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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Serrinha faz parte desta corrente de vida

Iniciado no ano de 2005, o Projeto Vida por Vidas, iniciativa voluntária da Igreja Adventista do Brasil, em parceria com a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba/UCT FSA), segue desde o ano de sua criação realizando o Cadastro de doadores e, incentivando jovens e adultos a serem doadores voluntários de sangue, contribuindo com os hemocentros, ajudando a salvar milhares de vidas.

No último sábado foi a vez de Serrinha fazer parte desta corrente de vida, a Unidade Móvel / Hemóvel, um ônibus especialmente adaptado para a coleta de sangue, instalado na Praça Luís Nogueira, promoveu durante todo sábado ações de respeito e solidariedade com o próximo. Segundo Luciene Barreto Coutinho, coordenadora da unidade de coleta e transfusão de Feira de Santana, a capacidade de coleta do Hemóvel é de (100) cem bolsas de sangue, a coordenadora destacou que Serrinha alcançou o número de 113 (cento e treze) candidatos, entre eles, aptos a doar 75 (setenta e cinco), considerando uma meta alcançada. A coordenadora parabenizou a população e diz que o resultado foi satisfatório, apesar do dia chuvoso.

Pesquisa revela que 93% dos brasileiros estão insatisfeitos com saúde privada e 87% com o SUS

O Instituto Datafolha realizou uma pesquisa a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre a avaliação dos brasileiros quanto aos serviços público e privado de saúde, e apontou que 93% dos brasileiros avaliam o serviço privado como péssimo. Entre os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), 87% dos entrevistados declararam insatisfação com os serviços oferecidos. A pesquisa foi realizada em todas as cinco regiões do país, entre os dias 3 e 10 de junho deste ano, e o Datafolha ouviu 2.418 pessoas com mais de 16 anos. Na pesquisa, foi pedido aos entrevistados que dessem notas de zero a dez para a saúde no Brasil e para o SUS. O estudo considera ruins ou péssimas as notas de zero a quatro. De cinco a sete, a avaliação é considerada regular. O estudo apontou que nos últimos dois anos, 92% da população brasileira buscou atendimento no SUS e 89% da população conseguiu ser atendida pelo sistema público. De acordo com o levantamento, 57% dos eleitores brasileiros consideram que a saúde deveria ser tema prioritário para o governo federal. Em seguida estão a educação (18%) e o combate à corrupção (8%). Quanto aos serviços disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde, dos entrevistados que disseram ter utilizado algum serviço, 26% consideram a qualidade do atendimento como ruim ou péssimo; 44% avaliam como regular; e 30% considera a qualidade boa ou excelente. Entre os serviços oferecidos considerados de difícil acesso, 33% dos entrevistados consideram o acesso às cirurgias "muito difícil". Em seguida, estão procedimentos específicos como quimioterapia e hemodiálise (23%), o serviço de atendimento em casa - conhecido como "home care" (21%) e internações hospitalares (20%). Já os serviços considerados de mais fácil acesso são a distribuição de remédios gratuitos pela rede pública - 53% consideram fácil - e o atendimento em postos de saúde (47%). Outro ponto destacado pelos entrevistados foi o tempo de espera para o atendimento no SUS. 30% das pessoas ouvidas disseram estar esperando a marcação ou realização de algum serviço no Sistema Único de Saúde ou disseram que têm alguém da família nessa situação. Destes, 24% disseram que estão na fila de espera há até um mês; 47% disseram aguardar o atendimento há entre um e seis meses; e 29% dizem que aguardam na fila do SUS há mais de seis meses. Segundo a pesquisa, as maiores taxas de pessoas que aguardam na fila do SUS estão entre as mulheres de 25 a 55 anos, de classes sociais mais baixas, residentes em regiões metropolitanas e no Sudeste do Brasil. Fonte:Bahia Noticias

Míriam Leitão foi torturada com jiboia durante ditadura militar

Pela primeira, após 40 anos, a jornalista Míriam Leitão falou sobre os três meses em que ficou presa em 1972, durante a ditadura militar. Grávida, aos 19 anos, a jornalista que iniciava a carreira foi torturada pelo coronel Paulo Malhães, em Vitória (ES) - morto em abril de 2014 -, com uma jiboia. “Eu não tinha noção de dia ou noite na sala escurecida pelo plástico preto. E eu ali, sozinha, nua. Só eu e a cobra. Eu e o medo. O medo era ainda maior porque não via nada, mas sabia que a cobra estava ali, por perto. Não sabia se estava se movendo, se estava parada. Eu não ouvia nada, não via nada. Não era possível nem chorar, poderia atrair a cobra. Passei o resto da vida lembrando dessa sala de um quartel do Exército brasileiro”, relatou Míriam ao colega de profissão, Luiz Cláudio Cunha, no Observatório da Imprensa. A jiboia, que por infeliz coincidência recebeu o nome de Mirian, foi achada por Malhães no Araguaia (TO), onde o coronel atuou no combate à guerrilha. “Minha vingança foi sobreviver e vencer. Por meus filhos e netos, ainda aguardo um pedido de desculpas das Forças Armadas. Não cultivo nenhum ódio. Não sinto nada disso”, afirmou Míriam Leitão.

Os programas são vistos como divisores de água

O início da campanha eleitoral na TV é sempre muito aguardado por candidatos e partidos, que gastam rios de dinheiro com propaganda e fazem alianças de olho no tempo de exposição na TV. Os programas são vistos como divisores de água dentro dos comitês de campanha. Não foi diferente com as propagandas que começaram hoje às 13h.

O eleitorado brasileiro, no entanto, já desinteressado nas eleições, mostra que não está disposto a assistir o desfile de candidaturas minuciosamente planejado.

Aos números: às 12h59, imediatamente antes do início da propaganda obrigatória, Globo, Record e SBT marcavam 8, 7 e 5 pontos, respectivamente, de acordo com dados prévios do Ibope para a Grande São Paulo.

Entre as 13h e as 13h50, quando o horário eleitoral terminou, a Globo e Record passaram a marcar 5 pontos cada, o SBT 3 pontos, a Band 2 pontos e a Cultura apenas 1 ponto.

Em comparação com a audiência que as TVs abertas registraram na Grande São Paulo ontem, no mesmo horário, tem-se o seguinte quadro: a Globo caiu 52%; a Record perdeu 30%; o SBT caiu 47%; e a Band, 40%.

E a tendência é cair ainda mais.

Por Lauro Jardim

PSB escolhe Beto Albuquerque para vice de Marina

O comando do PSB decidiu indicar o deputado gaúcho Beto Albuquerque, de 51 anos, para a vice na chapa que será encabeçada pela ex-senadora Marina Silva à Presidência da República. A decisão será oficializada na reunião da Executiva Nacional da sigla, agendada para esta quarta-feira, em Brasília. No encontro, o PSB também formalizará a indicação de Marina como substituta de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na semana passada.

O nome de Beto Albuquerque era apontado como favorito desde as primeiras conversas – ele só não seria escolhido se Renata Campos, viúva do ex-governador, aceitasse o posto. Para a cúpula do PSB, o deputado preenche os principais requisitos para a vaga: era braço direito de Campos, tem boa relação com a ex-senadora e é apontado como um nome orgânico do partido –  está filiado ao PSB desde 1986.

Renata Campos chegou a ser procurada pelos socialistas, mas recusou a proposta porque quer priorizar sua família neste momento – o filho mais novo, Miguel, tem seis meses.

Albuquerque aproximou-se de Marina Silva em outubro do ano passado, quando o quase partido da ex-senadora, a Rede Sustentabilidade, teve o registro negado pela Justiça Eleitoral. O deputado acompanhou as primeiras negociações ao lado de Campos e concordou que a aliança com a ex-senadora daria maior respaldo ao projeto do pernambucano.

Gaúcho de Passo Fundo, Albuquerque está em seu quarto mandato na Câmara e tentaria, neste ano, uma vaga ao Senado. A candidatura, entretanto, não havia decolado até agora – ele aparece em terceiro lugar nas pesquisas –, o que facilitou para que ele abrisse mão da disputa.

Assim como Campos e Marina, Beto Albuquerque orbitou os governos petistas. Na Câmara, foi vice-líder do ex-presidente Lula. À época, Beto era porta-voz de Lula sobre temas espinhosos, como o mensalão e a CPI dos Correios. Também foi o socialista quem anunciou a assinatura da medida provisória que autorizaria o plantio de soja transgênica na safra 2004/2005. À época, ministra do Meio Ambiente Marina Silva foi uma das principais oponentes ao projeto. Agora, uma de suas tarefas será justamente ser mediador de temas sensíveis, como os conflitos entre os ambientalistas "marineiros" e setores ligados ao agronegócio aos quais Campos se aproximou para fazer alianças nos estados.

No desembarque do governo petista, Beto Albuquerque assumiu a linha de frente do partido dentro e fora do Congresso Nacional, tornando-se um dos principais articuladores da campanha de Eduardo Campos. Na campanha, também assumiu posição mais combativa, principalmente em relação ao PT. Quando representantes do partido chamaram o pernambucano de “tolo” e “playboy mimado”, coube ao parlamentar gaúcho assumir a reação: anunciou que o partido, até então em posição de independência, passaria a ser oposição no Congresso Nacional.Fonte:Veja

Dono de 4,5 milhões de vinis, colecionador tem discos que valem US$ 3 mil

José Roberto Alves Freitas, 60, tem a vida que qualquer apaixonado por música sonha em levar. Milionário, um dos donos de uma transportadora e sócio de uma empresa de iluminação para shows e peças de teatro, ele investe boa parte de seu dinheiro em discos. Entre os 4,5 milhões de LPs, compactos e 78 rotações, ele é dono de uma coleção com raridades vistas em poucas lojas no mundo.

