje. Em nota, a Eldorado disse que "desconhece as razões e o objetivo desta ação e prestou todas as informações solicitadas". "A Eldorado sempre atuou de forma transparente e todas as suas atividades são realizadas dentro da legalidade. A companhia se mantém à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais", declarou a empresa.Fonte:Veja

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Gilmar Mendes prevê 'intensa judicialização' nas eleições de outubro

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, reuniu hoje (30), com objetivo de tratar de questões sobre as eleições deste ano, para um café da manhã, em seu gabinete, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e um grupo de senadores e deputados. Entre as dificuldades, Mendes citou a proibição de doações por pessoas jurídicas, e os limites de doações que foram aprovados pelo Congresso. “Temos agora a proibição da doação de pessoa jurídica, essa foi uma decisão do Supremo.

 O Congresso aprovou restrições, limites para doação. Vejam que em 80% dos municípios o limite de gasto é de R$ 100 mil para prefeito, R$ 10 mil para vereadores. Portanto, é um limite muito estrito. Vamos ter também, certamente, questionamentos de um lado e de outro, vamos ter uma intensa judicialização”, afirmou Mendes. Segundo o Agência Brasil, o ministro afirmou que os prazos curtos vão fazer com que muitas das candidaturas sejam provisórias e que, por isso, a eleição será definida “mas certamente haverá mudança de resultado por conta da mudança do coeficiente eleitoral, da anulação de votações e da impugnações dos candidatos majoritários a prefeitos.

 Em suma, é um quadro especial, e queríamos conversar com os líderes sobre isso, para chamar a atenção e mostrar que algumas dessas vicissitudes, que vão ocorrer, não serão causadas pela Justiça Eleitoral, mas, sim, pelo modelo institucional que foi aprovado na legislação”. Após o encontro, o senador lembrou que a reforma já foi votada na Casa e aguarda votação na Câmara dos Deputados. Ele afirmou, ainda, que a reunião é um momento para que a reforma política seja pautada.

“A sociedade não aguenta mais que o Legislativo não entregue a reforma política e as mudanças da regra do jogo eleitoral”, afirmou. “Por isso, essa reunião cria um momento para que todos possamos definir uma pauta mínima para a reforma política e eleitoral, que deverá ser, basicamente, a cláusula de barreira e o fim da coligação proporcional”, ressaltou.Fonte:Bahia Noticias

Casos de dengue no Brasil apresentam queda de 99,2%

Os casos de dengue desse ano do país apresentaram queda antecipada em relação aos anos anteriores. Enquanto nos anos anteriores a redução era observada a partir de junho, o levantamento do Ministério da Saúde aponta que, a partir do mês de março, o país começou a reduzir os casos, apresentando redução de 99.2% no comparativo entre fevereiro e maio deste ano.

A maior incidência de casos notificados, que ocorrem geralmente nos meses de abril ou maio, ocorreu em fevereiro, com 106.210 caos registrados na última semana do mês. Na última semana de maio os números caíram para 779 casos da doença no país. Segundo o governo, os números reforçam que os “resultados das ações de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, intensificadas pelo governo desde o final do ano passado, contribuíram para antecipação da curva de sazonalidade da doença”.

O ministro da saúde Ricardo Barros avaliou que “as ações de combate ao mosquito da dengue, Zika e chikungunya, que foram intensificadas no país desde o fim do ano passado se mostraram efetivas e essenciais para controlar e diminuir a circulação do vetor”. O Ministério apontou ainda a redução nos casos de Zika que obteve seu pico de notificações na terceira semana de fevereiro, com 16.059 casos e na última semana de maio obteve uma redução para 12, havendo uma queda de 99,9%.

Renan desengaveta projeto que define crimes de abuso de autoridade

Investigado nas operações Lava Jato e Zelotes e alvo recente de um pedido de prisão, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) decidiu desengavetar o controverso anteprojeto que define crimes de abuso de autoridade. Nesta quinta-feira, o peemedebista anunciou que pretende reativar uma comissão que discute trechos não regulamentados da Constituição e votar o texto no colegiado até dia 13 de julho.

O projeto que define os crimes de abuso de autoridades estava engavetado desde 2009 e volta a tramitar no momento em que Renan tem em mãos pedidos de impeachment contra o procurador-geral da República Rodrigo Janot e em que o próprio Congresso está nas cordas devido aos sucessivos escândalos de corrupção e de inquéritos relacionados ao petrolão.

O texto que trata de abuso de autoridade enquadra delegados, promotores, membros do Ministério Público, juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores e prevê como pena até quatro anos de prisão e multa, além da perda de função da autoridade em caso de reincidência. O anteprojeto estabelece diversas situações consideradas como abuso de autoridade, como ordenar prisão "fora das hipóteses legais", recolher ilegalmente alguém a carceragem policial, deixar de conceder liberdade provisória quando a lei admitir e prorrogar a execução de prisões temporárias.

