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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Pacientes com transtornos mentais enfrentam dificuldades para receber atendimento

Cerca de 400 pacientes com transtornos mentais ou com problemas neurológicos estão enfrentando dificuldades para receber atendimento ambulatorial em Feira de Santana. O Hospital Psiquiátrico Lopes Rodrigues vem tentando regular esses pacientes para os serviços de prefeituras municipais e de entidades que não têm estrutura para atender a demanda.

Em Feira de Santana, alguns desses pacientes já estão procurando a Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) para receber atendimento. Mas, segundo a diretora, Meire Portugal, a entidade não tem como absorver essa demanda.

“Essas famílias buscam a Apae tentando dar continuidade ao tratamento, mas a Apae é uma instituição superlotada. Todas as pessoas da região são atendidas aqui. A gente não tem mais espaço físico e nem pessoal para atender novas pessoas que vêm de lá. A gente quer esclarecer para a comunidade que não temos condições de atendê-los”, afirmou.

Meire Portugal disse que já falou com o pessoal da Secretaria de Saúde e com o pessoal do Hospital Lopes Rodrigues, para que esses pacientes não sejam encaminhados para a Apae, para não gerar uma expectativa na família.

A rede Caps - Centro de Assistência Psicossocial da Prefeitura de Feira de Santana- também não tem como atender essa demanda encaminhada pelo Hospital Lopes Rodrigues. É o que afirma a coordenadora da rede, Robervânia Cunha.

“Desde o final do ano passado, estamos recebendo pessoas que não tem perfil para o Caps. Trabalhamos com transtorno mental severo, persistente e moderado e estão chegando pessoas com problemas neurológicos, com deficiência mental, que não é a nossa clientela. Além disso, tem pessoas que estão com receitas para pegar remédios, sem que tenham sido avaliadas por médicos da rede Caps. Isso não pode ocorrer, pois não temos o histórico do paciente”, explicou.

Robervânia Cunha explicou que o internamento no Caps é feito apenas para pessoas matriculadas na rede, que segundo ela, são cerca de 20 mil. “Temos apenas um Caps 3 com cinco leitos com internação para até 10 dias. Os outros dois Caps que temos estão sendo requalificados para o Caps 3. Teremos então 15 leitos”, informou.

Ela afirmou que as residências terapêuticas não serão ampliadas. “Não podemos atender esses pacientes, pois estão cronificados no hospital. A residência terapêutica é um serviço de reinserção social. Essas pessoas precisam ter um mínimo de autonomia para gerir a própria vida dentro da comunidade. Não vamos criar minihospitais em residências dentro de Feira de Santana”, destacou.

A coordenadora da rede disse, ainda, que nesse momento a rede Caps está sendo reestruturada junto à atenção básica, pois os casos leves serão encaminhados para a atenção básica. “Para isso estamos montando uma capacitação, mas não temos contra-partida nenhuma do estado. O número de pacientes que eles dizem que vão mandar nós iremos absorver, mas com dificuldade. Eles vão ter que respeitar o prazo que daremos”.

A diretora do Hospital Lopes Rodrigues, Iraci Leite, informa que o ambulatório do hospital vai fechar e confirma que os pacientes estão sendo encaminhados para tratamento em serviços de saúde das prefeituras. Ela explica o que está mudando no atendimento psiquiátrico.

“Essa situação não é de agora e sim desde 2010. Com a reforma psiquiátrica, começou a se fazer a desospitalização. Primeiro de forma lenta e agora está sendo acentuada. O hospital Lopes Rodrigues, especializado em psiquiatria, não vai fechar as portas, o que estamos fazendo é desospitalizando, tirando pacientes daqui para os municípios onde tem residência terapêutica e pacientes que eram atendidos aqui no laboratório. Então o que vai mudar é o perfil. Deixa de ser um hospital com atendimento de ambulatório, internamento e emergência para ser só especializado com emergência 24 horas, que será ampliada, e internamentos em casos agudos”, disse.

Iraci afirmou que o atendimento ambulatorial não é função mais do Hospital Psiquiátrico Lopes Rodrigues. “Estamos referenciando os pacientes para os municípios de forma organizada, ética, consciente e discutida com esses municípios. O ambulatório infantil e adulto funcionará da seguinte forma: o paciente chega aqui, é atendido, a gente dá a medicação até para mais de um mês para que ele tenha suporte até que o município se prepare para recebê-lo”.Fonte:Acorda Cidade