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segunda-feira, 30 de março de 2020

Em nota, 11 partidos dizem que vão à Justiça contra Bolsonaro


Onze diretórios de partidos (um, ainda em formação) no Distrito Federal se reuniram em caráter de urgência, por videoconferência, na tarde deste domingo (29), e soltaram uma nota conjunta “de repúdio” ao presidente Jair Bolsonaro, após o passeio do chefe do Executivo federal por várias regiões do DF pela manhã. No giro, que passou por Sudoeste, Ceilândia e Taguatinga, Bolsonaro reuniu grupos de pessoas em volta dele – de clientes de comércios a ambulantes –, atraindo série de críticas por não seguir orientação do Ministério da Saúde para que as pessoas evitem proximidade e aglomerações.

No texto, PSB, PT, PSol, PCdoB, Rede Sustentabilidade, Unidade Popular, Consulta Popular, PCB, PRC, PDT e PV afirmam que preparam “medidas judiciais” contra Bolsonaro, com o intuito de “salvaguardar vidas” na cidade.

“O presidente da República insiste em ir na contramão de todas as ações que têm sido tomadas por chefes de Estado de todo o mundo no enfrentamento à pandemia de Covid-19. O DF é, hoje, a terceira Unidade da Federação com o maior registro de casos. Assim, essa apologia ao descumprimento de orientações sanitárias pode fazer com que os números cresçam em nossa cidade e que cheguemos ao completo colapso do sistema de saúde. O discurso criminoso e irresponsável do presidente custará vidas, principalmente dos mais pobres, vulneráveis e moradores das periferias”, assinala o texto.

Mais cedo, ao chegar ao Palácio da Alvorada de volta do giro pela cidade, o presidente falou das críticas que já vinha recebendo por defender o fim da quarentena geral. “Quantas vezes um médico não segue o protocolo? Por que ele não segue? Porque tem que tomar uma decisão naquele momento. Eu mesmo, quando fui operado em Juiz de Fora [após ser esfaqueado], se fosse seguir todos os protocolos, fazer todos os exames, eu tinha morrido. O médico da Santa Casa resolveu e eu fui salvo por causa disso. Se ele tivesse seguido o protocolo, eu estaria morto, para a felicidade de alguns poucos no Brasil, tenho certeza disso. Seria o [Fernando] Haddad [candidato pelo PT] governando no Brasil agora, com aquela turma toda do PT, estaria uma maravilha o Brasil”, ironizou.

Bolsonaro também rebateu perguntas por estar desobedecendo o próprio Ministério da Saúde e declarações do vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), de que a “posição do governo é uma só”.

“O chefe que eu sou, eu tenho que assumir riscos, para o bem ou para o mal. Eu tenho que tomar decisões, eu não posso ficar em cima do muro e agindo politicamente correto. A nação afunda. E eu não vou me furtar de assumir posições. Eu vou pro meio do povo, quem me critica não vai. Duvido que vá, duvido”, afirmou.

Ampliação de serviços essenciais
Bolsonaro afirmou que pensa em editar um decreto tornando essencial toda atividade que sirva como meio de subsistência.

“Me deu a ideia agora e eu tô pensando em fazer um decreto desse, pra ver se cabe. Eu acho que é justo um decreto desse. Se o cara ali vai cortar grama, e se não cortar grama não tem dinheiro pra comprar o arroz, o feijão, o leite pras crianças, ele vai cortar grama, pô. Vai deixar a molecada morrer de fome, pô?”, questionou.

Apenas algumas modalidades de comércio estão autorizadas a funcionar, o que inclui supermercados, açougues, farmácias, petshops e padarias.

Veja a nota de repúdio na íntegra:

“Nós, partidos políticos que subscrevemos esta nota, vimos a público para repudiar a atitude do Presidente da República Jair Bolsonaro de ter feito visitas a feiras populares e comércios do Distrito Federal, incentivado a população a descumprir as medidas sanitárias decretadas localmente, orientadas pelo seu próprio Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Presidente da República insiste em ir na contramão de todas as ações que têm sido tomadas por chefes de Estado de todo o mundo no enfrentamento à pandemia do COVID-19. O DF é, hoje, a terceira Unidade da Federação com o maior registro de casos. Assim, essa apologia ao descumprimento de orientações sanitárias pode fazer com que os números cresçam em nossa cidade e que cheguemos ao completo colapso do sistema de saúde. O discurso criminoso e irresponsável do presidente custará vidas, principalmente dos mais pobres, vulneráveis e moradores das periferias.

É preciso frisar que não há dicotomia entre saúde e economia. Os países que melhor enfrentaram até o momento a crise do COVID-19 adotaram medidas de isolamento social, aumento no número de UTIs e realização de testes massivos em sua população, e o Estado atuou de forma a garantir o emprego e a renda das pessoas.

Por isso, estamos estudando medidas judiciais cabíveis contra a atitude do Presidente da República, no intuito de salvaguardar vidas em nossa cidade, bem como mobilizando-nos em diversas ações de natureza política. Momentos como o que estamos vivendo no Brasil, e em especial no Distrito Federal, materializam e reforçam ainda mais os elos de união das forças progressistas na defesa da vida e de uma sociedade livre, justa e solidária.”

Assinam a nota

PSB
PT
PSOL
PCdoB
Rede Sustentabilidade
Unidade Popular
Consulta Popular
PCB
PRC
PDT
PV.Fonte:Classe Politica