Em meio às recorrentes críticas sobre o instituto da delação premiada e à recente divulgação de conversas em que o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado gravou políticos contrários à Operação Lava Jato, o anteprojeto de abuso de autoridade também estabelece como crime ofender a intimidade de pessoas indiciadas, constranger alguém sob ameaça de prisão a depor sobre fatos que possam incriminá-lo, submeter o preso a algemas quando desnecessário e interceptar conversas telefônicas ou fazer escuta ambiental sem autorização.

Embora o projeto de abuso de autoridade se amolde perfeitamente ao interesse de investigados, Renan Calheiros negou que a inclusão deste tema entre as prioridades do Senado esteja relacionado com o avalanche de políticos investigados por crimes, como corrupção e lavagem de dinheiro. "Esse projeto estipula regras para todas as instâncias terem punição quando houver abuso de autoridade. Não adianta, ninguém vai interferir no curso da Lava Jato. A esta altura há uma pressão muito grande da sociedade no sentido que essas coisas todas se esclareçam. Só se vai separar o joio do trigo se concluir a investigação", disse.Fonte:Veja

STF autoriza continuidade de investigação contra Dirceu em esquema em Santo André

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira a continuidade de investigações contra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, suspeito de integrar um esquema de distribuição de propina na prefeitura de Santo André (SP). As apurações contra o petista estavam suspensas por conta de uma liminar do ministro aposentado Eros Grau.

Dirceu, que foi condenado a mais de 20 anos de prisão na Operação Lava Jato e recentemente virou réu em outra ação penal do petrolão, havia recorrido ao STF questionando a investigação do Ministério Público do Estado de São Paulo sobre o esquema de propina na gestão de Celso Daniel à frente da prefeitura de Santo André. A defesa de Dirceu alegava que as apurações sobre o caso se baseavam em um depoimento de João Francisco Daniel, irmão de Celso Daniel, que já havia sido invalidado pelo ministro aposentado Nelson Jobim. Por isso, afirmavam os advogados, essa prova não poderia fundamentar a abertura de novo procedimento pelo MP de São Paulo, como teria sido feito.

No depoimento, o irmão do prefeito afirmou que empresas contratadas pela administração municipal desviaram recursos para campanhas do PT e que Dirceu era o responsável por centralizar a arrecadação vinda de todas as prefeituras do partido.

Ao autorizar a continuidade das investigações, o ministro Luiz Fux considerou que surgiram novas provas em 2006 e que, por isso, o depoimento de João Francisco não é o único elemento a embasar o caso. Os novos indícios recolhidos pelo MP incluem um flagrante de Waldomiro Diniz, ex-assessor de Dirceu, recebendo uma mala de dinheiro do contraventor Carlinhos Cachoeira.

 "Revela-se necessário apurar se tal fato tem correspondência com a afirmação de João Francisco Daniel no sentido de que Gilberto Carvalho retirava malas de dinheiro oriundo dos delitos praticados pela quadrilha denunciada em Santo André (SP) e as entregava no escritório de José Dirceu em São Paulo", afirmou Fux.Fonte:Veja

Ingressos da Vaquejada em Serrinha têm virada de preços nesta sexta (1º)

Quem quiser curtir os shows da Vaquejada em Serrinha, de 1º a 4 de setembro, no Parque Maria do Carmo, tem até esta quinta-feira (30) para adquirir os ingressos antes da virada de preços, que ocorre nesta sexta (1º). Com 17 atrações musicais, para o grande público a festa começa dia 2 de setembro, a partir das 18h, com a festa do Bezerro Manhoso. Anitta, Vingadora, Mano Walter, Tayrone  e Saia Rodada comandam a primeira noite de shows.

Já no sábado (3) o agito têm início mais cedo. A partir das 13h sobem ao palco Aviões do Forró, Marcos e Belutti, Harmonia do Samba, Arreio de Ouro, Simone e Simaria e
Seu Maxixe, durante a festa da Vaca Atolada. O encerramento da Vaquejada acontece dia no domingo (4), com a festa do Boi Malandro. Luan Santana, Wesley Safadão, Gabriel Diniz, Leandro Rocha, Chicabana e Léo Santana compõem a grade. Os ingressos podem ser adquiridos por meio do site: vendas.parquemariadocarmo.com.br

PROGRAMAÇÃO

1º de setembro – quinta-feira  (Abertura das competições, missa do vaqueiro e cavalgada)

2 de setembro - sexta-feira  (Festa do Bezerro Manhoso)

