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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: "Eu sou Jeová.Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso,mas com respeito ao meu nome, Jeová,não me dei a conhecer a eles".Êxodo 6:1-30

sábado, 14 de abril de 2012

O Território de Sisal recebe Formação do Projeto Encruzilhada no próximos dias 13 e 14 de abril


Acontece, nos dias 13 e 14 de abril, a Formação em Raça, Gênero e enfrentamento à violência contra as mulheres negras na Bahia, do Projeto Encruzilhada de Direitos II, do CEAFRO – programa de Educação para a Igualdade Racial e de Gênero do Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBa. O encontro será no Instituto Casa da Cidadania, em Serrinha, no Território do Sisal, na Bahia. Cerca de 60 mulheres representantes da sociedade civil e gestoras públicas participarão dessa Formação.

O projeto Encruzilhada de Direitos II iniciou em 2011 e na sua primeira etapa foram realizados seminários de Mobilização em cinco Territórios de Identidade em que o Projeto atua: Baixo Sul, Recôncavo, Sisal, Chapada Diamantina e Piemonte Norte do Itapicuru. No Sisal, que é formado pelos municípios Araci, Barrocas, Biritinga, Candeal, Cansanção, Conceição do Coité, Ichu, Itiúba, Lamarão, Monte Santo, Nordestina, Queimadas, Quijingue, Retirolândia, Santaluz, Serrinha, São Domingos, Teofilândia, Tucano e Valente, o seminário ocorreu entre os dias 19 e 20 de setembro, na cidade de Serrinha e foi um momento muito importante para dar continuidade nas ações e formulação das atividades programadas para os dias 13 e 14 de abril/2012. Na oportunidade foi possível elaborar um mapeamento e avaliar as políticas de enfrentamento da violência racial e de gênero existentes no local.

Durante o Seminário de Mobilização foi possível perceber através das falas das participantes que as políticas são feitas para todas, mas esse para todas não alcança as mulheres negras do Território. Foi revelado que existe na Bahia cerca de 200 defensores público e apenas dois atuam em Serrinha, e em muitos municípios do Sisal não existem defensores, como em Conceição do Coité. Na ocasião, o defensor público, Dr. Aldo, disse que "não se pode falar em sociedade civil sem falar em defensoria pública para assegurar os direitos humanos relativo às mulheres”. Também foi apontada a questão da violência policial contra a juventude negra e a necessidade da criação de Delegacias Especializadas de Atendimento a Mulher, equipamento que ainda não existe no Território.

Agora, a equipe de trabalho do Encruzilhada de Direitos II, retorna ao território para buscar transformar as relações raciais e de gênero, afirmando uma vida sem violência como um direito de todas as mulheres negras da Bahia, através da Formação, pois percebeu-se que diversas violações aos direitos das mulheres e silenciamento das questões da comunidades negra ainda ocorrem nesses locais. A proposta dessa Formação é ao final elaborar, em conjunto com as mulheres, uma Carta-Programa do Sisal para ser entregue aos gestores e gestoras públicos de cada município para apresentar as suas demandas. E assim, o CEAFRO e o Projeto Encruzilhada de Direitos II constroem uma nova forma de mobilização política, que movimenta as agendas, dentro e fora da gestão pública, pela afirmação dos direitos das mulheres negras na Bahia. O Projeto conta com o apoio da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e da Secretaria de Políticas para as Mulheres.