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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

'Ela tentava me tranquilizar, e eu, a ela", diz gari atropelado por estudante de medicina na Pituba

Em casa, na Estrada das Barreiras, desde o meio-dia desta segunda (17), o gari Raimundo Souza, 37, atropelado pela estudante de Medicina Samya Rodrigues Cordeiro dos Santos, 25 anos, disse que estava no chão com mais três colegas quando avistou o carro, pela primeira vez, a cerca de 30 metros. Da segunda vez, contou, o carro já estava em cima dele. Ele lembra que foi atingido duas vezes pelo carro e, antes da terceira, foi salvo pelo colega.

“Foi um momento que marcou a vida dela e a minha. Ela tentando me tranquilizar e eu, a ela. Ela me disse: ‘pôxa o que eu te fiz?’”, disse, emocionado, sobre o momento em que Samya se aproximou dele após o acidente. “Não posso julgar, mas pode ser que ela tenha cochilado. Não percebi sinal de que ela tenha bebido”. Ele afirmou que o caminhão estava parado e que, ao contrário do que disse Samya, não freou de forma da brusca.

Energético em festa

A estudante já estava com habilitação vencida desde outubro. Ela se apresentou nesta segunda (20) na 16ª Delegacia (Pituba) e confirmou que retornava de uma festa no Wet’n Wild, mas afirmou em depoimento que não havia ingerido bebida alcóolica antes do acidente. Raimundo foi imprensado no caminhão pelo Polo que Samya dirigia, às 5h30, e teve a perna esquerda amputada.

Ele recebeu alta ontem do Hospital Tereza de Lisieux. Segundo o delegado Nilton Tormes, da 16ª Delegacia , Samya deu entrada na renovação da habilitação no dia 13 deste mês. “Mas o protocolo não habilita o condutor a dirigir”, disse o delegado. Samya responderá em liberdade por conduzir veículo sem a devida permissão e lesão corporal grave.  Ela foi interrogada e liberada em seguida.

“Ela disse que apenas bebeu água e energético e que antes do acidente, parou numa lanchonete na Pituba”, afirmou o delegado. Aluna da FTC, Samya deixou a delegacia por volta das 11h, depois de uma hora de depoimento, e não falou com a imprensa. O advogado e irmão dela, Flávio Rodrigues Cordeiro, informou que marcará uma coletiva para explicar a versão da irmã.

Atropelamento

De acordo com Tormes, Samya relatou que voltava para casa, no seu  Polo (NYZ-5458), com sua irmã Bárbara, e no início da Rua Carmen Miranda, aguardou por 10 minutos o fim da coleta de lixo. Depois da coleta, os garis seguiram pendurados no compactador do caminhão. Samya não lembrou em que velocidade estava, mas disse que a suficiente para se manter atrás do caminhão de lixo.

“E então, ela arrancou o carro, mas já no final da ladeira o caminhão de lixo parou bruscamente e um dos garis pulou para pegar uma lata de lixo que faltava”, relatou o delegado. Nesse momento, Samya disse que levou um susto. “Ela disse que com isso acabou freando sem acionar a embreagem e não conseguiu parar o carro,  que foi projetado por causa do tranco”, disse o delegado.

De acordo com as testemunhas, Raimundo foi atropelado pelo Polo desgovernado e em seguida imprensado pelo mesmo veículo no fundo do caminhão de lixo. “Ela disse não lembrar se atingiu a vítima mais de uma vez, mas a irmã, Bárbara, confirmou”, complementou o delegado, completando que Samya prestou assistência à vítima.  “Ela prestou toda a assistência necessária à vítima”. O delegado disse ainda que vai analisar as versões dos garis.