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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

John Lennon resistiu a assinar dissolução dos Beatles, diz ex-assistente

John Lennon não queria que o sonho acabasse. O fundador dos Beatles resistiu o quanto pôde antes de assinar o contrato de dissolução que determinou o fim oficial do grupo musical mais bem-sucedido da história, afirma May Pang, ex-assistente pessoal do músico. "John não queria assinar. No dia marcado para a reunião, ele enrolou até o último minuto e acabou decidindo não comparecer. Ele repetia 'não consigo assinar, eu simplesmente não consigo assinar'", contou May Pang, que está em Liverpool, cidade natal dos Beatles, por ocasião do festival International Beatleweek, que promove encontros e palestras com pessoas que fizeram parte da história da banda.

Em Londres, Paul refaz clássico dos Beatles com Dave Grohl
Apesar de o grupo ter se separado em 1970, a dissolução oficial só veio a acontecer em 1974, por causa de uma série de questões legais que ainda mantinham John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr atados uns aos outros. A reunião que deveria selar o divórcio oficial dos Beatles foi marcada para acontecer em Nova York. Harrison e McCartney viajaram da Inglaterra para os Estados Unidos, enquanto Starr assinou os papéis previamente e participou do encontro por telefone. Mas Lennon, que morava a poucos quarteirões do local escolhido para a reunião, acabou por não aparecer, o que enfureceu os antigos companheiros de banda.

"George estava possesso, porque ele tinha feito uma longa viagem para resolver a situação, e John preferiu não ir. Recebemos a ligação de um dos presentes ao encontro e ele disse que George repetia sem parar que nunca perdoaria John por não ter ido. Quando John nos perguntou a respeito do telefonema, dissemos a ele que George tinha sido compreensivo e até o tinha convidado para uma festa", lembrou a ex-assistente.
O contrato acabou por ser assinado somente no fim de dezembro daquele ano, quando Lennon estava com May Pang e o filho, Julian, na Disney. "Viajamos para as férias de fim de ano e um advogado nos levou os papéis. Foi uma situação surreal. Nós, na Disney, com aquela pilha de papéis com termos legais para ler e assinar", disse.
A trajetória dos Beatles

Anos iniciais
No verão de 1956, John Lennon forma a banda The Quarrymen com colegas de escola. Em julho de 1957, ele conhece Paul McCartney durante um show e o convida para fazer parte do grupo. Em fevereiro de 1958, George Harrison assiste a um show da banda por convite de Paul, seu amigo de escola, e entra para o grupo um mês depois. Em agosto de 1960, eles passam a se chamar The Beatles (beetle = besouro) por sugestão de Stuart Sutcliffe, amigo de John e então baixista do grupo, em homenagem a Buddy Holly and the Crickets (grilos). Começam temporada de shows em Hamburgo e no Cavern Club, em Liverpool, que duraria dois anos e seria essencial para a banda ganhar experiência em cima do palco – e fãs. Em 1961, por sugestão da noiva de Sutcliffe, a alemã Astrid Kirchherr, cortam o cabelo “tigelinha”.

Durante um dos shows no Cavern, a banda conhece Brian Epstein, dono de uma loja local de discos e colunista musical, que insistiu durante meses para que a banda o contratasse como empresário, o que aconteceu em janeiro de 1962. Em maio daquele ano, após serem rejeitados pela gravadora Decca, que acreditava que “o rock já era”, assinam contrato com a Parlophone. O produtor da gravadora, George Martin, reclama do baterista do grupo, Pete Best, e os Beatles contratam Ringo Starr, que então tocava em uma banda chamada Rory Storm and the Hurricanes – apesar disso, o produtor prefere contratar um baterista experiente, Andy White, para a gravação de Love Me Do – o primeiro single da banda – deixando Starr apenas no tamborim, em 6 de junho de 1962. Lançada em outubro de 1962, a música não fez grande sucesso, mas sua sucessora, Please Please Me, entrou para o topo das listas de mais tocadas no Reino Unido.

Em fevereiro de 1963, a banda entra em estúdio novamente em Abbey Road para gravar o álbum Please Please Me em apenas 9 horas e 45 minutos, em três sessões divididas ao longo do mesmo dia. A gravação foi apressada mais por falta de dinheiro da gravadora para pagar o estúdio do que por pressa – as três sessões custaram, na época, o que hoje equivale a cerca de 10.000 libras (30.000 reais). She Loves You, quarto single do grupo, lançado em agosto de 1963, vende mais rápido do que qualquer outra gravação já feita no Reino Unido na época. Em novembro daquele ano, a polícia britânica usa jatos de água para dispersar fãs histéricas em um show em Plymouth. Era o início da Beatlemania.

