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domingo, 28 de julho de 2013

Brincadeiras de criança: veja como lidar com essa nova geração de "filhos.com"


Pega-pega, amarelinha, sete pedrinhas, pique-esconde, pular corda, telefone sem fio, etc. são brincadeiras pouco vistas entre as crianças desta nova geração.

Com a tecnologia avançando cada vez mais, os joguinhos virtuais acabaram ganhando um grande espaço na hora de entreter a criançada, e os antigos métodos mais interativos de brincar foram perdendo o seu valor.

Alguns pais acham que a violência diária está tão grande que preferem deixar os filhos brincando dentro de casa com os jogos virtuais a ter que ir às ruas brincar com os amigos. “Meu filhinho adora brincar de carro e de bola com os amigos na rua. Mas com essa violência de hoje em dia, fico com medo de deixá-lo sair, mesmo acompanhado de pessoas mais velhas e responsáveis”, afirma Verônica Rodrigues, de 26 anos.

Jonathan Silva, 9 anos, morador do Subúrbio de Salvador, disse amar passar o tempo jogando no celular da mãe. “Eu gosto de jogar bola aqui na rua com os meus amigos do mesmo jeito que gosto de jogar no celular da minha mãe”, comparou.

Com a facilidade de acesso aos jogos virtuais através de Lan Houses, crianças ricas e pobres podem se divertir da mesma maneira. “Se deixar, o meu filho Matheus passa o dia todo em frente a esse computador jogando. Até pra comer e tomar banho é uma dificuldade”, reclama dona Márcia, moradora de um bairro nobre de Salvador, o Horto Florestal.

Segundo a psicopedagoga Larissa Machado, o uso por tempo indeterminado ou sem limites desses jogos acabam por se constituírem as únicas fontes de estímulos das crianças e tira a oportunidade fundamental de experiências essenciais para um desenvolvimento saudável.

Ainda de acordo com Larissa, “atividades sociais entre colegas de mesma faixa etária, onde se põe em questão aprendizagens como saber dividir, esperar a vez, perder, ganhar, negociar, além de experiências motoras amplas, envolvendo todo o corpo, como correr, pular, pedalar, jogar bola, etc. são fundamentais para que a criança cresça saudavelmente.”

Ainda que haja uma interação virtual, através de jogos e aplicativos interativos, a profissional afirma que há uma dificuldade na ampliação dos vínculos e laços sociais nas crianças.

Verônica Rodrigues conta que tenta ensinar a seu filho as brincadeiras antigas e mais interativas. “Eu adorava brincar com os amigos. Inclusive, tento manter essas brincadeiras vivas até hoje, como por exemplo: picula, anelzinho, amarelinha, pula corda, coelhinho fora da toca, brincar de boneca, escolinha. Enfim, tive infância. É uma pena que essas brincadeiras tenham sido ‘extintas’ pela nova geração. Mas, se depender de mim, meu filho não vai perder a infância na frente de um computador ou celular.”

Muitos pais extremamente ocupados costumam colocar algo divertido para os filhos assistirem e ficarem quietos. No entanto, essa não é a melhor maneira de entreter uma criança. Larissa Machado ainda explica que colocar o filho para assistir ‘a galinha pintadinha’ ou ‘Patati Patata’ diversas vezes, repetidamente, em um tablet, não se constitui uma brincadeira. Uma criança não pode deixar de brincar. É brincando que ela vai se desenvolvendo, compreendendo o mundo que a cerca, as relações que vivencia, as regras as quais está exposta, etc. É uma tarefa fundamental e constituinte do humano.

Os jogos online, redes sociais, videogames, celulares têm tomado grande parte do tempo da meninada e isso acaba por não permitir que elas possuam amigos reais. Ainda que possuam contato com outras crianças de todo o mundo através da rede, elas precisam interagir pessoalmente entre si.

“As crianças precisam de oportunidades para interagir entre si. Essas oportunidades são oferecidas pelos pais e eles precisam criá-las. O que nós vemos são pais delegando suas funções a terceiros sem se doarem aos seus filhos. É necessário brincar juntos, participar desse universo. Claro que é mais fácil e menos trabalhoso deixar seus filhos se divertirem por horas e horas, sem incomodá-los em frente a um computador, tablet, videogame. É preciso refletir urgente a que esses aparelhos estão a serviço”, finaliza a psicopedagoga Larissa Machado.FONTE:Tribuna da Bahia