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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

URNAS ELETRÔNICAS SÃO CONFIÁVEIS ?

A utilização de urna eletrônica no Brasil completa 16 anos em 2012. Desde 1996, quando foi usada pela primeira vez, foram tantos pleitos e muita coisa mudou. Mas não a ponto de ser unanimidade entre especialistas e políticos quando o assunto é segurança. Nesse aspecto, ainda existe a desconfiança de que o sistema informatizado seja inexorável a fraudes. A urna eletrônica surgiu para aumentar a confiabilidade dos resultados e tornar mais rápida a apuração dos votos. Em questão de agilidade, o objetivo foi cumprido. Na votação de 2012, por exemplo, os colégios eleitorais fecharam às 17 horas. Às 20h30, três horas e meia depois, os prefeitos já estavam no palanque agradecendo os eleitores pela reeleição. Porém, alguns problemas com os aparelhos foram detectados, Não o suficiente para colocar a apuração toda em dúvida, mas serve de alerta para a necessidade de aperfeiçoamento do processo. Há dois anos, em Diadema também houve reclamações. Amílcar Brunazo Filho, engenheiro de dados e um dos maiores estudiosos das urnas eletrônicas no País, é bastante reticente sobre a funcionalidade dos equipamentos. Para ele, a principal falha é que o atual sistema de votação brasileiro não permite a conferência dos votos. "Ao fim da votação, a urna emite boletim em papel, as informações são gravadas em disquete e é apurado. Mas a sociedade não tem a oportunidade de conferir se a quantidade de votos que constam ali foi a mesma de eleitores que compareceram ao local", explica. Segundo Amílcar, a impossibilidade de auferir os votos ocorre porque os sufrágios no Brasil "são puramente eletrônicos". "Na maior parte do mundo onde existe urna eletrônica, o eleitor escolhe o candidato na tela da máquina, mas o aparelho emite um impresso. Há outro modelo em que o eleitor coloca seu voto no dispositivo que o escaneia. Em ambos os casos existem os votos material e eletrônico. Esse formato permite conferir e recontar os votos", discorre o especialista. A urna eletrônica brasileira é proibida em vários países como Holanda, Alemanha e Paraguai, além de 39 Estados norte-americanos. Na terra do Tio Sam, o jornal The New York Times publicou no ano passado editorial criticando esse tipo de votação. "Máquinas de voto eletrônicas que não oferecem um recibo em papel do que foi computado não merecem confiança", salienta texto publicado em junho. Políticos e especialistas são reticentes; eleitorado aprova Os próprios políticos, que pedem votos e tem de confiar nos resultados emitidos pelas urnas eletrônicas, não acreditam totalmente na segurança do equipamento. Por outro lado, o eleitorado brasileiro bota fé na resistência às fraudes. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não conseguiu contato com o secretário de Tecnologia da Informação, Giuseppe Janino, para comentar o assunto. Em seu site oficial, a entidade ressalta que "o processo eleitoral brasileiro é campeão em agilidade na contagem e na divulgação dos votos" e que o sistema "é aprovado por 98% dos brasileiros", segundo pesquisa realizada pelo Instituto Nexus, de Belo Horizonte (MG), em dezembro de 2006. Por meio das urnas eletrônicas, já foram apurados 2,5 bilhões de votos desde 1996. O deputado estadual Orlando Morando (PSDB-São Bernardo) frisa que o modelo "merece aprimoramento". "Não acho 100% seguro. O cidadão deveria ficar com um comprovante da máquina, não somente aquele canhoto de que esteve na seção eleitoral. Não posso afirmar que tenha fraudes, mas o sistema é suscetível", avalia o parlamentar. O vereador de Santo André Paulinho Serra (PSDB) corrobora. "A urna eletrônica é um modelo consolidado no País, mas deveria haver recibo para o eleitor. Com a tecnologia avançada, esse processo pode ser implantado rapidamente. Hoje existem pequenas desconfianças", analisa o tucano. O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), destaca que o equipamento "é melhor do que a votação manual, em cédula" e dá crédito ao formato. "Nunca presenciei qualquer irregularidade. Se houver insegurança, é menos de 1%." Na eleição de 2008, 2.200 urnas apresentaram defeito, o equivalente a 0,5% dos 460 mil aparelhos utilizados no Brasil inteiro. BIOMETRIA Ainda no pleito de 2008, o TSE testou a biometria em três cidades do País. A nova tecnologia, que valida os documentos apresentados, pois a leitura é feita pelas digitais do eleitor, foi usada em Colorado (Rondônia), em Fátima do Sul (Mato Grosso do Sul) e São João Batista (Santa Catarina. Neste ano, cerca de 50 municípios terão esse tipo de identificação. A expectativa do TSE é de que em 2018 todo o País terá a identificação por meio da biometria, que substituirá a mera apresentação do documento de identidade e do título de eleitor no dia da votação. Sobre o novo sistema, o especialista Amílcar Brunazo Filho diz que não resolverá o problema. "As pessoas que trabalham na eleição continuarão tendo acesso ao sistema e não é garantido que sejam introduzidos votos que não existem na urna." Ele levanta ainda outra questão. "No Brasil, o TSE faz a eleição e normatiza o processo. Ele controla o controle. Quando um fiscal do partido encontra algo errado, é formalizado um processo que o próprio tribunal vai julgar. Ele é juiz e réu ao mesmo tempo. Perde transparência. No resto do mundo não é assim", finaliza. FONTE: Diário do Grande ABC