Sucesso nos EUA e novas influências
Se no Reino Unido os Beatles já despontam, em outros lugares do mundo ainda são quase desconhecidos. Mas para tentar resolver a questão, em dezembro de 1963, o empresário Brian Epstein convence a gravadora americana Capitol Records a lançar o single de I Want to Hold Your Hand, além de 50.000 dólares para fazer o marketing da banda nos Estados Unidos. O DJ Carrol James, da rádio WWDC, de Washington, também contribui para a conquista da América pelos Beatles e coloca a música para tocar na rádio. O esforço-tarefa dá certo e, no começo do ano seguinte, I Want to Hold Your Hand já é um hit e está no topo da lista da Billboard.

Era só o começo da jornada nos EUA. Em 7 de fevereiro, a banda deixa a cidade de Londres com fãs acenando para o avião e chega em Nova York recebida com igual entusiasmo pelos americanos. Nos dias 9 e 16, as apresentações dos Beatles no programa de televisão de Ed Sullivan são vistas por mais de 70 milhões de pessoas. Dos televisores para as salas de cinema, o grupo tem seu primeiro filme, Os Reis do Ié-Ié-Ié (A Hard Day’s Night), dirigido por Richard Lester e lançado em julho com a trilha sonora, o álbum A Hard Day’s Night. O diretor ainda faria Help!, o segundo longa da banda, em julho de 1965, que tem a música Yesterday em sua trilha sonora, a canção mais regravada de todos os tempos.

Em agosto de 1964, no Delmonico Hotel em Nova York, os Beatles conhecem o músico Bob Dylan por intermédio do jornalista americano Al Aronowitz, do New York Post. Dylan está então em evidência como o autor de canções como Blowin’ in the Wind e Masters of War, que se tornariam hinos a favor da liberdade e contra a Guerra do Vietnã, deflagrada em 1955. Durante o encontro informal, além de apresentar a banda à maconha, Dylan conquista a simpatia de John Lennon, inspirado pelo músico a escrever letras mais maduras, além do famoso iê-iê-iê.

A experiência dos Beatles com as drogas não se limita à maconha e, no início de 1965, durante um jantar entre amigos, o dentista John Riley coloca LSD no café de Lennon e George Harrison, a primeira, das muitas vezes, que os músicos usariam a substância. Em outubro, ao final da terceira turnê americana da banda, os rapazes conhecem Elvis Presley em sua casa, na Califórnia. Apesar de se encontrar com os Beatles apenas uma vez, o ícone do rock seria outra grande influência na música do grupo de Liverpool.

Mudança de rumo
Em dezembro, é lançado o sexto álbum de estúdio dos Beatles, Rubber Soul, conhecido como o momento crucial de amadurecimento da banda. As canções se tornam mais complexas, com letras poéticas e filosóficas como a de In My Life (Há lugares de que vou me lembrar/ por toda a vida, embora alguns tenham mudado/ alguns para sempre, não para melhor,/ alguns se foram, outros permanecem). Eles deixam de ser considerados rapazes que só sabem cantar o amor adolescente para figurar ao lado de Bob Dylan como os representantes de uma geração.

Mas a mudança não vem apenas nas letras das músicas: o som dos Beatles também apresenta ares de novidade com a cítara da canção Norwegian Wood (This Bird Has Flown) um acréscimo valioso de Harrison às clássicas guitarras e baixos da música pop. Em 1966, o beatle conhece Ravi Shankar, indiano mestre da cítara que acaba se tornando seu guru e professor do instrumento.

Uma controvérsia entraria na trajetória da banda em agosto de 1966, quando a revista americana Datebook, destinada ao público adolescente, publica uma entrevista que John Lennon havia concedido ao jornal britânico London Evening Standard em março do mesmo ano. Durante a conversa com a jornalista Maureen Cleave, Lennon declara que o cristianismo iria desaparecer. “O cristianismo vai sumir e encolher. Não é necessário discutir, estou certo e isso vai ser provado. Nós [os Beatles] somos mais populares do que Jesus agora”, diz. Para azar da banda, a publicação acontece apenas duas semanas antes de os músicos começarem uma turnê pelos Estados Unidos. John Lennon é ameaçado de morte antes de pedir desculpas em uma coletiva de imprensa, em Chicago.

