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quarta-feira, 24 de março de 2021

Oftalmologista fala sobre os riscos do uso excessivo de aparelhos eletrônicos para a visão

 

O uso de aparelhos eletrônicos, como computadores, tablets e smartphones é algo que faz parte da nossa rotina. E no último ano, com a pandemia, a presença de telas no dia a dia aumentou ainda mais. O trabalho para muitas pessoas passou a ser remoto, através do computador, as aulas presenciais tiveram que ser ofertadas online, além do uso constante das redes sociais.

Mas, passar tanto tempo assim em frente às telas pode trazer sérios riscos à saúde dos olhos, como explica a oftalmologista Fabiana Luna, que durante a pandemia viu crescer muito a procura de pacientes com sintomas relacionados à sensação de olhos secos, ressecamento, dores de cabeça, dentre outros problemas.


“Eu falo que as telas são como se fosse a doença da modernidade. Adulto, criança, todo mundo está utilizando dessa ferramenta para trabalho, para ensino, então a gente tem que ter algumas preocupações, porque elas podem sim fazer um esforço maior na visão”, afirmou a especialista ao Acorda Cidade.

Ela explica que o olho é semelhante a uma máquina fotográfica: quando você foca em algum objeto, ele se contrai e relaxa para poder enxergar. “Quando você faz alguma atividade de perto, o olho faz muito esforço pra poder focar objetos de perto. Ele contrai quando enxerga de perto e relaxa quando enxerga de longe. Existe um esforço maior, também por conta da luz que é emitida por esses equipamentos, que é a famosa luz azul, que a gente tanto fala na atualidade e que traz risco sim para a saúde ocular, tanto do adulto quanto da criança”, disse.


A oftalmologista destaca a importância de cuidar e regrar a quantidade de tempo que passamos em frente às telas dos computadores, tablets e smartphones. As queixas provenientes do uso excessivo desses equipamentos variam.

“O número de atendimentos com queixas aumentou demais tanto de crianças quanto adultos, pais preocupados com as crianças, os adultos com queixas de cansaço na visão, ardência, olhos ressecados, dor de cabeça ao final do dia. Desde que começou a pandemia a gente tem atendido uma quantidade grande de pacientes com essas queixas. Além dessas queixas de cansaço nos olhos, sensação de olhos secos, tem alguns estudos que estão sendo feitos sobre problemas na retina, comparando inclusive com a luz solar, pois é cientificamente provado que a luz solar causa uma degeneração na retina. Não é a única causa, mas um fator muito importante pra doenças degenerativas, e tem estudos também que comparam essa luz azul que é emitida por aparelhos eletrônicos, que também podem causar degeneração na retina e os sintomas de desconforto de olho seco”, informou a médica ao Acorda Cidade.

Mudança de hábitos

Como em muitos casos não é possível deixar de usar as telas com certa frequência, Fabiana Luna propõe aos pacientes uma mudança de hábitos.

“Tem gente que trabalha com o computador, mas o que a gente orienta é que você pisque mais vezes, porque cientificamente também é provado que as pessoas esquecem de piscar quando elas fazem alguma atividade de perto, pois ficam muito concentradas no que estão fazendo. Lembrar de piscar o olho, e a cada uma hora a gente pede pra essa pessoa dar um intervalo na atividade, nem que seja pra pegar uma água, levantar um pouco, e não pegar o celular, porque às vezes a gente usa o intervalo pra fazer uma pesquisa nas redes sociais. A gente pede que não se use esses aparelhos de perto, olhar pra longe, para o horizonte, tirar o foco da visão de perto e fechar os olhos por alguns segundos”, destacou.

Outras dicas dadas pela oftalmologista são as lentes de óculos que diminuem um pouco a intensidade do brilho do computador. Usar um monitor com alta resolução e utilizar lubrificantes recomendados pelo oftalmologista quando necessário.

“Se a pessoa tiver erro refracional, que é o grau dos óculos, isso também ajuda a dar um pouco mais de conforto. Outra coisa que a gente observa, principalmente em criança, é a distância que se coloca pra fazer a leitura. Eu vejo as crianças hoje em dia com os tablets e celulares colados no rosto e não dá pra ser assim. Tem que ter uma distância de pelo menos 35 a 40 centímetros do rosto para ser confortável em qualquer aparelho, tanto para adulto quanto para criança. A distância ideal de se fazer leitura é no mínimo 35 centímetros. E se a pessoa puder, evitar ficar muito tempo no computador. Com a pandemia está um pouco mais difícil. O ideal é fazer mais atividades ao ar livre, brincadeiras com as crianças, mas com a pandemia está um pouco restrito esse tipo de atividade, mas fazer atividades em casa mesmo, não só com o tablet”, ressaltou a médica.

Ainda de acordo com ela, além dos problemas visuais, há hoje em dia muitas crianças que sofrem com insônia, uma vez que os aparelhos eletrônicos também alteram o sono da criança. “A gente orienta que fique sem os aparelhos eletrônicos pelo menos duas horas antes de deitar. Com os adultos a gente vê problemas de postura, como tendinite, cervicalgia pela posição que fica durante o trabalho. Então a posição da tela tem que estar na altura da visão, tudo isso pra ficar com a posição confortável”, concluiu.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade