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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Testemunhas dizem ter sido pressionadas por delegados que investigam desaparecimento de Eliza


Duas das testemunhas de acusação ouvidas nesta quarta-feira (6) em audiência sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Souza, dizem ter sofrido pressão durante depoimento a delegados da Polícia Civil de Minas Gerais responsáveis pelo inquérito sobre o sumiço da moça. A audiência de hoje, que ouviu cinco testemunhas, aconteceu na cidade de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte.

Alessandro Pereira de Melo, jogador do time 100% –bancado pelo goleiro–, disse ter se sentido pressionado ao depor no decorrer das investigações, no Departamento de Investigações de Minas Gerais. Intimado, ele disse ter sido interrogado em uma sala, na presença da delegada Alessandra Wilke e do chefe do departamento, Edson Moreira.

“Deram tapa na mesa e perguntaram onde estava o corpo [de Eliza Samudio]. Me mostravam foto dela e faziam a pergunta”, disse Melo. Ele afirmou que o clima só ficou mais “tranquilo” quando seu advogado entrou na sala.

Já Thiago Henrique Fernandes, outro jogador do time, afirmou que a delegada Ana Maria Santos, titular da delegacia de Contagem, interrogou-o em um tom de voz alto. Ele disse ter ficado “assustado” com a atitude.

As perguntas sobre o interrogatório foram feitas durante a sessão de hoje pelo advogado de defesa de Bruno, Ércio Quaresma. As declarações das testemunhas serão enviadas para a juíza Marixa Fabiane, do 1º Tribunal do Júri de Contagem, onde o processo foi instaurado.

Defesa
Apesar de 21 pessoas terem sido convocadas, por carta precatória, a depor nesta quarta-feira, apenas cinco testemunhas de acusação foram ouvidas. A audiência, que começou por volta das 10h45, encerrou-se às 19h15.

A magistrada determinou que, “considerando o adiantado da hora, o que impossibilita a oitiva das demais testemunhas no dia de hoje, os depoimentos tenham sequência em 3 de novembro deste ano”.

Para o advogado Paulo Sávio, defensor do réu Wemerson Marques de Souza –acusado de ter escondido o filho de Eliza em Minas Gerais–, as declarações foram “positivas” para a defesa. “Eu fiquei surpreso com o depoimento delas, acho que foi bastante favorável para a defesa”, afirmou.

Frederico Franco, advogado do réu Elenílson Vítor da Silva –administrador do sítio de Bruno em Esmeraldas (MG), para onde Eliza teria sido levada ainda viva–, também considerou que as falas confirmaram que “não há provas” contra os acusados.

Mais testemunhas
Na parte da manhã, Cleyton da Silva Gonçalves, motorista do goleiro, também depôs na audiência. De tarde foi a vez de sua mulher, Taynara Julia. De acordo com o advogado do casal, Lourivaldo Carneiro, eles apenas confirmaram depoimentos dados anteriormente.

“Para os meus clientes não muda nada. Porque desde a fase inquisitorial, como em juízo, eles ratificaram o que disseram anteriormente”, disse Carneiro.

Também foi colhido o depoimento de Fernando Firmino Godoy, outro jogador do time. 100%.

Bruno passa mal
Os réus chegaram ao local por volta das 10h. O goleiro Bruno desmaiou antes do início da audiência e foi levado à policlínica de Ribeirão das Neves e, posteriormente, ao Hospital João 23, em Belo Horizonte.

Segundo nota da unidade hospitalar, ele saiu “clinicamente bem”, após passar por exames neurológicos e cardiológicos. Ele retornou direto para a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde está preso desde julho.

Além dele, estiveram no local os réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Sérgio Rosa Sales; Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; Elenílson Vitor da Silva; Flávio Caetano Araújo; Wemerson Marques de Souza; Dayanne Fernandes, mulher do goleiro; e Fernanda Gomes de Castro, ex-amante de Bruno.

Todos foram indiciados pelo desaparecimento de Eliza. No final da sessão, a juíza permitiu que a mãe de Macarrão desse um abraço no filho. Na saída, ele disse à reportagem do UOL Notícias que “Deus perdoasse as pessoas ruins”.