A fama é dura
A euforia das fãs durante os shows, quem diria, se transforma em empecilho para os Beatles em agosto de 1966. Cansados de competir com os gritos nas apresentações – a banda chega a ter de comprar amplificadores mais potentes para que a música pudesse ser ouvida – eles se cansam da rotina e encerram a turnê no dia 29, em São Francisco. A alternativa para o tédio é apenas uma: entrar em estúdio novamente.

As experimentações, iniciadas quando George Harrison inclui a cítara em Norwegian Wood e ampliadas no disco Revolver, de 1966, ressurgem no novo álbum, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, frequentemente chamado apenas de Sgt. Pepper's. Com vontade de inovar em tudo, os músicos gravam canções com influências psicodélicas e clássicas e contam até mesmo com a participação de uma orquestra em A Day in the Life.

Quatro meses e 75.000 dólares depois, o álbum está pronto para ser lançado. Quando isso acontece, em junho de 1967, o disco vende oito milhões de cópias e fica quinze semanas em primeiro lugar na lista dos mais vendidos. A glória não para por aí e Sgt. Pepper's é considerado, em 2003, o melhor álbum da história pela revista Rolling Stone. Em 25 de junho, a banda apresenta o novo single All You Need Is Love no programa de televisão Our World, o primeiro a ter transmissão global ao vivo, que reúne artistas de dezenove países. A audiência é de 350 milhões de pessoas e a canção logo se transforma em um hino hippie.

Baque
Em agosto de 1967, o empresário da banda, Brian Epstein, morre de overdose acidental por excesso de pílulas para dormir em seu apartamento em Londres. Já sob a liderança de Paul McCartney, em dezembro do mesmo ano os Beatles fazem o filme Magical Mystery Tour, transmitido pela BBC, e cuja trilha sonora não difere muito das experimentações anteriores de Sgt. Pepper’s. Yellow Submarine, filme animado com os garotos como personagens, é considerado visualmente inovador para a época. Sem Epstein como mentor, a banda "elege" como guru o indiano Maharishi Mahesh Yogi, que depois percebem se tratar de um aproveitador, como todos os Beatles declararam mais tarde.

Cresciam as tensões na banda, devido a diferenças criativas -- foi nessa mesma época que Lennon foi criticado pelos colegas por levar a então namorada, Yoko Ono, para as gravações, quando a política da banda era de não envolver namoradas nas coisas da banda. Desse cenário, veio The Beatles (1968), conhecido como White Album (álbum branco). Embora hoje seja considerado um dos grandes discos da banda, na época a crítica não foi favorável.

Em julho de 1969, Lennon lançou a sua primeira música solo, Give Peace a Chance. Dois meses depois, ele anuncia sua saída da banda para os colegas, e só não o faz publicamente para não atrapalhar as gravações do disco Abbey Road, que seria lançado dias depois -- o anúncio público só foi feito em abril de 1970, um mês antes do lançamento de Let It Be, o último álbum do grupo, que na verdade havia sido gravado antes de Abbey Road. A banda acabou oficialmente no dia 29 de dezembro de 1974.

Caso - Além de assistente pessoal de John Lennon, May Pang teve um relacionamento amoroso de 18 meses com o astro, um período que ficou conhecido como o "Fim de semana perdido" do músico, em que ele se mudou de Nova York para Los Angeles. Segundo Pang, a relação foi proposta pela própria Yoko Ono, mulher de Lennon.

"Yoko entrou no meu escritório num dia pela manhã e disse que precisávamos conversar. Nós, os funcionários do casal, sabíamos que o relacionamento deles não estava bom, mas nunca falávamos sobre o assunto. Ela então me disse que eles não estavam mais se entendendo e que John começaria a ver outras pessoas. Foi nesse momento que ela sugeriu que ficássemos juntos, pois eu era solteira e seria uma boa companhia para ele", contou May Pang, que no começo resistiu à ideia.

"Eu trabalhava para eles havia quatro anos, não queria de maneira nenhuma fazer isso. E John também se assustou quando ficou sabendo da ideia. A gente passou a se evitar, porque não sabia como lidar com essa situação. Mas depois acabou acontecendo", afirmou.

Ainda de acordo com Pang, Lennon só voltou a morar com Yoko Ono porque ajudaria no seu processo para conseguir o 'green card' americano. "Nós estávamos para comprar uma casa juntos, mas Yoko ligou e disse que ele estava pronto para voltar para casa. Perguntei a John como ficaríamos e ele disse que nada mudaria, que seria apenas para ajudar no seu processo de imigração. Mesmo depois que ele e Yoko voltaram a morar juntos, nós continuamos a nos encontrar. Nos encontramos por vários anos, até 1980 (ano em que o músico foi assassinado)", afirmou ela.Fonte:Veja