Apelidado de Zero Freitas, ele teve sua história repercutida nacional e internacionalmente depois que o jornal norte-americano "New York Times" publicou, no dia 8 de agosto, um perfil sobre sua vida. Mas poucos tentaram ir a fundo na coleção do empresário, que tem álbuns estimados em até US$ 3 mil por unidade, como as três cópias de "Louco por Você", primeiro disco de Roberto Carlos, lançado em 1961 com apenas 500 cópias e renegado até hoje pelo cantor.

À parte dos 4,5 milhões de discos guardados em dois galpões, Zero Freitas guarda outros cem mil em uma coleção particular, armazenados no porão de sua casa. De todo seu acervo, cerca de 250 mil são álbuns nacionais, número que ele visa aumentar ao longo dos anos. "Quem vai comprar um disco de um seresteiro de Itanhaém? Quase ninguém, mas ele lançou o disco, se dedicou durante a sua vida para aquilo. São coisas que também me interessam", disse ele ao UOL.

Entre as raridades está uma edição de "Piano Concerto", lançado em 1949 por Heitor Villa-Lobos, e autografado pelo maestro e compositor. A dedicatória data de agosto de 1953 e diz: "Ao amigo Paulo Santos, lembrança grata de Villa-Lobos". Santos, que comandou os programas "Tempo de Jazz" e "Encontro com o Jazz" na rádio MEC, era bastante respeitado pela classe artística. Zero tem ainda um outro álbum da cantora de jazz Ella Fitzgerald com autógrafo dedicado ao radialista brasileiro.

Colecionador

Os discos de Zero ficam divididos em dois galpões: em um deles está a maior parte das entregas e em outro se encontram 500 mil cópias -- 250 mil já catalogados e 250 mil para entrar na fila. É neste segundo onde trabalham os 16 estagiários do empresário, em turnos alternados entre manhã e tarde. Lá, eles assumem as tarefas de limpar, fotografar capas e registrar informações sobre cada um dos materiais no software utilizado.

A vasta coleção de Zero era pouco conhecida até recentemente, já que ele dificilmente trocava ou vendia seus vinis. Mas foi uma de suas grandes compras que chamou a atenção dos vendedores norte-americanos: além de outras aquisições em larga escala e altos valores, ele encomendou de uma só vez 1 milhão de compactos de um ex-dono de loja nos Estados Unidos.

Acumulador por natureza e com o signo de Touro como ascendente (que ele acredita dar o toque "materialista" em sua personalidade), começou a coleção aos 11 anos, quando recebia mesada do pai. O primeiro álbum que comprou foi "Roberto Carlos Canta para a Juventude", no início de 1965; nas duas semanas seguintes, veio "Beatlemania" ("With the Beatles", na edição inglesa, e "Meet the Beatles", na edição norte-americana), edição brasileira do segundo álbum de estúdio do quarteto de Liverpool, e "Meus 18 Anos", da cantora italiana Rita Pavone.

Tímido, evitava dançar nas festinhas dos amigos, o que acabou o levando aos toca-discos, descobrindo uma outra fonte de renda: ser DJ. "Comecei a tocar em todas as festas e montei um equipamento de som aos 15 anos, mas desconhecia o termo DJ. Para mim, DJ ainda era o cara do rádio. Tenho até os discos do [radialista] Walter Silva comigo, que comprei da viúva dele". Aos 17 anos, ele já era dono de mais de 3.000 vinis.

Para fazer pesquisas de álbuns no exterior, Zero -- que é formado em música pela USP (Universidade de São Paulo)-- conta com assistentes que o auxiliam nas negociações em diversas lojas de discos. No Brasil, onde atuou como sonoplasta em peças de teatro desde os anos 70, sempre foi procurado para doações de vinis.

Nos anos 90, a chegada do CD fez com que muitos se desfizessem de seus vinis, mas Zero ia na direção contrária e conseguia comprar LPs a preços cada vez mais baixos. Entre suas aquisições estão coleções que pertenceram a figuras como a atriz Eva Wilma, aos radialistas Paulo Santos e Walter "Pica-Pau" Silva, e a Murray Gershenz, um dos mais conhecidos colecionadores dos Estados Unidos, que morreu aos 91 anos em agosto do ano passado.

O próximo passo que fará valer a coleção do empresário em benefício de outros adoradores será o Emporium Musical, um futuro site que ele pretende abrir no ano que vem para a comercialização de algumas cópias repetidas de seu acervo. Na página, Zero também vai disponibilizar um serviço de digitalização gratuita por demanda, como forma de auxiliar a perpetuar alguns discos raros. "Aceitaremos pedidos pela internet de digitalização de todos os álbuns que já tivermos catalogado".

Dunga abandona lado ranzinza e adota 'versão light' em 1ª convocação


Longe dos habituais "confrontos" que costumava protagonizar nas entrevistas coletivas, Dunga voltou a mostrar um lado mais tranquilo. E a versão "light" do treinador parece ter alcançado seu objetivo.

A polêmica, como o treinador bem planejou, passou longe. E Dunga arranjou tempo até mesmo para distribuir alguns sorrisos, ainda que tímidos, para alguns jornalistas presentes na coletiva de anúncio dos convocados para os amistosos contra Colômbia e Equador, nos Estadoas Unidos, em setembro.

A convocação de corintianos, dos destaques do Cruzeiro e outros nomes já conhecido dominaram o noticiário da seleção. Não houve resmungos ou rebates violentos.

Outra preocupação de Dunga foi a de não criticar o trabalho na Copa. Repetindo sempre que não se deve falar em "terra arrasada" após a goleada por 7 a 1 sofrida para a Alemanha na semifinal, o treinador disse ter visto muitos aspectos positivos no time de Felipão.

"Nós temos qualidade e precisamos lembrar disso. Não se pode falar que tudo foi ruim. Temos dez jogadores da Copa aqui. E outros que não estão nessa lista e foram para a Copa podem voltar. Existe uma estrutura [técnica] e vamos manter parte disso. Vi muitos jogos e foi bacana".

Elogios a Neymar
Com um ar visivelmente mais light e evitando qualquer tipo de atrito ou nova polêmica, o técnico da seleção se preocupou em exaltar aquele que chamou de "referência". Até mesmo quando a pergunta não envolvia Neymar, Dunga falava sobre o seu agora homem de confiança.

"Neymar é uma referência do futebol brasileiro e mundial. E é também uma referência para os jovens. Ele tem que ser moleque na hora do drible, mas mostrar responsabilidade ao mesmo tempo. E ele tem feito muito bem isso", exaltou Dunga.

Na sequência, questionado sobre o que teria mudado de 2010, quando não convocou Neymar para o Mundial, para 2014, os elogios só aumentaram.

"Ele pegou gosto pelo gol. É muito mais eficiente, procura o gol, sabe o que fazer sempre. Está mais forte emocionalmente, fisicamente, tecnicamente. Os jogos internacionais serviram para isso. Além disso, está mais maduro. Deu até uma entrevista dizendo que precisa melhorar e crescer ainda. Mostrou humildade e vontade de trabalhar", disse, espantando qualquer resquício de polêmica que ainda pudesse existir com a principal estrela.

Como o horário eleitoral pode ajudar você a escolher seu candidato

Uma das ferramentas mais poderosas dos candidatos na busca por cargos políticos  teve estreia nesta terça-feira. O horário eleitoral gratuito terá duas edições diárias na televisão, de segunda a sábado. Os programas, produzidos pelos partidos, vão ao ar das 13h às 13h50min e das 20h30 às 21h20min.

Nas terças, quintas e sábados, aparecem os candidatos ao cargo de presidente da República — nos primeiros 25 minutos — e a deputado federal — nos 25 minutos restantes. Nas segundas, quartas e sextas, falam aqueles que pleiteam vagas de governador, deputado estadual ou distrital (com 20 minutos para cada cargo) e senador (que ocupam os últimos 10 minutos). No rádio, os horários são das 7h às 7h50min e das 12h às 12h50min, com a mesma divisão entre cargos.

Especialistas indicam que os discursos devem começar comedidos. Candidatos devem falar de suas trajetórias políticas , apresentar as principais propostas e indicar ao eleitor que rumo suas campanhas tomarão.
A morte de Eduardo Campos — que provavelmente será substituído por Marina Silva na candidatura à presidência — deve ser tratada com respeito e cuidado, mas pode ser usada politicamente, tanto para bem quanto para mal, como explica o professor de Ciências Sociais e coordenador do Centro Brasileiro de Pesquisas em Democracia da PUCRS Rafael Madeira:

— Não fazer nenhuma menção pode ser interpretado como uma desconsideração da tragédia e passar uma mensagem prejudicial. Mas mencionar tentando fazer ganho eleitoral pode ser visto como oportunismo.

Em meio a tanto marketing, técnicas cinematográficas, discursos complicados e promessas de todo tipo, o eleitor pode acabar se perdendo. ZH consultou cientistas políticos de três instituições de ensino para listar dicas que podem ajudar a usar o horário eleitoral como mais um fator na escolha do candidato. Confira:

1. Informe-se
Desde o primeiro momento das campanhas, vão ser muitas as promessas e as acusações. Com isso, é bem provável que você vá escutar exageros, distorções e até mesmo inverdades. Por outro lado, é provável que candidatos tentem esconder parte de suas vidas. Para se precaver das dissimulações, Madeira dá uma sugestão que parece óbvia, mas é considerada primordial:

— Quanto maior for o volume de informação, maior vai ser a capacidade de julgar as promessas, constrastar o que se diz com o que foi feito, o prometido com as posições que o candidato teve no passado. Quanto mais informação sobre os candidatos, os partidos, as coligações, melhor a condição de o eleitor não ser iludido.

2. Imagem (não) é tudo
Além da diferença nos tempos disponíveis para cada um dos candidatos, a qualidade visual de cada gravação também fica clara logo de início. Enquanto alguns candidatos apresentam vídeos de baixa qualidade, áudio ruim e pouca edição, outros mostram filmes que parecem saídos de Hollywood. Algo intrínseco da corrida eleitoral, isso pode confundir o eleitor, indica o cientista político e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fábio Wanderley Reis:

— Não tem remédio, nós vamos ter, sim, o trabalho de marketing, vamos ter teatro. As consequências disso são inevitáveis no processo eleitoral brasileiro. O fato é que a maioria do eleitorado é pouco atento, desinformado, pouco sofisticado politicamente, o que o torna passível de ser manipulado.