Anitta
Vingadora
Mano Walter
Tayrone
Saia Rodada

3 de setembro - sábado (Festa da Vaca Atolada)

Aviões do Forró
Marcos e Belutti
Harmonia do Samba
Arreio de Ouro
Simone e Simaria
Seu Maxixe

4 de setembro- domingo  (Festa da Boi Malandro)

Luan Santana
Wesley Safadão
Gabriel Diniz
Leandro Rocha
Chicabana
Léo Santana

Fonte:Jordânia Freitas

KIKO DA BANDA CHICABANA FAZ ANIVERSÁRIO HOJE

LUCAS CHICABANA:Hoje quero parabenizar meu amigo, compadre, e parceiro de trabalho, é com ele na linha de frente da banda que levamos a alegria para os fãs e público de todo Brasil, desejo a você meu amigo, muita energia, saúde e paz de esprito para que possa dar alegria não a só ao nosso público como a nós amigos e família, parabéns e felicidade. Viva Kiko! @kikochicabanaoficia

GOVERNADOR RUI COSTA E DEPUTADO GIKA LOPES NA LUTA PELO FORTALECIMENTO DO SEMIÁRIDO BAIANO

O fortalecimento do semiárido baiano é uma luta do mandato do deputado estadual Gika Lopes, que vem debatendo junto com diversos segmentos sociais políticas públicas de convivência e estratégias de desenvolvimento dessa região, que tem como traço principal frequentes períodos de estiagem.
O governador Rui Costa vem entregando diversas obras e criando mecanismos de convivência com o semiárido, nesta terça-feira (28), o governado esteve no município de Euclides da Cunha onde inaugurou o Instituto Federal de Educação da Bahia (IFBA), 250 cisternas de consumo, assinatura dos editais das cadeias produtivas, além de uma quadra poliesportiva construída no Bairro América e cinco viaturas.

De Euclides da Cunha, o governador seguiu para a cidade de Monte Santo, no território do Sisal, onde entregou mil títulos de terra, assinou oito convênios por meio do programa Bahia Produtiva, além de uma unidade básica de saúde (UBS), uma quadra poliesportiva coberta e pavimentação de ruas no povoado de Pedra Vermelha.

“Através da universalização de cisternas vamos garantir as famílias o abastecimento de água para beber, cozinhar e também para produção. É necessário continuar articulando e promovendo espaços de fortalecimento e desenvolvimento, como os Institutos Federais de Educação, novas universidades, entregas dos títulos de terra, acesso ao credito e aos editais das cadeias produtivas, ou seja, investir em ações que promovem autonomia do povo do campo”, ressalta o deputado Gika Lopes.

Na oportunidade, Rui Costa afirmou que comunidade de Pedra Vermelha será beneficiada com água tratada através da construção de uma adutora, “nós temos apostado na agricultura porque a Bahia é o estado com o maior número de agricultores familiares do País. Por isso, estamos apoiando a mecanização, a titulação e distribuição de títulos, a garantia hídrica para consumo e produção e a assistência técnica”, destacou o governador.

Enquanto Coordenador da Subcomissão da Agricultura Familiar, da Comissão de Agricultura e Política Rural, Gika Lopes, defendeu maior investimento na industrialização do Sisal e nos pequenos agricultores; ampliação da rota do umbu para municípios como Euclides, Tucano e Araci.

Wery Oliveira:"Parabéns ao novo Capitão da Policia Militar"

Parabéns pela merecidíssma promoção ao Posto de CAPITÃO, meu amado irmão Weider Silva. Você traçou um objetivo, uma meta para sua vida e sei que jamais se desviará dela. Essa conquista é só a ponta do iceberg das que virão. Fez por merecer sim porque sua camisa só anda suada. Estou igualmente ORGULHOSO e feliz. Você é um excelente Policial Militar e um espelho de OFICIAL PM/BA para mim, tenho certeza que para vosso Comandante direto e, sem dúvida, para o Alto Comando do Estado, sendo sobretudo, porque conheço de perto e de dentro a estrutura, exemplo para todos os capitaneados pela égide do remo de vosso estandarte, de vossa missão... exemplo para nossa família. Minha prestigiosa continência, CAPITÃO WEIDER!Fonte:Wery Oliveira(Texto)

Nomes conhecidos da sociedade baiana são sócios de alvos da Operação Tabela Periódica

Três empresas alvos da Operação Tabela Periódica, deflagrada nesta quinta-feira (30) pela Polícia Federal para investigar crimes de cartel, fraude em licitações, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro em obras da ferrovia Norte-Sul (veja aqui), têm no quadro societário pessoas conhecidas da sociedade baiana.

