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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

“Eu escolho o restaurante que for porque eu pago a minha conta”, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff rebateu nesta terça-feira, 28, as críticas à sua agenda secreta em Lisboa, entre sábado, 25, e a manhã de domingo, 26, quando realizou uma parada técnica na capital portuguesa durante a qual se hospedou no hotel Ritz e jantou no badalado restaurante Eleven. “Eu escolho o restaurante que for porque eu pago a minha conta”, afirmou Dilma, em entrevista coletiva em Cuba. “Não há a menor condição de eu usar o cartão corporativo e misturar o que é consumo privado e público”. Questionada se o fato de a agenda ter sido revelada não afeta sua imagem de austeridade, Dilma respondeu que já se acostumou com notícias negativas. “Cheguei a um ponto em que o couro ficou duro”, disse ela.

Dilma estava na Suíça participando do Fórum Econômico Mundial desde quinta-feira passada, diz 23. No sábado, sua agenda dava conta da viagem à Cuba, onde participaria do II Cúpula da Comunidade de Estados Latino Americanos e Caribenho. O jornal o Estado de S. Paulo descobriu, porém, que a presidente e uma comitiva de 45 pessoas parou em Lisboa sem avisar. A explicação foi que se tratava de uma parada técnica necessária para abastecer o avião. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, ela foi decidida de última hora. O governo português e o chef do restaurante onde Dilma jantou, porém, disseram que tinham sido avisados da visita presidencial já na quinta-feira.

A polêmica levou o PSDB, partido de oposição a Dilma, a entrar nesta terça com uma representação na Procuradoria-Geral da República para que a passagem pela capital portuguesa seja investigada, assim como os gastos públicos envolvidos no episódio. Além do Ritz, onde a suíte em que a presidente ficou tem diária de R$$ 26 mil no preço de tabela, a comitiva de 45 pessoas também ocupou quartos no Tívoli. Dilma afirmou na entrevista que é uma “exigência” dela que todos os ministros que a acompanham na comitiva paguem sua conta.

Disse que já houve até um “caso chato”, como em um de seus aniversários, quando ela foi em um restaurante em Moscou e uma pessoa da comitiva se assustou com o valor da conta, mas desembolsou o dinheiro. “No meu aniversário eu também paguei. Tinha gente que estava acostumada que o pagamento seria do governo”, disse a presidente, irônica. “É que tem gente que acha esquisito uma presidente dividir a conta. Acho isso extremamente democrático e republicano”, completou. Dilma reafirmou a versão já dada por seu chanceler segundo a qual a parada técnica era obrigatória, já que o avião presidencial, conhecido como Aerolula, um Airbus A319 comprado na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, não tem autonomia para fazer a viagem entre a Suíça e Cuba, Segundo Figueiredo, havia duas possibilidades para uma parada técnica, em Lisboa e em Boston, nos Estados Unidos.

Por causa do mal tempo, a Aeronáutica optou, segundo o ministro, pela capital portuguesa. Dilma aproveitou para dizer que o avião presidencial brasileiro tem o mesmo problema de autonomia do que os aviões presidenciais de México e Argentina. O governo diz que não há plano de comprar uma aeronave com maior autonomia de voo. Antes de Dilma dar entrevista, seus auxiliares argumentaram que a Aeronáutica sempre estuda os lugares onde o avião presidencial pode fazer escalas técnicas e considera normais os contatos prévios com embaixadas e até mesmo para reservas de hotéis e restaurantes. “Não tem nada ilegal ou irregular com a viagem”, afirmou a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas.

Paradas técnicas
Além da polêmica parada em Lisboa, Dilma já teve paradas técnicas que não constavam de sua agenda de viagens internacionais. Foram passagens sem divulgação por Granada e Marrakech. Em março de 2012, a presidente fez uma escala sigilosa em Granada, na Espanha, antes de chegar a Nova Délhi, na Índia, para participar da Cúpula do Brics. A agenda oficial de 25 de março informava que a presidente estava de partida para a Índia, mas a chegada à Nova Délhi só apareceu na agenda do dia 27 de março. A página oficial da Presidência não registra a agenda do dia 26.

Nesse intervalo, Dilma foi a Granada, caminhou ao lado de turistas na rua e visitou o Palácio de Alhambra, acompanhada do ministro da Educação, Aloizio Mercadante e do então chanceler Antonio Patriota. No 15 de dezembro de 2012 a presidente incluiu no roteiro, mas sem avisar a imprensa, uma parada em Marrakech, no Marrocos, no meio de uma viagem entre Moscou e Fortaleza. A presidente estava acompanha da filha, Paula. Visitou a Medina, caminhou por uma praça central e encerrou a visita em um hotel de luxo, onde recebeu um chá tradicional de boas-vindas.