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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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domingo, 21 de setembro de 2014

Samuel Celestino: Guerra no segundo turno


Com 37 pontos no Datafolha liberado na madrugada da sexta feira última contra 30 de Marina e 17 de Aécio Neves, ficou mais difícil para a candidata do PSB mudar o cenário nestes últimos dias de campanha em primeiro turno, embora nada seja impossível. Já Aécio terá que contar com a sorte e com um trabalho de campanha extenuante para ultrapassar Marina e chegar ao segundo turno – o que parece dificílimo e sem precedentes. Como esperado, será nesta segunda etapa que a presidência será decidida. Por ora, Marina está à frente de Dilma, mas em empate técnico, com dois pontos percentuais à frente.
 
A presidente colheu os frutos de uma campanha semelhante à utilizada por Collor contra Lula, lá nos idos de 1989, plantando mentiras e descendo o nível para um patamar que não se esperava que houvesse retorno, desta vez praticada pelo PT, o que absolve Fernando Collor. A presidente passou a tratar a política como de fato ela é: velhaca. Pelo menos é um reconhecimento, já sabido, em relação ao exercício político no Brasil, marcado basicamente pela corrupção.

É difícil, mas quase impossível, que a oponente de Dilma tire a vantagem que ela estabeleceu, de sete pontos percentuais, como também o é em relação a Neves, que está a 13 pontos distanciado de Marina. Existem probabilidades, sim, como tem acontecido em outros pleitos quando a definição do eleito se revela nos últimos dias antes das eleições. Mas não em primeiro turno, a não ser quando exista uma grande distância dos dois candidatos que se põem à frente e os demais. Nesta eleição, o(a) presidente somente será conhecido no segundo turno, quando a realidade pode mudar, em razão de diversos aspectos.

O primeiro deles é que o confronto será entre dois adversários, que terão tempos iguais para se manifestar na televisão, quebrando o diferencial que ora se observa entre Dilma e Marina, a primeira com 11 minutos e, a segunda, com dois, apenas. Isso deu margem a Rousseff  utilizar o recurso do ataque, dificultando a defesa de Marina Silva. Na segunda etapa, ambas com 10 minutos, estabelecem-se o equilíbrio; os candidatos se igualam no tempo o que facilita, ainda, os debates nas emissoras de tevê, criando um clima de emoção. Estarão frente a frente, com maiores possibilidades de explanar o que pretendem fazer se eleita e até se engalfinharem nos momentos mais nervosos e provocativos.

Ademais, surge outra questão de peso: os candidatos do primeiro turno que não ultrapassarem para o segundo terão que orientar seus votos, seus eleitores, para um dos candidatos, realizando um pacto de apoio. No caso específico de um segundo turno entre Dilma e Marina, à primeira vista a socialista ficará em vantagem que já aparece no Datafolha, com dois pontos à frente, o que, por ser insignificante, denota um empate técnico.

No caso específico, há um conflito tradicional entre o PT e o PSDB, o que leva a crer que Aécio Neves tenderá, se ele ficar no caminho, transferir os seus votos para Marina Silva e não para Rousseff. Trata-se de uma suposição a partir do histórico entre os dois partidos, adversários por excelência, cuja decisão não dependerá exclusivamente de Aécio, mas da direção do partido tucano.

Numa campanha como a de agora, onde há três candidatos de destaque e os demais ficam na parte de baixo, integrantes de partidos pequenos, portanto sem possibilidade de exercer transferência de votos, valerão as legendas que ficarem na ponta, transferindo-se ao PSDB a condição de auxiliar de uma candidatura.

Por último, outro fator de peso: as denúncias que vazam a partir do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Ainda no fim de semana ele trouxe ao público outra bomba, que atinge os governos Lula e Dilma, a presidente também na condição de presidente do conselho da estatal. Disse ele que na negociação de compra da refinaria de Pasadena, no Texas, houve distribuição de propinas entre os diretores. Como se fosse uma espécie de quebra do pote da antiga brincadeira infantil da cabra-cega.

O próprio Paulo Roberto disse que recebeu propina de R$ 1,5 milhão. Outros nomes não vieram a público, mas é certo que houve denúncias de diretores e outros personagens na corrupção da compra da refinaria. Até o final do segundo turno, novas denúncias podem chegar à superfície o que, fatalmente, causará impacto no segundo turno. Como sempre ocorre.Fonte:Atarde