O empresário Euvaldo Luz, sócio da Embratec – Empresa Brasileira de Terraplanagem - é também do quadro de sócios dos shoppings Bela Vista e Barra; e Alexandre Cunha Guedes Filho, membro de família tradicional soteropolitana, é do quadro societário da Top Engenharia. Outra figura conhecida na Bahia, Ronald Velame, irmão da arquiteta e apresentadora Andrea Velame, é sócio da Paviservice Serviços de Pavimentação Ltda.

Velame é também presidente da Associação Baiana de Empresas de Obras Rodoviárias. As três empresas foram alvos de mandados de busca e apreensão nesta quinta (veja aqui), porém nenhum dos sócios foi citado pela PF como investigados na operação, um desdobramento da fase “O Recebedor”, da Operação Lava Jato.Fonte:Bahia Noticias

Alô, senadores! Dilma, a comediante, deixa claro: se voltar, quer governar sem o Congresso

Dilma Rousseff tem o emprego assegurado depois que for impichada de vez: vai ser humorista. Já sugeri à direção da Jovem Pan que a contrate. Por que não? Fora do governo, ela é engraçadíssima. Também falei a Tutinha e Emílio Surita que o “Pânico” não pode abrir mão da sua contribuição. São empregos dignos, que rendem um salário honesto e podem divertir os brasileiros. Na noite desta quarta, a Afastada concedeu uma entrevista ao “Jornal do SBT”. Se a gente levar a serio o que diz, é o caso de recomendar internação.

Começo pelo fim. O entrevistador, Kennedy Alencar, perguntou o que ela fará de diferente caso volte ao poder. Tergiversou um pouco e deu um exemplo: disse que não repetiria o governo de coalizão. Hein? Como assim? “Mas é possível governar sem ele?” E a mulher pensou alto: claro que sim! Segundo ela, dá para governar, então, sem o apoio dos partidos desde que “se discuta claramente com a população”.

Fica o recado aos senadores: caso Dilma volte, pretende adotar o método bolivariano de tomada de decisões, consagrado, no momento, por Nicolás Maduro, aquele notável democrata: nada de intermediação de políticos. Vai ser papo direto e reto com o povo.

Dilma está cada vez mais engraçada porque domina cada vez menos a matemática. E isso ficou claro quando, ainda nos divertindo com a sua galhofa, afirmou que pretende escrever uma carta de compromissos com o povo antes do julgamento no Senado. E o que conterá essa carta?

Ela não sabe ainda muito bem, mas adiantou duas coisas. Em primeiro lugar, disse, “resgatar a democracia”. Vai ver, então, estamos sob o império de uma ditadura. Em segundo lugar, afirmou que pretende devolver os direitos que estão sendo retirados do povo. Mas quais direitos? Que legislação mudou até agora?

E foi aí que se viu Dilma, a comediante, no melhor da sua forma. Na proposta que ela havia enviado ao Congresso, o Bolsa Família teria um reajuste médio de 9%; na aprovada pelo governo Temer, esse índice saltará para 12,5%. Ora, se ele dá um aumento maior do que o dela, onde está a subtração de direitos, considerando que ela própria não deu reajuste nenhum em 2015?

Dilma tentou explicar: é que o majoração deveria ter acontecido em abril, e os 3,5 pontos percentuais a mais, garantidos pelo atual governo, buscariam compensar o atraso. Dilma continua sem saber matemática. É por isso que pedalou tanto.

Mas a petista foi além: embora tenha proposto 9%, e seu antípoda, 12,5%, afirmou que o reajuste do Bolsa Família é pequeno quando confrontado com o dos servidores do Judiciário, como se alhos pudessem ser comparados com bugalhos.

Então ficamos assim. Quando Dilma foi dar exemplos de como Temer está subtraindo direitos dos trabalhadores, escolheu dois:
1: reajuste de 12,5% no Bolsa Família (ela queria dar apenas 9%):

2: reajuste dos servidores do Judiciário.
Vale dizer: a tal perda de direitos estaria traduzida em dois reajustes reivindicados justamente por aqueles que ela diz que estão sendo prejudicados.
E ainda coroou a sua avaliação chamando o conjunto da obra de irresponsabilidade fiscal.

Dá para entender algumas coisas:
– por que o governo dela foi para o buraco;
– por que o governo dela não fazia sentido;
– por que o governo dela era um caos;
– por que não conseguia dialogar com o Congresso;
– por que não conseguia dialogar nem com seus ministros;
– por que era e é detestada no próprio PT.
Há uma expressão de que gosto muito com que Marx brindou Lassale, um de seus adversários intelectuais: “caos de ideias claras”. Dilma é mais óbvia: é um caos de ideias confusas mesmo!
E esta senhora quer voltar!

Fonte:Reinaldo Azevedo