3. O ataque pode ser a melhor defesa — mas não basta
Nem só de propostas vive uma campanha política. Sempre houve, e é inevitável que haja, muito ataque. Principalmente entre Aécio Neves e Dilma Rousseff, essa guerra já começou. É do jogo, mas analistas apontam que só isso não é o suficiente. É preciso propor novidades:

— Não adianta só criticar, se eu não apresento motivos para o eleitor votar em mim. Essa fronteira tem que ser dada pelo julgamento individual do eleitor. Existe uma separação entre o discurso positivo, que propõe, e o da crítica abaixo da linha da cintura, que acontece principalmente nas redes sociais — diz Madeira.

4. Promessas milaborantes devem acender o sinal amarelo
Propostas novas e revolucionárias que podem melhorar a vida de todo mundo são sempre bem-vindas. Porém, é muito fácil cair em um conto da carochinha. O cientista político e coordenador das Ciências Sociais da Ulbra Paulo Moura aponta um exemplo:

— Eu lembro de um candidato que propunha um trem-bala entre Porto Alegre e o Litoral. Se nem o governo federal conseguiu fazer um trem entre São Paulo e Rio de Janeiro, que são as principais cidades do país, imagina um entre Porto Alegre e Capão da Canoa. Se o candidato vem com propostas mirabolantes de gastar bilhões em um estado que está com dificuldades financeiras, é evidente que não vai conseguir cumprir.

Outro exemplo importante são candidatos que apresentam propostas em áreas que não são exatamente responsabilidade daquelas para as quais se candidataram. Então, atenção quando um candidato a deputado federal falar de pedágios em estradas estaduais ou quando o candidato a presidente falar em policiamento. Eles têm pouca ou nenhuma força para mudar isso.

5. Se correr, o bicho pega
Não dá para fugir, no ano passado os protestos que tomaram conta do país deixaram bem claro: a população pediu por um sistema de saúde mais eficiente, educação de qualidade, maior segurança nas ruas. Serão essas, essencialmente, as diretrizes que devem pautar a corrida eleitoral de 2014. E é por isso que Moura alerta para tomar cuidado com candidatos que fugirem desses assuntos:

— Se o candidato é evasivo em relação a questões centrais, o eleitor deve ficar alerta. Se a sociedade está reivindicando melhoria do transporte, da educação, da saúde, é preciso que haja propostas nesse sentido.

6. Converse
O processo político se dá por meio de conversa. E na hora de votar não é diferente: os analistas destacam a importância de conversar com amigos, familiares e colegas sobre as posições e propostas debatidas no dia anterior.

— Caso não se sinta seguro, é legal conversar com outras pessoas, gente que se sinta em melhores condições de informar. Dá para eventualmente pesquisar mais detalhadamente na internet, também — sugere Paulo Moura.

Fonte: Jornal Zero Hora

Em foto com sorriso em velório de Campos, Marina lembra 'causos' do colega de chapa

Vítima de críticas nas mídias sociais pela sua postura em velório de Eduardo Campos no último domingo (17), Marina Silva (PSB) é vista em foto com um sorriso sereno, debruçada no caixão do ex-presidente do partido socialista. O motivo do "sorriso da Monalisa" próximo ao corpo teria sido uma conversa entre ela e a família Campos a respeito da memória de Eduardo, quando foi engatada uma conversa saudosa a respeito dos "causos" da campanha. Um desses é relacionado à expressão pernambucana "ingrisia", que significa o ato de ficar arranjando problema e fazer picuinhas entre as pessoas. A foto, tirada às 4h30 do domingo no Palácio de Campo das Princesas, era insinuada como se a mais provável política a ser anunciada pelo PSB para ser a nova candidata da sigla à Presidência não estivesse sofrendo com a perda do colega de chapa. 

Presidente do Vitória nega contato com Ronaldinho Gaúcho: 'Pura especulação'

O meia-atacante Ronaldinho Gaúcho foi apontado pela imprensa baiana como possível reforço do Vitória. No entanto, de acordo com Carlos Falcão, presidente do clube, não existe nenhuma negociação em andamento com o atleta.

“Pura especulação. O Vitória não teve contato nenhum com o representante do atleta ou ele próprio. Nem eu, nem Epifânio [Carneiro, vice presidente] e Marcos [Moura, diretor de futebol], tivemos contato. Desconheço esse assunto”, disse o dirigente, em entrevista ao Bahia Notícias.

Ronaldinho Gaúcho, de 34 anos, está sem clube desde que deixou o Atlético-MG no mês passado. Recentemente, ele teve seu nome ligado ao Santos e Palmeiras, mas as negociações não evoluíram.

Teste para tirar habilitação elimina um terço de alunos na Bahia

O sonho de tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) se tornou um pesadelo para a turismóloga Valdirene das Dores, 35 anos. Desde o ano passado, ela tenta passar no exame prático, mas já foi reprovada seis vezes.

O caso de Valdirene, que coleciona aulas extras em autoescola e tem que conviver com o nervosismo a cada novo exame, ilustra uma realidade para muitos baianos.

Dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran- BA) apontam que, entre janeiro e julho deste ano, um terço dos candidatos que fizeram o exame foi reprovado. No período, 231.470 pessoas fizeram os exames e 75.396 candidatos foram considerados inaptos, o que representa 32,6% do total.

As principais explicações para o alto número de reprovação - apontadas pelo Detran e Sindicato das Autoescolas (Sindauto) - são o nervosismo dos candidatos, pelo fato de estarem sendo avaliados, e o despreparo dos alunos e até de instrutores.

No entanto, especialistas acreditam que estas são explicações superficiais e apontam que o grande problema está no "deficiente" processo de formação de condutores em todo o País.

Estabilidade
Este índice tem se mantido estável desde o ano passado, quando a taxa de reprovados foi de 32,72% - 211.549 pessoas fizeram o teste e 69.231 foram consideradas inaptas.

"A maior dificuldade é o nervosismo. A cada vez que eu perdia, voltava ainda mais nervosa e insegura para fazer o exame", confessa Valdirene. Na última quinta-feira, ela fez o teste pela sétima vez e aguarda o resultado.

O assessor técnico da diretoria geral do Detran, major Genésio Luide, conta que o nervosismo apontado por Valdirene é o principal fator responsável pela reprovação dos candidatos.

"Na aula prática, é previsto que ele faça baliza, meia embreagem. É reproduzido tudo o que vai acontecer na avaliação. Mas ele não consegue fazer, justamente pelo estado emocional", explica.

Na manhã da última quinta-feira, o site A Tarde foi ao final de linha da Ribeira para acompanhar a realização das provas. Uma das principais reclamações é a longa fila de espera. Alguns candidatos chegam a esperar até 4h para fazerem a prova.

"O pior é ver que muitas pessoas saem do local chorando porque perderam. Cheguei aqui às 7h e só consegui fazer o exame às 11h. Isso aumenta a tensão", diz a técnica de enfermagem Elisângela Bastos, reprovada na baliza, primeiro teste do exame.

Genésio Luide conta que no local há uma sala de espera e que, por conta da grande quantidade de candidatos, a fila é inevitável.

Outra queixa de alunos é quanto ao despreparo de instrutores de centros de formação. "Alguns nem olham quando você está dirigindo. Eles só espera passar o tempo para a aula acabar", conta o estudante Pedro Souza, 21.

O presidente do Sindauto, Abelardo Filho, admite o problema, mas ressalta que os centros estão investindo na formação dos instrutores.

Para o administrador de condomínio Claudionor Nunes, 49, que já perdeu duas vezes no teste prático, os métodos de ensino são insuficientes e o exame é falho.

"As aulas não deixam ninguém apto a dirigir. No teste, se você encosta na baliza, é eliminado, não tem outra chance. Isso não é educação, é repressão", opina.

INFORMAÇÕES SOBRE O EXAME

Eliminatórios
Errar na baliza ou meia embreagem, andar sobre o meio-fio e desobedecer sinalização de parada obrigatória são as mais frequentes
Três pontos
Não parar para um pedestre e não observar as regras de ultrapassagem ou de mudança de sentido
Dois pontos
Entrar nas curvas em ponto neutro e usar o pedal da embreagem, antes de usar o pedal de freio nas frenagens
Um ponto
Dar partida ao veículo com o freio de mão puxado ou em ponto morto e apoiar o pé na embreagem com o veículo engrenado e em movimento
O candidato pode atingir no máximo três pontos.
Fonte: A Tarde

Lula ouve o aviso em forma de choro: até um bebê de colo acha que oportunismo tem limite


Os políticos presentes ao velório de Eduardo Campos cumprimentaram com sobriedade a viúva, sussurraram duas ou três palavras de consolo a algum parente que estivesse por perto e saíram do foco das câmeras. Os limites da circunspecção foram respeitados por todos ─ com uma única e previsível exceção. Lula, vaiado na chegada, não perdeu a chance de produzir uma imagem que sugerisse um alto grau de intimidade (que nunca existiu) com a família do morto.
Ao topar com Renata Campos, o palanque ambulante capturou o caçula Miguel, até então posto em sossego nos braços da mãe, e posou para os fotógrafos beijando a testa do garotinho de sete meses. O truque eleitoreiro resultaria numa cena e tanto se o pequeno coadjuvante não tivesse rasgado o roteiro: assim que foi levantado por Lula, Miguel caiu no choro. Até bebê de colo acha que oportunismo tem limite.Fonte:Coluna do Augusto Nunes(Veja)

Papa Francisco diz ter "dois ou três anos" de vida e que pode se aposentar


As declarações foram feitas a jornalistas que o acompanhavam no voo de volta da Coreia do Sul, onde o papa esteve por cinco dias. 
Ao ser questionado pelos repórteres sobre sua popularidade global, Francisco afirmou: "Vejo isso como uma generosidade do povo de Deus. Tento pensar nos meus pecados, nos meus erros e não ficar orgulhoso. Porque eu sei que durará pouco tempo. Dois ou três anos e irei para a casa do Pai".
Segundo Francisco, aposentar-se é uma possibilidade "mesmo que os teólogos não gostem dela".
"Bento 16 abriu a porta", acrescentou, lembrando seu predecessor, hoje papa emérito, que se aposentou em 2013 ao não se sentir mais apto a realizar suas funções. 
O papa Francisco afirmou que tem um "problema de nervos" que requer tratamento.
"Tenho de tratar-lhes bem, esses nervos, dar-lhes mate [chimarrão] todos os dias", brincou. (Com agências de notícias)

JN: Dilma mudou muito, e não deixou endereço

Com o passar dos anos, as pessoas mudam muito. Por exemplo: a Dilma que foi ao ar na noite desta segunda-feira no Jornal Nacional não tinha nada a ver com a Rousseff que prevaleceu na sucessão de 2010 como protótipo da eficiência gerencial. Em menos de quatro anos, a personagem perdeu o colorido e o discurso. Hoje, surpreende mais pelas perguntas que é obrigada a ouvir do que pelas respostas que não consegue dar.

