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terça-feira, 24 de março de 2015

MPF-BA vai abrir inquérito para investigar Gladiadores do Altar, da Iurd


O MPF-BA (Ministério Público Federal na Bahia) informou que vai instaurar inquérito civil para apurar denúncias de intolerância religiosa protocoladas por representantes de religiões de matriz africana nesta segunda-feira (23). De forma conjunta, líderes religiosos entregaram o mesmo documento a sedes estaduais do MPF em outras 24 capitais brasileiras, pedindo uma investigação do grupo Gladiadores do Altar, da Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus), que teria caráter paramilitar.

Na "carta aberta às autoridades brasileiras" entregue aos MPFs, constam ainda documentos e vídeos que denunciam casos de intolerância religiosa e ataques às religiões de matriz africana. Ao receber o grupo, o procurador-chefe do MPF-BA, Pablo Barreto, afirmou ter determinado que a representação fosse protocolada imediatamente. "Nossa obrigação constitucional é proteger os pilares da integridade religiosa", declarou Barreto.

Até as 16h da tarde desta terça-feira (24), segundo a assessoria de comunicação da Procuradoria, o inquérito ainda não havia sido instaurado. Ainda de acordo com a assessoria do MPF baiano, caso outras Procuradorias do Brasil resolvam abrir investigar as denúncias, a representação pode ser unificada.

Entre as lideranças das religiões de matriz que participaram do ato em Salvador nesta segunda, estavam o coordenador do CEN (Coletivo de Entidades Negras), Luiz Paulo Bastos, o babalorixá Pecê de Oxumarê, Egboni Nice, do Terreiro da Casa Branca, Makota Valdina, líder comunitária e religiosa do Terreiro Angola Tanusi Junsara e Mãe Jaciara Ribeiro, do Ilê Axé Abassá de Ogum.

No Rio de Janeiro, cerca de 150 pessoas protestaram contra a intolerância religiosa em frente à sede do MPF. Durante o ato, o advogado que entregou a representação ao MPF-RJ justificou a iniciativa, em entrevista ao jornal "Folha de São Paulo":

"É uma postura paramilitar. Nós já sofremos preconceito de vários membros da Iurd, que destroem terreiros e perseguem pessoas das religiões afro nas ruas. Não vamos esperar um grupo de 6 mil homens, que se denomina como um 'exército', pegar em armas e agir contra a gente ou que um grupo fundamentalista cresça em nosso país", disse Luiz Fernandes Martins.

Gladiadores do Altar
De acordo com a Igreja Universal, 4.300 pessoas de até 26 anos participam do projeto Gladiadores do Altar, criado em janeiro deste ano com o objetivo de orientar e formar jovens "vocacionados para a propagação da Fé Cristã". Vídeos mostrando grupos de jovens uniformizados, marchando e batendo continência para pastores geraram polêmica. A mistura de religião e militarismo foi criticada nas redes sociais.

A Iurd desmente qualquer tipo de treinamento militar dos jovens. O projeto ganhou repercussão depois que o deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ) postou uma foto dos gladiadores em seu perfil do Instagram, com um texto no qual se diz chocado com a "milícia" que, segundo ele, vem sendo formada pelo "fundamentalismo religioso do país".

Diante da polêmica, a Universal removeu um vídeo do grupo de sua página no Facebook, que já tinha aproximadamente 1 milhão de visualizações.Fonte:Uol