ADEMI: REVELADOS NOMES DE ACUSADOS DE EXTORSÃO

O Bahia Notícias conseguiu com exclusividade nesta quinta-feira (12) dois documentos, um feito pela Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-BA) e outro anônimo de empresários que teriam sido ameaçados, com detalhes da denúncia de tentativa de extorsão das corporações de construção civil, bem como os nomes dos acusados. O grupo teria indicado à entidade que obras na Avenida Paralela e Orla de Salvador estariam irregulares por causar danos ao meio ambiente e pedia o pagamento de R$ 47 milhões para que fosse feito um acordo, sob pena de serem acionados a Ademi, o Ibama, o Iphan, a Câmara de Vereadores, o Município de Salvador e o Estado da Bahia, cuja condenação teria o valor de R$ 500 milhões. Outro argumento era o dos prejuízos que seriam causados às construtoras com as paralisações das obras. O texto foi distribuído em julho às secretarias de Segurança Pública (SSP) e Indústria, Comércio e Mineração (SICM), além dos ministérios públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE) para informar sobre as possíveis chantagens. Além de pedir a investigação de sete pessoas: Hérder Fernando Mendonça Filho, empresário e proprietário do Rock In Rio Café do Aeroclube; Rogério Orge, presidente da Associação Lojista do Shopping Aeroclube Plaza; o advogado Celson Ricardo Carvalho de Oliveira, que teve a procuração da Associação Bahiana de Imprensa cancelada, por usar o movimento “A Cidade Também é Nossa” – encampado pela ABI – para favorecer as pretensões dos dois primeiros. Além dos indicados como “líderes” do procedimento, ainda são listados os nomes de João Andrade Neto, proprietário do site Pura Política e preso nesta quarta (11) acusado de extorsão, Eloy Lorenzo, Carolina Lorenzo e João Maia. O texto da Ademi cita ainda que os apontados teriam o favorecimento de membros dos próprios MPE e MPF e outros personagens: O bispo da Igreja Batista e político Átila Brandão, que seria parceiro de Celson Ricardo e o auxiliava financeiramente; Marcos Mendes, candidato do PSOL ao Governo do Estado, então presidente do Instituto Búzios, que teria produzido materiais para tentar constranger os empresários; a ex-secretária municipal do Meio Ambiente Kátia Carmelo e o advogado Carlos Florian, que seriam interlocutores de Mendonça, Orge e Ricardo.