Já na primeira pergunta, Willian Bonner pronunciou o vocábulo “corrupção” uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete vezes. No seu governo houve uma série de escândalos de corrupção, disse ele. Houve corrupção na pasta da Agricultura, corrupção nas Cidades, nos Esportes… Houve escândalo de corrupção na Saúde, nos Transportes… Houve corrupção no Turismo, no Trabalho… A Petrobras é alvo de duas CPIs.

Bonner, finalmente, indagou: qual é a dificuldade de se cercar de pessoas honestas, que lhe permitam formar uma equipe de governo honesta, que evite esta situação que nós vimos de repetidos casos de corrupção? Não há uma sensação no ar de que o PT descuida da questão da corrupção?

A Dilma de 2010, durona e irascível, talvez colocasse o inquiridor petulante para fora da biblioteca do Alvorada a pontapés. A Rousseff de 2014, treinada para suportar o insuportável, repetiu o mesmo lero-lero ensaiado que vem recitando na série de entrevistas e sabatinas que a campanha eleitoral lhe impõe.

No meu governo e no do presidente Lula, a Polícia Federal ganhou autonomia, ela respondeu. Nos nossos governos, o procurador-geral não é chamado de engavetador-geral da República. Criamos a CGU e a Lei de Acesso à Informação, blá, blá, blá…

Antes famosa por mandar para o olho da rua ministros pilhados em malfeitos, Dilma agora defende o lixo que varreu. Muitos daqueles que foram identificados pela mídia como praticantes de atos indevidos foram posteriormente inocentados, declarou, abstendo-se de dar pseudônimo aos bois.

E Bonner: em quatro casos de corrupção, a senhora trocou um ministro por alguém que era do mesmo partido e do mesmo grupo político. Isso não é trocar seis por meia dúzia? Nesse ponto, Dilma citou como evidência do apuro ético de sua administração o caso da chantagem do PR. Em troca de 1min15s de propaganda no rádio e na tevê, o partido do mensaleiro preso Valdemar Costa Neto exigiu a demissão do ministro Cesar Borges (Transportes).

Fui muito criticada por ter substituído o César Borges pelo Paulo Sérgio, declarou a presidente-candidata. Ora, o Paulo Sérgio foi meu ministro e foi ministro do presidente Lula. Quando saiu do ministério, ele ficou dentro do governo noutro cargo importante, que é da Empresa de Planejamento Logístico. O Cesar Borges o substituiu. Posteriormente, eu troquei o César Borges novamente pelo Paulo Sérgio. E o César Borges também ficou dentro do governo, na Secretaria de Portos. Os dois são pessoas que eu escolhi.

Mas não foi exigência do partido?, estranhou Bonner. Dilma enforcou-se com a própria corda: os partidos podem fazer exigências, ela consentiu. Mas eu só aceito quando considero que ambos são pessoas íntegras, competentes, com tradição na área. Troquei porque eu tinha confiança nessas pessoas. Hummm… O telespectador ficou sem entender porque Dilma entregou o escalpo de Cesar Borges ao PR, partido de notória reputação, se o considerava um ministro assim, digamos, irrepreensível.

Na sequência, Bonner esfregou, por assim dizer, o mensalão na face da anfitriã. Seu partido teve um grupo de elite de pessoas corruptas, declarou. Comprovadamente corruptas, enfatizou. Foram julgadas, condenadas e enviadas à prisão, voltou a realçar. Eram corruptos, insistiu. E o PT tratou esses condenados por corrupção como guerreiros, vítimas de injustiça. Isso não é ser condescendente com a corrupção?

A exemplo do que fizera noutras entrevistas, Dilma recorreu à desconversa: eu sou presidente da República, afirmou, como se desejasse convencer-se a si própria de sua condição privilegiada. Não faço nenhuma observação sobre julgamentos realizados pelo Supremo Tribunal Federal. Sabe por quê? Porque a Constituição exige que o presidente da República respeite a autonomia dos outros Poderes.

Mas a senhora condena o comportamento do PT?, insistiu o entrevistador. Eu tenho minhas opiniões pessoais, mas não julgo ações do Supremo, Dilma voltou a escorregar. Bonner insistiu: e quanto à ação do partido? Enquanto eu for presidente, não externo opinião a respeito de julgamento do Supremo, repetiu a entrevistada, como um disco de vinil arranhado.

Entre venenoso e generoso, Bonner ofereceu a Dilma uma derradeira oportunidade para distanciar sua presidência do escândalo que tisnou a gestão do padrinho-antecessor: mas candidata, a pergunta que eu lhe fiz foi sobre a postura do seu partido. Qual sua posição a respeito da postura do seu partido?

Mais lulodependente do que nunca, Dilma preferiu arrastar as correntes dos fantasmas alheios: não vou tomar nenhuma posição que me coloque em confronto com o STF, aceitando ou não. Eu respeito a decisão da Suprema Corte brasileira. Isso não é uma questão subjetiva. Para exercer a Presidência, eu tenho de fazer isso.

De duas, uma: ou Dilma concorda com Lula, que disse que o julgamento dos mensaleiros foi “80% político”, ou aprova as condenações e silencia apenas para não fazer a pose de um navio abandonando os ratos. O petismo não toleraria tamanha afronta.

Patrícia Poeta mudou de assunto. Corrupção não é o único problema, disse ela. A saúde continua sendo a maior preocupação dos brasileiros, segundo o Datafolha. Isso depois de 12 anos de governos do PT. Mais de uma década não foi tempo suficiente para colocar a saúde nos trilhos?

Convidada a fazer um balanço de três mandatos, Dilma falou do Mais Médicos, um programa improvisado em cima da perna, no ano passado, nas pegadas do ronco das ruas de junho. Nós enfrentamos um dos mais graves desafios que há na Saúde, a candidata afirmou. Nós tivemos uma atitude muito corajosa, ela acredita. Contratamos 14.462 médicos, incluindo os cubanos. Cinquenta milhões de brasileiros que não tinham atendimento médico passaram a ter.

A entrevistadora foi ao ponto: a senhora diria, então, diante dos nossos telespectadores, que enfrentam filas e filas nos hospitais, que muitas vezes são atendidos em macas e não conseguem fazer um exame de diagnóstico, que a situação da Saúde no nosso país é minimamente razoável depois de 12 anos de governos do PT?

Não, não acho, não acho, viu-se compelida a admitir Dilma, com a ênfase de três negativas. Quando se imaginava que ela serviria às câmeras uma autocrítica, a candidata dividiu as culpas com governadores e prefeitos. O Brasil precisa também de uma reforma federativa, porque há responsabilidades federais, estaduais e municipais, disse Dilma, antes de repisar a tese segundo a qual o Mais Médicos levou 50 milhões de brasileiros para o Éden da saúde.

Cutucada sobre a inflação alta e o PIB baixo, Dilma serviu o kit básico de desculpas: a crise internacional, o excesso de pessimismo e a perspectiva de melhorias neste segundo semestre. Convidada a utilizar os segundos finais da entrevista para enumerar seus planos para o segundo mandato, declarou o seguinte:

“Fui eleita para dar continuidade aos avanços do governo Lula. Ao mesmo tempo, nós preparamos o Brasil para um novo ciclo de crescimento. O Brasil moderno, mais inclusivo, mais produtivo, mais competitivo. Nós criamos as condições para o país dar um salto, colocando a educação no centro de tudo. E isso significa, Bonner, que nós queremos continuar a ser um país de classe média. Cada vez maior a participação da classe média, mais oportunidades para todos… Eu acredito no Brasil. Acho que, mais do que nunca, todos nós precisamos acreditar no Brasil e diminuir o pessimismo. E peço o voto dos telespectadores e…'' Acabou o tempo, interrompeu Bonner.

Restou a impressão de que, por mais que seus sucessivos entrevistadores tentem, Dilma nunca vai chorar pelo leite derramado durante o seu governo. O diabo é que os 35% de eleitores que a rejeitam parecem achar importante saber quem derramou o leite, por quê e em que circunstâncias… Até para que o fenômeno não se repita num eventual segundo mandato.

Dilma pede um voto de confiança. Mas um telespectador refratário à reeleição talvez pergunte aos seus botões: por que diabos eu deveria confiar uma bandeja com um copo de leite a uma presidente que se esquiva de explicar desastres que envergonhariam qualquer garçom de boteco? Aliás, se fossem repetidas num botequim, algumas das perguntas que soaram no Alvorada talvez terminassem numa troca de sopapos. Mas a Dilma de 2014 já não é a mesma Rousseff de 2010. Ela mudou muito. E não deixou endereço.Fonte:Blog de Josias.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Dilma é evasiva em questões polêmicas e entrevista vira palanque para governo

Candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, que busca a reeleição, concedeu uma entrevista tensa ao Jornal Nacional, na Rede Globo, na noite desta segunda-feira (18). A presidente se esquivou de questões polêmicas relacionadas à corrupção no seu governo, marcado por escândalos em diversos ministérios comandados por aliados e por duas CPIs relacionadas à administração da Petrobras.

