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domingo, 28 de junho de 2015

Veja:Não é a primeira vez que Lula puxa o tapete de Dilma

No dia 4 de março, escrevi um post em que afirmava que Lula era o principal agente sabotador do governo Dilma. Voltei ao ponto no dia 27 de maio.

Leio em reportagem de Marina Dias, na Folha, que o Babalorixá de Banânia, em pessoa, estimulou José Múcio Monteiro, o ministro do TCU que é o relator das contas do governo Dilma, a cobrar explicações sobre as pedaladas fiscais. Múcio foi líder de Lula na Câmara e depois ministro das Relações Institucionais. Quando o ministro se manifestou sobre as manobras contábeis, muita gente estranhou. Houve até quem comentasse que o ex-conservador, convertido ao lulismo, já estava mudando de barco. Parece que a coisa não era bem assim.

Sim, é claro que as pedaladas existiram e que Dilma tem de se explicar. Mais: pedisse Lula a Múcio ou não que enroscasse com as contas, o ministro tinha o dever funcional de fazê-lo. Mas que tenha estimulado… Ah, meus caros, aí é sabotagem da brava mesmo.

Não é a primeira vez que ele puxa o tapete de Dilma, mas é, sim, a primeira que o faz por puro sentimento de vingança. Lula comandou a reação dos petistas ao ajuste fiscal e à terceirização e estimulou as alas sindicais do partido a votar pelo fim do fator previdenciário. Vá lá: ainda que estivesse sabotando Dilma, pode-se argumentar que ele estava tentando recuperar um pouco do espírito do velho petismo.

Nesse caso da pedalada, é diferente. O PT não ganha nada com isso. A sugestão não serve de grito de guerra a unir as esquerdas. Então pra quê? Ora, isso faz parte do esforço de se descolar do governo, procurando circunscrever as dificuldades de Dilma à sua própria gestão. Segundo informa a Folha, ao perceber que a questão tomou uma proporção muito maior do que um simples susto, Lula recuou. Mas o estrago já estava feito.

O Poderoso Chefão do petismo também estimula a formação de uma frente de esquerda. Neste sábado, reuniram-se em São Paulo partidários do PT, do PSOL e do PCdoB e representantes de movimento sociais. Segundo consta, trata-se de uma tentativa de articular uma reação ao suposto avanço de forças conservadoras no país. Na prática, é Lula tentando viabilizar a sua candidatura em 2018, descolado tanto quanto possível de Dilma — na hipótese, claro!, de que ela fique até o fim, coisa na qual muita gente não aposta.

Ora, criada tal frente, é claro que um dos alvos acabará sendo o próprio governo. Eis aí: o criador agora quer matar a sua criatura.

Por Reinaldo Azevedo(Veja)