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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Os investimentos da Prefeitura na Micareta de Feira


A Micareta de Feira de Santana será aberta nesta quinta-feira (28). Na prática, a festa começa mesmo hoje, com vários blocos alternativos invadindo o circuito Maneca Ferreira. Esta semana, ouvia o radialista Dilton Coutinho fazer um breve comentário sobre a atitude do prefeito Tarcízio Pimenta, que decidiu investir na contratação de alguns artistas ou bandas que os blocos, este ano, não tiveram capacidade de trazer. Os blocos alegaram principalmente o preço baixo dos abadás, praticados em Feira de Santana, e os cachês das estrelas do axé music.
Causou uma discussão acalorada a possível ausência, principalmente, da banda Chiclete com Banana, que salvo engano jamais ficou de fora da Micareta desde que Bell e sua turma começaram a fazer sucesso – dizem, em Feira, que o grupo iniciou a trajetória justamente na festa local. Chiclete com Banana custa caro. Valor de tabela de uma apresentação em festa como a Micareta gira em torno de R$ 400 mil, de acordo com informações de bastidores.
Em seu comentário, o radialista Coutinho disse que a contratação de Chiclete e das outras grandes atrações – Cláudia Leitte, Daniela Mercury, Margareth Menezes, entre outros, que estariam ausentes da festa, se dependesse dos blocos – com parte dos recursos saindo do tesouro municipal causa dois tipos de reação. Alguns defendem os investimentos, entendendo que a Micareta não seria a mesma sem esses artistas. Outros são contrários a que se aplique o dinheiro do contribuinte para bancar os cachês milionários das grandes atrações.
“É complicado. Se o prefeito não contrata, vão dizer que ele acabou a Micareta. E se investe na vinda dessas atrações, deixa alguns insatisfeitos, aqueles que prefeririam o investimento em obras públicas”, disse o radialista.
De fato, é uma situação difícil. O prefeito decidiu optar pelas contratações. Ficaram de fora, das atrações mais representativas da música baiana, a cantora Ivete Sangalo, o percussionista Carlinhos Brown e a banda Asa de Águia. Ivete já não dá o ar da graça há vários anos, desde o governo José Ronaldo. Brown nunca foi presença constante por aqui. E Asa de Águia sempre veio, mas esse ano estará ausente.
Tarcízio mobilizou-se bem. Conseguiu negociar a redução de alguns cachês, como o de Chiclete com Banana, e contratou a banda, mais Daniela e Claudinha Leitte. Mantém o bom nível das atrações da Micareta. Politicamente, está correto. A Micareta é um evento de grande repercussão. Um prefeito pode se consagrar ou cair em desgraça junto a uma parcela considerável de eleitores, dependendo do que ofereça de atrativo nessa festa. O prefeito sabe disso e resolveu se precaver.
Não sabemos quanto exatamente a Prefeitura está investindo de recursos próprios nessas contratações. Uma agência de propaganda, a Ativa, foi responsável pela captação de patrocinadores. Algumas grandes marcas estão presentes no circuito e devem ter proporcionado uma receita razoável. Portanto, uma parte das despesas está sendo bancada pelo espaço cedido a
essas empresas.
O ideal é que o custo das contratações para Micareta, São João e outras festas populares seja bancado pelos patrocínios. Mas sabe-se, que pela Bahia afora, nem o Carnaval de Salvador é totalmente bancado pelo investimento da iniciativa privada. Feira não seria um oásis. Que se busque, então, minimizar essas despesas. Como ocorreu por aqui.
Além da atitude do prefeito, que não se abateu com a impossibilidade dos blocos, louve-se o bom trabalho realizado nos preparativos pelos secretários Euclides Artur, de Cultura, Esporte e Lazer, e de Comunicação Social, Fabrício Almeida, que reservou uma área bem estruturada para o trabalho das emissoras de rádio e vem sendo elogiado em sua atenção à imprensa.
O governador Jaques Wagner ainda não apóia a Micareta de maneira proporcional ao tamanho da festa, mas não se pode dizer que esteja omisso, como ocorreu em governos anteriores. O projeto Ouro Negro e o patrocínio da Embasa são significativos. A transmissão pela TVE e o aparato de segurança e saúde são meras obrigações, que devem ser muito bem cumpridas pelo Estado.

FONTE:WWW.TRIBUNAFEIRENSE.COM.BR -FOTO-JORNALISTA VALDOMIRO SILVA