"Não nos descuidamos da ética", afirmou Dilma antes de elencar diversas ações do seu governo de combate à corrupção, como a criação da Corregedoria Geral da União (CGU), da Lei de Acesso à Informação e do Portal da Transparência, além de liberdade para ações da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF). "Nem todas as denúncias resultaram em condenações. Muitos dos que foram identificados foram inocentados e algumas pessoas se afastaram por ser difícil resistir à pressão", alegou a petista ao defender os membros da sua cúpula envolvidos em sucessivos "mal feitos", como ela costumou batizar os deslizes de aliados. Dilma se recusou a responder ao questionamento sobre a permissividade do PT em relação aos membros do partido condenados no julgamento do mensalão e chegou a ter um leve desentendimento com seus entrevistadores. "Sou Presidente da República. Não julgo ações do Supremo, enquanto eu for presidente não externo opinião sobre isso. Não vou tomar posição que me coloque em conflito, isso não é uma questão subjetiva", declarou. Dilma também evitou confronto ao falar sobre a troca de ministérios, citando o caso do baiano César Borges, que era ministro dos Transportes e hoje é o titular da Secretaria dos Portos. "Os partidos podem fazer exigências, mas só aceito quando considero que ambos os envolvidos são íntegros, competentes e tem tradição na área. Se troquei é porque confio neles", defendeu-se. A presidente admitiu que a saúde é deficitária no país, mesmo após 12 anos contínuos do PT no poder. "O Brasil precisa de uma reforma federativa para dividir as responsabilidades federais, estaduais e municipais", afirmou, depois de esclarecer que há apenas um número mínimo de médicos para trabalhar no atendimento básico e que após o Programa Mais Médicos, 50 milhões de brasileiros foram contemplados. Quanto à economia, a postulante defendeu que seu governo foi o primeiro que enfrentou uma crise sem "arrochar o salário" dos contribuintes e que os índices antecedentes apontam uma melhoria no segundo semestre, além de queda na inflação. Dilma encerrou dizendo que foi eleita para dar continuidade aos avanços do governo Lula, e que "ao preparar o Brasil, criamos as condições para colocá-lo no centro de tudo". "Queremos continuar a ser um país de classe média", concluiu.

Gusttavo Lima levanta nova suspeita sobre parar de cantar

Não é de agora que Gusttavo Lima se mostra confuso com o andamento da sua carreira. Em 2013, o cantor chegou a declarar em uma das suas apresentações que poderia parar de cantar, mas voltou atrás na decisão. Pelo menos adiou.

Pois, recentemente Gusttavo publicou uma mensagem no mínimo estranha em um dos seus perfis nas redes sociais. Na postagem, o cantor ressalta o fim de um ciclo da sua vida, o que acabou preocupando seus fãs.

“Está acabando... Acabando um ciclo, uma era, uma fase da minha vida... Não terminou hoje, já terminou há uns tempos, mas a razão, ou falta dela, foi adiando esta decisão. Acabando. Está acabando porque tinha que acabar. Acabou porque quero que assim seja. Acabou, mas quero que fique este espaço, tal como está, com o que está... É uma recordação, um passado deixado para trás, um legado para quem quiser ver e tentar compreender... Trilharei um novo rumo, um novo caminho, uma nova jornada... Agradeço a todos os que por cá passaram, agradeço a todos os que me leram. Agradeço, mas desculpo-me, já que por vezes não correspondi da mesma forma ou ao mesmo nível. Uma vida pra se chamar de nova. Deus está aqui. Gusttavo Lima 2015”.

Com a grande repercussão e os diversos questionamentos dos seus seguidores, Gusttavo apagou a mensagem e deixou todos sem nenhum tipo de resposta.

Moradores de Itu usam água de córrego para se abastecer

Desesperados com a falta de água, moradores quebraram a laje de um córrego canalizado há muitos anos para se abastecer, em Itu, na região de Sorocaba (SP). A água retirada com baldes por um buraco aberto no cimento é usada para banho e lavagem de roupa.

O canal foi reaberto no Jardim Padre Bento, mas os principais usuários são moradores da Vila Ianni, que estão sem água há dez dias. A cidade enfrenta racionamento severo desde o início de fevereiro.

De acordo com os usuários, a água tem aparência limpa, mas não é usada para beber. O córrego nasce no terreno de uma fábrica desativada e foi canalizado ao transpor a área urbana. Moradores chegam a fazer fila para apanhar o líquido. A concessionária Águas de Itu informou que está retirando água de 40 poços particulares na tentativa de manter a população abastecida. A prefeitura mandará uma equipe inspecionar o local.

O Ministério Público Estadual recomendou à prefeitura a decretação de calamidade pública em razão da falta de água. A medida não havia sido adotada até esta segunda-feira, 18. De acordo com o MPE, existem 300 poços privados no município que devem ser usados para atender à população. No sábado, moradores com cartazes e baldes vazios fizeram um protesto contra a falta de água - interrompendo o trânsito nas ruas do centro da cidade.

Atividade humana causou a extinção de 322 animais nos últimos 500 anos

Segundo estudo publicado em uma edição especial da revista Science, nossa espécie provocou a extinção de 322 animais ao longo dos últimos 500 anos, sendo dois terços nos últimos dois séculos.

Muitos animais ainda correm o risco de desaparecer, e o ritmo de extinção de anfíbios e invertebrados preocupa os especialistas. O segundo grupo foi reduzido quase a metade, enquanto a população humana dobrou nos últimos 35 anos.

Ecologistas, zoólogos e outros cientistas acreditam que podemos chegar a um ponto irreversível em escala global se medidas urgentes não forem tomadas para reverter esse processo.

“Se as taxas atuais de crescimento continuarem a subir, a população humana chegará a 27 bilhões em 2100, o que é obviamente uma opção impensável e insustentável”, enfatiza o co-autor do estudo, Rodolfo Dirzo, professor de ciências ambientais da Universidade de Stanford.

Dirzo e seus colegas sugerem uma “redução da pegada humana per capita” por meio do desenvolvimento e implementação de tecnologias neutras em carbono, produção mais eficiente de alimentos e produtos, redução do consumo e do desperdício. Segundo os pesquisadores, também é essencial frear o crescimento da população humana.

Haldre Rogers e Josh Tewksbury, autores de outro artigo na mesma edição, acreditam que “os animais são importantes para as pessoas, mas em geral, são menos valorizados que alimentos, emprego, energia, dinheiro e desenvolvimento. Enquanto forem considerados irrelevantes para o atendimento dessas necessidades básicas, os animais selvagens sairão perdendo”, acrescentam.

No entanto, preservar os animais e a saúde dos ecossistemas aquece economias em escala global. Tewksbury, diretor da Instituto Luc Hoffmann do Fundo Mundial para a Natureza, destaca que a pesca na Bacia do Rio Mekong, no Sudeste Asiático, sustenta 60 milhões de pessoas. Rogers, pesquisador do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade de Rice, acrescenta que 73% dos visitantes da Namíbia são turistas ecológicos, e o dinheiro que movimentam responde por 14,2% do crescimento econômico do país.

“A observação de baleias na América Latina, sozinha, fatura mais de 275 milhões de dólares por ano”, exemplifica Tewksbury. “Diversos estudos demonstram que as tartarugas valem mais vivas do que mortas”. Nos Estados Unidos, a observação de tubarões rende 314 milhões de dólares por ano e gera 10 mil empregos diretos.

A saúde humana, a polinização, o controle de pragas, a qualidade da água, a disponibilidade de alimentos e outros fatores críticos também dependem da estabilidade do ecossistema, destacam os pesquisadores.

Um outro artigo publicado na última edição da Science descreve medidas controversas, que vão além dos esforços básicos de conservação: o retorno à vida selvagem, ou seja, a reinserção de espécies subrepresentadas na natureza; a remoção de espécies invasoras e a ressurreição de espécies já extintas, talvez a mais polêmica de todas.

“As implicações da ressurreição de espécies já são debatidas, e isso inclui o método de seleção dos melhores candidatos ao processo”, explica um dos autores do artigo, Philip Seddon. O zoólogo da Universidade de Otago afirma que os esforços de recuperação e reintrodução de espécies têm mostrado progressos.

“A águia-careca, o condor da Califórnia e o peru selvagem são grandes histórias de sucesso”, comenta Rogers, citando espécies quase extintas nos Estados Unidos cujas populações voltaram a crescer, graças a projetos de reprodução assistida.

Rogers e Tewksbury também estão trabalhando na ilha de Guam, onde a cobra-arbórea-marrom, uma espécie invasiva introduzida há 30 anos, praticamente dizimou os pássaros. Sem seus dispersores de sementes, as florestas foram prejudicadas, e os danos ambientais causaram prejuízos financeiros aos moradores.

No entanto, é um erro limitar o valor dos animais não-humanos a seu valor econômico, acreditam os pesquisadores. “Assim como as pinturas rupestres, que representam o surgimento da arte, e os ícones globais da cultura e do esporte, os animais selvagens fazem parte da nossa sociedade, e sob uma perspectiva evolucionária, devemos a eles quem somos hoje”, comenta Tewksbury. “Portanto, a perda desses animais em várias partes do mundo é uma perda para toda a humanidade”, conclui.Fonte:animalplanet.discoverybrasil.uol.com.br

Nome de Renata como vice de Marina é consenso no PSB; sigla espera resposta

As lideranças do PSB usam a cautela, mas não escondem o desejo de que a viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, aceite os pedidos para ser vice numa eventual chapa encabeçada por Marina Silva. Apesar de negarem a pressão, os socialistas tem discurso unânime de que ela seria a vice ideal para dar mais força à campanha.

Todas as lideranças do partido que passaram pelo velório e na reunião de partidos nesta segunda-feira (18), no Recife, deixaram claro que a decisão é exclusiva de Renata, que ainda não esclareceu se embarca ou não na disputa eleitoral.

A viúva de Campos é auditora do TCE-PE (Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco) e está cumprindo licença-maternidade --o quinto filho do casal, Miguel, nasceu em 28 de janeiro último-- oficialmente desde o dia 7 de abril deste ano.

Desta forma, Renata --que é filiada ao PSB desde 1991--, está apta para ser concorrer nas eleições deste ano, já que a legislação eleitoral determina que servidores públicos devem se afastar de suas funções com no mínimo três meses de antecedência caso desejem se candidatar.

Em seu primeiro pronunciamento desde a morte do marido --ela usou a tela de um celular para ler uma carta nesta segunda--,  Renata deu pistas de que vai se engajar na campanha, mas não sinalizou a possibilidade de ser candidata.

"Depois da tragédia, lembro que perguntaram: 'O que faremos?' Mantém tudo como ele queria! Como participei a vida toda, não terá diferença nessa", afirmou a viúva de Campos durante o encontro que reuniu lideranças locais dos 22 partidos que compõem a Frente Popular de Pernambuco, que apoiam o candidato Paulo Câmara (PSB) na disputa pelo governo de Pernambuco.

"Ela pode ser o que ela quiser. É bom para o partido, para o país, para Pernambuco. Agora não posso dizer nada antes de falar com ela e respeitá-la" disse Amaral, negando que tenha conversado com a viúva sobre política. "Ela tem uma família, um projeto, é uma mulher que supera as dificuldades, uma prova é essa reunião aqui".

Um dos nomes que foram cotados para assumir a posição de vice em uma chapa encabeçada por Marina é o de Maurício Rands, amigo de Campos e coordenador do programa de governo do então candidato do partido à Presidência. Rands, no entanto, também destacou que o nome de Renata seria ideal, sem espaço para disputas no partido contra ela.

"Ela foi coordenadora de programas vitoriosos como o Mãe Coruja, premiado na ONU, tem capacidade de gestão. Ela tem uma representação simbólica do projeto inaugurado por Eduardo para o Brasil. Ela seria uma excelente vice-presidente. Precisa ver a vontade dela. Não será fácil. Vai ter que ser mãe e pai de cinco filhos", afirmou o socialista em entrevista à Folha de S. Paulo.

O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque, também cotado para ser vice numa eventual chapa com Marina, disse à mesma "Folha", no sábado (18), que "se ela quiser, ela será candidata, não há dúvida"

Viúva evita falar de política, mas família da indicações que assunto não será ignorado
Segundo relatos de pessoas próximas à família, desde de que soube da morte do marido, Renata tem mantido a serenidade e evita falar de política. Mesmo assim, a família tem dado sinais cada vez mais claros de que a ligação com a política deve permanecer.

Uma das provas é que, na chegada do corpo ao velório, no Palácio do Campos das Princesas, Renata e os filhos estavam ladeados de Marina Silva. Amigos e parentes mais próximos ficaram atrás.

No cortejo até o cemitério, os filhos de Campos usaram camisas com frases de Campos. Faziam também gestos de 40, número do PSB. A todo instante, os filhos puxavam o grito de "Eduardo, guerreiro do povo brasileiro".

"Estou torcendo para que meu sobrinho João e Renata tenham mais protagonismo. Terei minha colaboração. A família sempre participou com ele, como participou com o meu avô", afirmou, neste domingo, o irmão do ex-governador, Antonio Campos.

Apesar disso, o irmão disse que a cunhada tem mostrado resistência a disputar a vaga porque deve priorizar a criação dos filhos. "Ela ainda resiste a esta ideia [de ser vice de Marina]. Mas, se ela decidir, tem o apoio da família", afirmou.

Pensionist​as serão incluídos no serviço de assistênci​a a Saúde dos servidores públicos do Município de Salvador

Pensionistas de Salvador voltarão a ser inclusos no serviço de assistência à saúde dos servidores ativos e inativos do Município de Salvador. Isto por conta de liminar proferida pela 5º Vara da Fazenda Pública por meio de Ação Civil Pública ingressada pelos defensores Berta Modesto, Felipe Noya e Gil Braga.
A liminar, concedida nesta quinta, 14 de agosto, determina o prazo de cinco dias para que o Município, por meio do Previs e do Hapvida, promova a inclusão dos pensionistas no serviçonas mesmas condições, cláusulas, cobertura, assistência, preço e forma de pagamento do contrato firmado entre o poder público municipal e a Hapvida.

O fato é que, segundo os termos da ação, os pensionistas - muitos deles idosos - foram excluídos do referido contrato, tendo o direito vetado pelo acordo. Conforme descrevem os defensores, após firmar o Termo de Credenciamento de Prestação de Serviços de Saúde Complementar e Assistência Odontológica, o Município do Salvador decidiu excluí-los, mesmo eles já sendo beneficiários na condição de segurados do Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Municipais prestado pelo Instituto de Previdência do Salvador.

"O Instituto de Previdência do Salvador interrompeu imediatamente a prestação do serviço de assistência à saúde aos pensionistas, que restaram totalmente desassistidos", explicou o defensor Felipe Noya. Os defensores autores da ação receberam vários deles em atendimento e decidiram ingressar com a Ação Civil Pública.

Atendendo aos pedidos formulados, o Poder Judiciário entendeu que não há justificativa plausível para a exclusão dos pensionistas da assistência médica do Município de Salvador outrora prestada pelo PREVIS, na medida em que tal vínculo se estabelecera desde o momento em que os interessados passaram a figurar como beneficiários do plano de previdência dos servidores municipais.

Os pensionistas beneficiados pela decisão devem aguardar que o Município seja intimado e que transcorra o prazo determinado pela Justiça (cinco dias), quando deverão se informar sobre a sua reinclusão diretamente com o Município, na sede da Previs, na Avenida Joana Angélica, nº 399. Edf. Fernando José Rocha, em Nazaré.

Em caso de descumprimento deverão voltar a procurar a Defensoria Pública do Estado da Bahia, na- Rua Arquimedes Gonçalves, nº 313, Jardim Baiano.Foto:Defensor Público-Gil Braga. Fonte: adepbahia.com.br

Joaquim Barbosa pode apoiar abertamente um dos candidatos à Presidência da República

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, foi apontado em junho como o segundo maior influenciador de votos do Brasil, atrás apenas do ex-presidente Lula. Neste domingo (17), ele admitiu que pode apoiar um candidato à Presidência da República nas eleições de outubro, de acordo com o colunista Lauro Jardim, da Veja. Barbosa teria afirmado que declararia voto “se [os petistas] transformarem minha vida num inferno”.Fonte:Bahia Noticias

Policiais civis paralisam atividades a partir de hoje


A partir das 8h desta segunda-feira (18), os policiais civis da Bahia paralisam as atividades por um período de 72 horas.

O aumento de homicídios de policiais em todo o Estado é uma das principais causas do protesto, assim como a falta de estrutura, a diferença salarial entre as carreiras, e também o atraso na publicação de um decreto que regulamenta as promoções de classe, que deveria ter acontecido em abril.

Outra reivindicação dos trabalhadores é uma alternativa aos altos índices de assédio moral e sobrecarga de trabalho por conta da falta de efetivo.
 
De acordo com informações do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SindPoc), cerca de 17 policiais - sendo três civis - foram mortos de janeiro a julho deste ano.

O protesto dos policiais está previsto para terminar na manhã do próximo dia 21. 

Wagner comenta crescente de Marina Silva em pesquisa

Durante a entrega da segunda etapa do Complexo Viário do Imbuí, ocorrida na manhã desta segunda-feira (18), o governador Jaques Wagner (PT) comentou o resultado da pesquisa divulgada pelo Instituto da Datafolha, que posiciona a candidata Marina Silva (Rede) em segundo lugar nas intenções de voto à Presidência da República.
Questionado sobre a crescente de Marina Silva após a morte do ex-governador pernambucano, Eduardo Campos, Jaques Wagner afirmou que é prematuro prever uma real intenção popular, mesmo considerando a força da candidata. "Acredito que a avaliação feita em cima do evento, ainda no calor do acontecimento, deixa muita margem à imprecisões. Acho que ainda estamos no calor da emoção". Ainda de acordo com Wagner, só será possível fazer uma avaliação concreta a partir do início dos propagandas eleitorais. O horário eleitoral no rádio e na TV começa a ser veiculado nesta terça-feira (19).Fonte:Bocão News

A segunda viuvez eleitoreira de Marina no velório e no sepultamento que acabou deixando de lado o decoro e se transformando em micareta eleitoral

Explico. Deixo textos fáceis para outros. Alinho-me com aqueles que preferem os difíceis, ainda que sob pena de desagradar a muitos, até mesmo a alguns leitores habituais. Não posso fazer nada. Penso o que penso. E meu único compromisso aqui no blog, na Folha ou na Jovem Pan é este: dizer o que penso. Vamos lá. De súbito, Eduardo Campos virou a versão masculina e brasileira de Inês de Castro, aquela “que, depois de ser morta, foi rainha”, na formulação imortal de Camões, em “Os Lusíadas”. Se tiverem curiosidade, pesquisem a respeito da personagem. As circunstâncias são outras, mas, nos dois casos, há uma espécie de coroação post mortem. Marina Silva, já apontei aqui, para a minha não supresa, fez-se a viúva profissional de mais um cadáver. Campos foi, sim, coroado rei. Morto no entanto, logo alguém se lembrou de dar vivas à nova rainha. Tudo bastante constrangedor para quem repudia a demagogia, o mau gosto e a exploração da morte como moeda eleitoral.

Vocês sabem que tratei aqui de modo muito decoroso — e não pretendo mudar a rota — a morte de Campos. Mesmo o comportamento da família me parecia correto a mais não poder. Havia dor genuína, mas também comedimento. Havia sofrimento, porém temperado pelo pudor. Afinal, morria o marido, o filho, o pai… Vi, bastante comovido, e comentei nesta página o vídeo que seus filhos fizeram em homenagem ao Dia dos Pais, tornado público três dias antes da tragédia. Renata, a viúva de verdade, preferia, então, o silêncio e, a despeito do aparato que a cerca, não vi partir dela nenhuma nota fora do tom. A cerimônia de sepultamento neste domingo, no entanto, fugiu, obviamente, ao controle. Assistimos ao enterro inequívoco de um político. E o que se via ali era muita gente organizada para fazer o cadáver procriar… votos.

Não me peçam para compactuar com isso. Achei justo e correto que se organizasse um velório público. Campos era um governante popular em sua terra e morreu de forma trágica. Mas pergunto: o que fazia aquela faixa no veículo do Corpo de Bombeiros com a declaração “Não vamos desistir do Brasil”, lema idêntico ao que se lia na camiseta de seus filhos, três deles desfilando sobre a viatura, com os punhos cerrados, numa manifestação inequivocamente política? Não! Eu não posso me desculpar por estar aqui a apontar a inadequação da manifestação se eles próprios não souberam separar, como seria o correto, o domínio da dor, que creio ser verdadeira, daquele em que se aloja a pregação eleitoral. Os fogos de artifício, então, não deixaram a menor dúvida de que o velório e sepultamento haviam se transformado numa micareta política. Lamentável. Como era o esperado, houve tempo para vaias à presidente da República e a seu antecessor, Lula, aos gritos de “Fora, Dilma!”, “Fora, PT!” e, é óbvio, “Marina Presidente!”.

Infelizmente, para a tristeza do Brasil, no sentido mais amplo da expressão, o Campos morto ganhou uma projeção que o vivo jamais conseguiu. E Marina, mais uma vez, se apresentou como a viúva de plantão. O PSB ainda não fez dela a candidata, mas é só uma questão de tempo. A já presidenciável teve cinco dias ininterruptos de horário eleitoral gratuito. E, com seu ar sempre pesaroso, magro, quase quebradiço — mas sem se esquecer de acenar de vez em quando e de deixar escapar furtivos sorrisos —, empertigou-se quando necessário para vestir o manto da fortaleza moral e se apresentar para a batalha.

Não foi, assim, então, quando se transformou numa espécie de viúva oficiosa de Chico Mendes? Até hoje há quem acredite que ela era uma seringueira dos pés descalços quando ele foi assassinado, em dezembro de 1988. Não! Ela já tinha sido eleita vereadora um mês antes e, àquela altura, já era militante do PT e da CUT. Tinha fundado com Mendes, em 1985, a central sindical no Acre. Mas ficou com o espólio político do cadáver, como fica, agora, com o de Campos. Rei morto, viúva posta. Em vez de “Brasil pra frente, Eduardo presidente”, o grito de guerra dos campistas, ouviu-se, então, no velório, “Brasil, pra frente! Marina presidente!”.

Não foi um dia feliz para o comedimento, para o decoro, para o bom gosto e para o bom senso. Que Deus tenha piedade do Brasil se os eleitores não tiverem!

Por Reinaldo Azevedo(Veja)

Datafolha: Marina empata com Aécio no 1º turno e com Dilma no 2º

A primeira pesquisa Datafolha realizada após a trágica morte de Eduardo Campos mostra Marina Silva, provável substituta do ex-governador de Pernambuco, com 21% das intenções de voto. A ex-senadora, que deve ter sua candidatura oficializada pelo PSB na próxima quarta-feira, aparece no levantamento divulgado nesta segunda pelo jornal Folha de S. Paulo em empate técnico com o tucano Aécio Neves, que tem 20%. A presidente Dilma Rousseff (PT) segue na frente, com 36% da preferência do eleitorado. Pastor Everaldo, do PSC, tem 3%.

Em relação à última pesquisa do instituto, divulgada em 17 de julho, Dilma e Aécio não oscilaram. Campos aparecia com 8% no levantamento. Marina, portanto, ganhou seus pontos em cima da redução do número de eleitores sem candidato. A taxa dos que votariam em branco ou em nulo caiu de 13% para 8%. Os eleitores indecisos passaram de 14% para 9%. Com a entrada de Marina na corrida, o segundo turno fica praticamente garantido. Agora, os rivais de Dilma somados possuem dez pontos porcentuais a mais do que a presidente: 46% a 36%.

Segundo turno – Marina Silva também apresenta bons resultados na projeção de segundo turno. De acordo com o Datafolha, em uma eventual disputa contra Dilma, a ex-senadora teria 47% contra 43% da presidente, resultado que está no limite de um empate técnico, considerando a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos da pesquisa. No cenário entre Dilma e Aécio, a petista abriu vantagem sobre o candidato do PSDB. Em 17 de julho, o placar marcava 44% contra 40% a favor da presidente. Agora, Dilma derrotaria Aécio por 47% a 39%.

A petista continua com a maior taxa de rejeição entre os candidatos: 34% dos entrevistados declararam que não votariam em Dilma. Para Aécio, este índice é de 18%. Marina começa a disputa com 11% de rejeição. O Datafolha ouviu 2.843 pessoas em 176 municípios, entre os dias 14 e 15 de agosto.Fonte:Veja

Neymar tem alta e pode jogar amistoso do Barcelona nesta 2ª

Neymar recebeu alta médica e está pronto para voltar a jogar pelo Barcelona. O atacante está liberado e pode até entrar em campo nesta segunda, quando o clube espanhol enfrenta o León pelo troféu Joan Gamper.

O brasileiro já havia retornado aos treinos do Barcelona e participado de atividades físicas nos últimos dias. Neymar está afastado dos gramados desde o jogo entre Brasil e Colômbia, pelas quartas de final da Copa do Mundo, quando sofreu uma fratura na vértebra após uma entrada dura de Zuñiga.

Para o jogo desta segunda contra a equipe mexicana no Camp Nou, o Barcelona também terá Xavi à disposição. O meia se recuperou de dores musculares e também foi liberado pelos médicos do clube espanhol. Tanto Xavi como Neymar participaram de um treino leve ao lado dos companheiros nesta manhã.

Quem também deve estar em campo é Luis Suárez. O atacante estreia com a camisa do Barça, após obter liberação para treinar e participar de amistosos pela equipe. O uruguaio foi suspenso por quatro meses pela mordida dada em Giorgio Chiellini, da Itália, durante partida da Copa do Mundo.

Barcelona e León se enfrentam nesta segunda-feira às 15h30 (horário de Brasília) no Camp Nou, com transmissão ao vivo do Sportv e acompanhamento do Placar UOL Esporte.

domingo, 17 de agosto de 2014

Para embalar no Brasileirão e se afastar do Z4, Vitória recebe a Chapecoense


Na tarde deste domingo (17), o Vitória recebe a Chapecoense, às 16h, no estádio Manoel Barradas em busca de um triunfo para embalar de vez no Campeonato Brasileiro e se afastar da zona de rebaixamento. O confronto é válido pela 15ª rodada da competição nacional.

Para a partida, o técnico Jorginho não terá o meia Luis Aguiar, punido por conta de uma briga em um treino nesta semana. Sendo assim, José Welison retorna ao time titular do Leão na vaga aberta pelo uruguaio. Por outro lado, o comandante rubro negro promoverá a estreia do zagueiro Roger Carvalho e contará com o retorno do volante Cáceres, que se recuperou de uma lesão.

Já o time catarinense terá três desfalques para o duelo. Rafael Lima recebeu o terceiro cartão amarelo e está suspenso. Enquanto isso Nenén teve um desconforto muscular e Neuton, com uma indisposição estomacal, também estão fora do confronto com o rubro negro baiano.

A arbitragem da partida fica por conta de Jean Pierre Gonçalves Lima (RS). O juiz será auxiliado por Cleriston Clay Barreto (SE)  e Carlos Henrique Selbach (RS), com Fabricio Neves Correa (RS) e Roger Goulart (RS) ficando ao lado das metas.

Ficha Técnica
Vitória x Chapecoense

Local: Barradão, em Salvador (BA)
Data: 17 de agosto de 2014, domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS)
Assistentes: Cleriston Clay Barreto (SE)  e Carlos Henrique Selbach (RS)

Vitória: Wilson; Ayrton, Roger Carvalho, Kadu e Euller; Adriano, José Welison, Cáceres e Marcinho; Caio e Dinei.
Técnico: Jorginho

Marina anuncia ao mundo que está sofrendo mais do que a viúva. Não dá!

Desculpem a crueza, mas não tenho paciência para mistificações. Leio na Folha a seguinte informação, de Mônica Bergamo. Prestem atenção. Volto em seguida.

A ex-senadora Marina Silva (PSB-AC) telefonou ontem para Renata Campos, viúva do ex-presidenciável Eduardo Campos.
Foi a primeira vez que as duas se falaram depois do acidente que matou o ex-governador.
A conversa durou mais de uma hora e foi bastante emotiva.
Renata contou à candidata como estava cuidando dos filhos e como os quatro mais velhos tinham reações distintas diante da tragédia.
Houve momentos de descontração em que as duas rememoraram episódios divertidos da campanha.
De acordo com relatos que Marina fez a interlocutores, a viúva estava serena e firme, a ponto de consolar a ex-senadora.
“Eu quero te agradecer por você me dar esse momento. Eu liguei para te confortar e, na verdade, quem me confortou foi você com a sua tranquilidade e a sua força. Você é muito corajosa”, teria dito Marina.
De acordo com testemunhas, as duas não conversaram sobre campanha eleitoral.Fonte:Reinaldo Azevedo(Veja)

Bolsa Família, o maior colégio eleitoral do Brasil

“Quem de vocês aqui gosta do Bolsa Família levanta a mão?”, brada ao microfone, do alto de um palanque improvisado, o senador Lobão Filho, candidato do PMDB ao governo do Maranhão, na pequena cidade de Barra do Corda (85.000 habitantes). A plateia reagiu imediatamente com os braços estendidos. O candidato continuou: “Isso me preocupa, porque os nossos adversários estão unidos a Aécio Neves, que já disse em todos os jornais e todas as emissoras de TV que é contra o Bolsa Família".

Filho do ministro Edison Lobão (Minas e Energia), que orbita o petismo como representante de José Sarney há anos, o candidato peemedebista convive com Aécio Neves no Senado. Os dois são colegas. O peemedebista sabe que o tucano nunca se opôs ao programa – pelo contrário, é de Aécio a proposta para transformar o programa em política permanente de Estado. Mas, nos grotões do Brasil, Lobão Filho utiliza um discurso convenientemente falso. Mesmo um candidato ligado à oligarquia recorre ao discurso de que os seus concorrentes são inimigos do povo por causa de uma oposição fictícia ao programa.

Nas últimas semanas, os candidatos a presidente (especialmente Dilma Rousseff) intensificaram as viagens a São Paulo para tentar conquistar a simpatia do eleitor paulista. A razão é óbvia: o Estado tem 32 milhões de votos, o maior número de eleitores entre as unidades da federação. Mas, na disputa deste ano, também está em jogo um "colégio eleitoral" muito mais poderoso – e leal: o dos beneficiados pelo Bolsa Família. São aproximadamente 40 milhões de eleitores, espalhados pelas 14,2 milhões de famílias que recebem o benefício. Esse grupo tende a votar na candidata petista com uma fidelidade incomparável. E, claro, essa arma é utilizada à exaustão Brasil afora, especialmente longe dos holofotes.

Neste ano, a Bahia foi a que mais recebeu repasses do governo federal no programa Bolsa Família: 1,36 bilhão de reais, segundo o Portal da Transparência do governo federal. As maiores cidades do estado são as principais beneficiárias: Salvador, com 113,8 milhões de reais neste ano, Feira de Santana, com 29,2 milhões de reais, e Vitória da Conquista, com 21,9 milhões de reais.

Há mais beneficiários do programa na Bahia do que em São Paulo, cuja população é três vezes vezes maior. Mais em Pernambuco do que em Minas Gerias. Mais no Maranhão do que no Rio de Janeiro. Isso ajuda a explicar por que o Nordeste se transformou em uma quase intransponível fortaleza eleitoral do petismo. Em 2014, até agora, o governo destinou 10,5 bilhões de reais ao programa.

Jailza Barbosa, 33, desempregada, moradora do bairro Cajazeiras, em Salvador, tem dois filhos, de 10 e 15 anos, e recebe 134 reais por mês. “O candidato em que eu vou votar é o do partido que me ajuda por causa do Bolsa Família. Não sei o nome dele, mas já estava com isso na cabeça. O programa é muito bom porque me ajuda e é a única renda que eu tenho hoje”, diz.

O número de beneficiários só tem aumentado: em 2004, eram 6,6 milhões de famílias atendidas. A elevação desde então foi de 215%, muito acima do crescimento vegetativo na população – e se deu num período em que, segundo o governo, dezenas de milhões de pesoas deixaram a pobreza. Os números ajudam a entender o que é fácil de constatar in loco.

Na cidade Central do Maranhão, onde Dilma teve 96% dos votos em 2010, é difícil encontrar alguém que saiba quais são os adversários da presidente Dilma Rousseff. E a razão principal para o apoio incondicional à petista, seja qual for o oponente, é apresentada pelos próprios eleitores. Como o lavrador Carlos Azevedo: “Para mim, a candidata é a Dilma. A gente tem medo de tirarem o Bolsa Família”, diz ele, ao lado da mulher, a dona-de-casa Marinete Viana. Ela diz ter visto na televisão a informação de que os adversários da presidente colocariam fim ao programa.

"Não me interessa saber quem são os outros candidatos", declara Claudilene Melo, que trabalha como doméstica mas também recebe o Bolsa Família.

O cenário eleitoral deve acentuar a importância do Bolsa Família para a candidatura de Dilma Rousseff. A trágica morte do candidato Eduardo Campos e a possível entrada de Marina Silva na disputa devem acentuar, por um lado, a vantagem de Dilma no Nordeste (onde Campos era mais popular) e, por outro lado, tirar votos da petista nas grandes cidades (onde Marina tem um eleitorado mais forte). Como consequência, a tendência é que o PT se encastele ainda mais no Nordeste, onde estão 52% dos beneficiados pelo Bolsa Família (a região tem apenas 27,7% da população brasileira).

"O governo vai se fiar nesses programas de transferência de renda, porque a gerência macroeconômica é débil, a inflação é crescente, o crescimento econômicio tem sido pífio", diz o professor Carlos Pereira, da Fundação Getúlio Vargas.

O efeito do Bolsa Família nas eleições de 2006 e 2010 foi objeto da análise de pesquisadores do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB). Conclusão: havia uma forte correlação entre o voto no PT e a participação no programa do governo.

Independentemente da postura dos adversários de Dilma Rousseff, a maior parte dos eleitores que recebem o Bolsa Família não arrisca apoiar aquilo que veem como uma aposta duvidosa. Para o jogo democrático, o efeito é desastroso. Se o único critério na escolha do candidato é o Bolsa Família, o eleitor vota sem levar em conta outros temas essenciais, como as políticas para saúde, segurança e o combate à corrupção. “É como se nós tivéssemos voltando para o século XIX, com os currais eleitorais fechados”, diz o professor José Matias-Pereira, da UnB.

Como o número de beneficiários do Bolsa Família cresce continuamente, é cada vez maior o contingente de eleitores que escolhe seu candidato presidencial apenas com base no receio de perder o pagamento mensal. “O coronel local está sendo substituído pelo coronel federal. Mas o padrão é o mesmo: o modelo patrimonialista onde indivíduo usa os bens do estado para se beneficiar politica ou em benefício próprio”, afirma o professor da UnB.Fonte:Veja

O adeus a Eduardo Campos

Começou às 2h deste domingo o velório do ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, seu assessor de imprensa, Carlos Augusto Leal Filho (Percol), e do fotógrafo da campanha, Alexandre Severo, vítimas de um acidente aéreo em sua chegada a Santos, na última quarta-feira. A cerimônia acontece no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, que foi preparado para receber um público estimado em 150 mil pessoas.

Candidata a vice-presidente na chapa do ex-governador Eduardo Campos, a ex-senadora Marina Silva deixou o velório no amanhecer deste domingo. Ela foi descansar e retornará para a missa campal prevista para as 10 horas da manhã. A família do candidato também descansa no Palácio.

O velório permaneceu aberto à população durante toda a noite. Orações organizadas por familiares do candidato do PSB e por admiradores dão o tom das cerimônias fúnebres neste domingo. O caixão com os restos mortais de Eduardo Campos foi coberto com as bandeiras do Brasil, de Pernambuco e do PSB, partido que o político presidiu.

Centenas de coroas de flores foram colocadas diante do palácio com condolências de autoridades. Em destaque estão as enviadas pelo ex-presidente Lula e pela ex-primeira dama, Marisa Letícia, e pelo governador de Pernambuco João Lyra Neto. Também enviaram flores à família de Eduardo Campos, entre outros, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, o novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, representações diplomáticas dos Estados Unidos, Canadá e Venezuela, os bancos Santander e Bradesco, e a diretoria do Santos futebol Clube.

Marina Silva se manteve o tempo todo ao lado da família Campos. A ex-senadora foi também acompanhada de suas três filhas: Moara, Shalom e Maiara, além de membros da Rede Sustentabilidade, como o deputado Walter Feldman e Pedro Ivo. Heloísa Helena, que disputa o Senado por Alagoas, pelo PSOL, também estava presente.

Durante a madrugada, nos fundos do Palácio, membros do partido mostraram forte comoção ao trocarem calorosos abraços, acompanhados de choro e suspiros. Estiveram presentes o atual presidente da sigla, o ex-ministro Roberto Amaral, o senador Rodrigo Rollemberg, o deputado Beto Albuquerque e Carlos Siqueira, secretário-geral.

Cortejo — O cortejo que levou os restos mortais de Eduardo Campos e de dois de seus assessores durou cerca de duas horas, percorrendo onze bairros do Recife. Os três filhos mais velhos do ex-governador, Maria Eduarda, João e Pedro, percorreram todo o trajeto no topo do caminhão do corpo de bombeiros, ao lado do caixão do pai. Os três vestiam camisetas amarelas com uma das últimas frases públicas de Campos: "Não vamos desistir do Brasil." Também repetiram um gesto indicando força ao levantarem o punho cerrado em riste. Renata, a viúva de Campos, acompanhou o cortejo na parte inferior com caminhão, levando o filho José.

Ao longo do caminho, moradores se dirigiam à rua, alguns com velas, ou bandeiras do Brasil e do Estado de Pernambuco. Em alguns locais, os caminhões foram recebidos com aplausos. Os restos mortais de Severo e (Percol) seguiram o cortejo em um segundo caminhão dos bombeiros. Ao chegar no local do velório, o Palácio do Campo das Princesas, os três foram recebidos pela cavalaria e novamente saudados com aplausos.

A população nos arredores da sede do governo entoou gritos de clamor como "Eduardo, guerreiro do povo brasileiro". Também foram cantados o hino nacional e de Pernambuco e tradicional música do Estado, "Madeirinha do Rosário", que foi mote da campanha de Campos ao governo do Estado depois que Ariano Suassuna, morto no fim de julho, cantou-a na propaganda de campanha.

Alguns dos participantes chegaram a pedir Justiça, sob a acusação de que Campos teria sido vítima de um assassinato. Além do ex-governador, o público saudou Marina Silva, provável substituta do pernambucano na chapa do PSB que disputa a Presidência. A viúva Renata também foi aclamada.Fonte:Veja